Nichos de sobrevivência de Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Daniele Maria do [UNESP]
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/202731
Resumo: Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens (Cff), agente causal da murcha de curtobacterium, é um dos principais patógenos bacterianos do feijão comum, tendo sido relatado também em soja, incitando a mancha bacteriana marrom. O conhecimento dos nichos de sobrevivência de Cff é essencial para o manejo eficiente desta doença. Este trabalho avaliou a sobrevivência de Cff no filosfera e rizosfera de 15 plantas cultivadas e 21 plantas daninhas, entre os anos de 2017 e 2019, assim como, a sobrevivência de isolados de Cff de feijão e soja em solo, em ambiente controlado e a campo. Em todos os experimentos, a sobrevivência de Cff foi avaliada a cada sete dias, por até 70 dias, através de plaqueamentos em meio de cultura semi- seletivo. Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens sobreviveu por pelo menos sete dias na filosfera e rizosfera de aveia branca, aveia preta, azevém, cevada, canola, nabo forrageiro, milho, milheto, sorgo, soja, girassol, mucuna e trigo. Em plantas daninhas, Cff também sobreviveu por no mínimo sete dias nos dois nichos avaliados, com destaque para as espécies Amaranthus viridis, Conyza bonariensis, Emilia fosbergii, Galinsoga parviflora, Gnaphalium purpureum, Raphanus sativus, Lepidium virginicum, Commelina benghalensis, Ipomoea triloba, Cyperus rotundus, Senna obtusifolia, Digitaria insularis, Nicandra physalodes e Solanum americanum. No solo, sob condições controladas, o isolado do feijão Feij. 2628A sobreviveu por um período máximo de 147 dias e, para os três isolados de soja, esse perídio variou entre 87 a 108 dias. No campo, a sobrevivência de ambos os isolados, do feijão e da soja, não ultrapassaram os 91 dias, independente do tipo de solo. Com base nos resultados obtidos, não se recomenda o plantio das espécies cultivadas avaliadas em sucessão ao feijão comum, em áreas com histórico de ocorrência de murcha bacteriana. As plantas daninhas, por serem potenciais hospedeiras de Cff, devem ser erradicadas dos campos de cultivos. Devido aos elevados períodos de sobrevivência dos isolados de Cff de feijão e da soja, o solo se apresenta como um nicho de sobrevivência, necessitando de uma maior atenção ao manejo da murcha de curtobacterium, em feijão e da mancha bacteriana marrom, em soja.
id UNSP_ac87204c6ab142207559db7004b13c8f
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/202731
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Nichos de sobrevivência de Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciensSurvival niches of Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciensMurcha de CurtobacteriumMancha bacteriana marromPlantas daninhasPlantas cultivadasSoloBacterial wiltBacterial tan spotWeedsCropsSoilCurtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens (Cff), agente causal da murcha de curtobacterium, é um dos principais patógenos bacterianos do feijão comum, tendo sido relatado também em soja, incitando a mancha bacteriana marrom. O conhecimento dos nichos de sobrevivência de Cff é essencial para o manejo eficiente desta doença. Este trabalho avaliou a sobrevivência de Cff no filosfera e rizosfera de 15 plantas cultivadas e 21 plantas daninhas, entre os anos de 2017 e 2019, assim como, a sobrevivência de isolados de Cff de feijão e soja em solo, em ambiente controlado e a campo. Em todos os experimentos, a sobrevivência de Cff foi avaliada a cada sete dias, por até 70 dias, através de plaqueamentos em meio de cultura semi- seletivo. Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens sobreviveu por pelo menos sete dias na filosfera e rizosfera de aveia branca, aveia preta, azevém, cevada, canola, nabo forrageiro, milho, milheto, sorgo, soja, girassol, mucuna e trigo. Em plantas daninhas, Cff também sobreviveu por no mínimo sete dias nos dois nichos avaliados, com destaque para as espécies Amaranthus viridis, Conyza bonariensis, Emilia fosbergii, Galinsoga parviflora, Gnaphalium purpureum, Raphanus sativus, Lepidium virginicum, Commelina benghalensis, Ipomoea triloba, Cyperus rotundus, Senna obtusifolia, Digitaria insularis, Nicandra physalodes e Solanum americanum. No solo, sob condições controladas, o isolado do feijão Feij. 2628A sobreviveu por um período máximo de 147 dias e, para os três isolados de soja, esse perídio variou entre 87 a 108 dias. No campo, a sobrevivência de ambos os isolados, do feijão e da soja, não ultrapassaram os 91 dias, independente do tipo de solo. Com base nos resultados obtidos, não se recomenda o plantio das espécies cultivadas avaliadas em sucessão ao feijão comum, em áreas com histórico de ocorrência de murcha bacteriana. As plantas daninhas, por serem potenciais hospedeiras de Cff, devem ser erradicadas dos campos de cultivos. Devido aos elevados períodos de sobrevivência dos isolados de Cff de feijão e da soja, o solo se apresenta como um nicho de sobrevivência, necessitando de uma maior atenção ao manejo da murcha de curtobacterium, em feijão e da mancha bacteriana marrom, em soja.Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens (Cff), causal agent of bacterial wilt, is one of the main bacterial pathogens of common beans, having also been reported in soybeans, inciting bacterial tan spot. Knowledge of Cff survival niches is essential for the efficient management of this disease. This work evaluated the survival of Cff in the phyllosphere and rhizosphere of 15 cultivated plants and 21 weeds, between the years 2017 and 2019, as well as the survival of Cff isolates from common bean and soybean in soil, in a controlled environment and in the field. In all experiments, Cff survival was evaluated every seven days, for up to 70 days. Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens survived for at least seven days in the phyllosphere and rhizosphere of white oat, black oat, ryegrass, barley, canola, turnip, maize, pearl millet, sorghum, soybean, sunflower, mucuna and wheat. In weeds, Cff also survived for at least seven days in the two niches evaluated, with emphasis on the species Amaranthus viridis, Conyza bonariensis, Emilia fosbergii, Galinsoga parviflora, Gnaphalium purpureum, Raphanus sativus, Lepidium virginicum, Commelina benghalensis, Ipomoeaper rotundus, Senna obtusifolia, Digitaria insularis, Nicandra physalodes and Solanum americanum. In the soil, under controlled conditions, the isolate Feij. 2628A survived for a maximum period of 147 days and, for the three soybean isolates, this period varied between 87 to 108 days. In the field, the survival of both isolates, bean and soybean, did not exceed 91 days, regardless of the type of soil. Based on the results obtained, it is not recommended to plant the cultivated species evaluated in succession to common beans, in areas with a history of bacterial wilt. Weeds, as potential hosts for Cff, and must be eradicated from the crop fields. Due to the high survival periods of Cff isolates from bean and soybean, the soil presents itself as a survival niche, requiring greater attention to the management of bacterial wilt, in common bean and bacterial tan spot, in soybean.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Maringoni, Antonio CarlosSilva Júnior, Tadeu Antônio Fernandes da [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Nascimento, Daniele Maria do [UNESP]2021-02-18T02:28:56Z2021-02-18T02:28:56Z2020-12-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/20273133004064034P1porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-15T06:20:00Zoai:repositorio.unesp.br:11449/202731Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-01-15T06:20Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Nichos de sobrevivência de Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens
Survival niches of Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens
title Nichos de sobrevivência de Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens
spellingShingle Nichos de sobrevivência de Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens
Nascimento, Daniele Maria do [UNESP]
Murcha de Curtobacterium
Mancha bacteriana marrom
Plantas daninhas
Plantas cultivadas
Solo
Bacterial wilt
Bacterial tan spot
Weeds
Crops
Soil
title_short Nichos de sobrevivência de Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens
title_full Nichos de sobrevivência de Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens
title_fullStr Nichos de sobrevivência de Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens
title_full_unstemmed Nichos de sobrevivência de Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens
title_sort Nichos de sobrevivência de Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens
author Nascimento, Daniele Maria do [UNESP]
author_facet Nascimento, Daniele Maria do [UNESP]
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Maringoni, Antonio Carlos
Silva Júnior, Tadeu Antônio Fernandes da [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Nascimento, Daniele Maria do [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Murcha de Curtobacterium
Mancha bacteriana marrom
Plantas daninhas
Plantas cultivadas
Solo
Bacterial wilt
Bacterial tan spot
Weeds
Crops
Soil
topic Murcha de Curtobacterium
Mancha bacteriana marrom
Plantas daninhas
Plantas cultivadas
Solo
Bacterial wilt
Bacterial tan spot
Weeds
Crops
Soil
description Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens (Cff), agente causal da murcha de curtobacterium, é um dos principais patógenos bacterianos do feijão comum, tendo sido relatado também em soja, incitando a mancha bacteriana marrom. O conhecimento dos nichos de sobrevivência de Cff é essencial para o manejo eficiente desta doença. Este trabalho avaliou a sobrevivência de Cff no filosfera e rizosfera de 15 plantas cultivadas e 21 plantas daninhas, entre os anos de 2017 e 2019, assim como, a sobrevivência de isolados de Cff de feijão e soja em solo, em ambiente controlado e a campo. Em todos os experimentos, a sobrevivência de Cff foi avaliada a cada sete dias, por até 70 dias, através de plaqueamentos em meio de cultura semi- seletivo. Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfaciens sobreviveu por pelo menos sete dias na filosfera e rizosfera de aveia branca, aveia preta, azevém, cevada, canola, nabo forrageiro, milho, milheto, sorgo, soja, girassol, mucuna e trigo. Em plantas daninhas, Cff também sobreviveu por no mínimo sete dias nos dois nichos avaliados, com destaque para as espécies Amaranthus viridis, Conyza bonariensis, Emilia fosbergii, Galinsoga parviflora, Gnaphalium purpureum, Raphanus sativus, Lepidium virginicum, Commelina benghalensis, Ipomoea triloba, Cyperus rotundus, Senna obtusifolia, Digitaria insularis, Nicandra physalodes e Solanum americanum. No solo, sob condições controladas, o isolado do feijão Feij. 2628A sobreviveu por um período máximo de 147 dias e, para os três isolados de soja, esse perídio variou entre 87 a 108 dias. No campo, a sobrevivência de ambos os isolados, do feijão e da soja, não ultrapassaram os 91 dias, independente do tipo de solo. Com base nos resultados obtidos, não se recomenda o plantio das espécies cultivadas avaliadas em sucessão ao feijão comum, em áreas com histórico de ocorrência de murcha bacteriana. As plantas daninhas, por serem potenciais hospedeiras de Cff, devem ser erradicadas dos campos de cultivos. Devido aos elevados períodos de sobrevivência dos isolados de Cff de feijão e da soja, o solo se apresenta como um nicho de sobrevivência, necessitando de uma maior atenção ao manejo da murcha de curtobacterium, em feijão e da mancha bacteriana marrom, em soja.
publishDate 2020
dc.date.none.fl_str_mv 2020-12-18
2021-02-18T02:28:56Z
2021-02-18T02:28:56Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11449/202731
33004064034P1
url http://hdl.handle.net/11449/202731
identifier_str_mv 33004064034P1
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797790300220948480