Diagnóstico qualitativo e quantitativo da arborização urbana do centro do município de Taquaritinga-SP

• Autor(a) principal: Galbiate, Luiggi Francesco
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/238099
• topic: Arborização urbana; Plano Diretor de arborização urbana; Planejamento paisagístico; Árvores exóticas; Políticas públicas; Urban afforestation; Master Plan of Urban Afforestation; Landscape planning; Non-native species; Public policies

A arborização urbana apresenta um papel fundamental no contexto socioambiental, no entanto, a legislação federal não apresenta quaisquer leis que instituem a obrigatoriedade da implantação ou desenvolvimento de planos de arborização urbana. O município de Taquaritinga-SP se destaca por apresentar um Plano Diretor de Arborização Urbana regulamentado pela Lei Municipal nº 4.387 de 2016. Vista sua data de vigor, a complexidade de seu conteúdo e a ausência de uma cartilha explicativa, percebem-se diversas inadequabilidades no contexto da arborização urbana. Desta forma, o atual projeto teve como objetivo o levantamento quantitativo e qualitativo da arborização urbana da região central do município de Taquaritinga-SP, incluindo análises da adequabilidade ou inadequabilidade na forma do plantio e identificação de locais aptos a receber o plantio de árvores. Os resultados obtidos mostraram que 57% dos passeios públicos analisados não contam com arborização e, das calçadas arborizadas, 65% consistem em espécies exóticas, mostrando certa preferência na escolha das mesmas. Constatou-se também a predominância de cinco espécies (sendo apenas uma nativa, o oiti, Moquilea tomentosa), as quais juntas somaram 66% do total de todas as espécies encontradas. Dos parâmetros de inadequabilidade, notou-se que os danos nos galhos e troncos das árvores, a presença de galhos secos e organismos que perfuram a madeira foram os mais recorrentes. Tratando-se das calçadas sem arborização, 75% poderiam receber o plantio de árvores e 25% não poderiam devido a fatores limitantes como presença de equipamentos urbanos, presença de guias rebaixadas e calçadas estreitas. Conclui-se, portanto, que (i) a arborização urbana da área analisada se encontra predominantemente inadequada e com predominância de espécies exóticas e (ii) as causas principais são a falta de planejamento da arborização e a inexistência de diretrizes cientificamente fundamentadas acessíveis à população e implementáveis pelo Departamento de Meio Ambiente. Assim, a redução dos conflitos entre a arborização e o desenvolvimento urbano depende de divulgação de informação e diretrizes claras, estruturadas pelo corpo técnico ambiental da prefeitura, em especial aquelas que envolvem participação cidadã, planos de manejo, educação ambiental, manuais de plantio e escolha de espécies.