Avaliação das vias insulínica e inflamatória em tecido muscular esquelético de ratos adultos, proles de ratas com lesão endo-periodontal verdadeira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Belardi, Bianca Elvira [UNESP]
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/217968
Resumo: A programação fetal sugere que estímulos adversos quando aplicados durante o início do desenvolvimento fetal podem alterar o metabolismo da prole, aumentando o risco de doenças na sua vida adulta. Estudos demonstraram que tanto a doença periodontal (DP) quanto a periodontite apical (PA) materna em ratas promovem resistência insulínica (RI) em sua prole adulta. Entretanto, estudos que investigaram os efeitos da lesão endo-periodontal (LEP) materna sobre a saúde da prole são escassos e, nestes casos, o impacto poderia ser ainda maior. Sabe-se que a polpa e o periodonto possuem um vínculo estreito, e que estão intimamente conectados por estruturas anatômicas como o forame apical, canais acessórios e túbulos dentinários, podendo interferir na saúde um do outro. A LEP verdadeira é um processo infecto inflamatório que se estende para o tecido pulpar e periodontal simultaneamente, cada um com sua origem. Além disto, estas patologias, avaliadas de formas isoladas, estão associadas com o aumento de fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) que pode estimular quinase do inibidor kappa B (IKK) e c-Jun aminoterminal quinase (JNK), as quais promovem a fosforilação do substrato do receptor de insulina 1 (IRS-1) em resíduos de serina, resultando na atenuação do sinal insulínico (SI), contribuindo com a RI na prole adulta. Nesse contexto, tornou-se fundamental investigar se a LEP verdadeira, pode promover RI de maior grau em sua prole adulta. Em vista disso, o objetivo deste estudo foram avaliar em ratas mães com LEP: 1) marcadores ósseos como a fosfatase ácida resistente ao tartarato (TRAP) e osteocalcina (OCN) no local das lesões maternas. Ademais, os objetivos deste estudo foram avaliar em ratos adultos, proles de ratas com LEP: 1) glicemia e insulinemia; 2) via insulínica; 3) vias inflamatórias no músculo gastrocnêmio (MG). Para tanto, as 28 ratas Wistar (2 meses de idade) foram distribuídas em 4 grupos: 1) ratas controle; 2) ratas com uma PA induzida no primeiro molar superior direito; 3) ratas com uma DP induzida no segundo molar superior direito; 4) ratas com LEP, no qual a DP foi induzida no segundo molar superior direito, e a PA no primeiro molar superior direito. A PA foi induzida por meio da exposição do tecido pulpar ao meio bucal, empregando-se broca em aço carbono dotada de esfera de 0,1 mm na extremidade. A DP foi induzida por meio de ligadura com fio de seda estéril. Após 30 dias da indução das inflamações bucais, as ratas de todos os grupos foram colocadas para acasalamento com ratos saudáveis. Após os desmame, as ratas mães foram sacrificadas e foram coletadas as hemimaxilas (do lado direito) para realização do seguinte experimento:1) avaliação de TRAP e OCN no local das lesões maternas pela técnica de imunoistoquímica. As análises estatísticas foram feitas por meio do teste de Mann‐Whitney e teste t de student (p<0,05). Quando os filhotes machos de todas as ratas completaram 75 dias de idade, realizou-se os seguintes experimentos: 1) Avaliação da massa corpórea e ingestão alimentar; 2) Avaliação da glicemia e insulinemia de jejum e do índice de HOMA-IR; 3) conteúdo total de TNF-α no MG; 4) avaliação do grau de fosforilação de IKKα/β e JNK no MG; 5) Avaliação do grau de fosforilação da pp185 (tirosina) e do IRS-1 (serina) no MG pelo método de western blotting. A análise estatística foi feita por análise de variância (One way para os experimentos dos itens 1, 2, 3 e 4; Two way para o item 5, acima descritos) seguida pelo teste de Tukey (p<0,05). As análises histológica e imunoistoquímicas do local das lesões maternas demonstraram que: 1) houve aumento do infiltrado inflamatório no grupo LEP quando comparado ao grupo DP; 2) não houve diferença neste parâmetro entre os grupos de ratas mães com PA e LEP; 3) observou-se maior padrão de imunomarcação para OCN no grupo LEP quando comparado ao grupo PA; 4) não foram encontradas diferenças estatísticas neste parâmetro a partir da primeira semana nos grupos PDP e P-LEP e durante os 75 dias de vida nos grupos PPA e PCN; 5) Verificou-se maior imunomarcação para TRAP no grupo LEP em comparação aos grupos PA e DP. Ademais, as análises realizadas nas proles mostraram que: 1) a DP e a LEP materna promovem baixo peso ao nascimento (BPN) de sua prole; 2) não houve BPN no grupo PPA; 3) não foram observadas diferenças estatísticas na massa corpórea e ingestão alimentar a partir da primeira semana nos grupos PDP e P-LEP e durante os 75 dias de vida nos grupos PPA e PCN; 4) os grupos PPA, PDP e P-LEP apresentaram aumento na insulinemia e RI em relação ao grupo PCN; 5) a comparação entre os grupos com inflamações orais mostrou que o grupo P-LEP apresentou uma maior insulinemia e RI quando comparado aos demais grupos; 6) inalteração na glicemia de jejum entre os grupos avaliados; 7) proles de ratas com DP e LEP apresentaram aumento no grau de fosforilação de IKKα/β no MG em comparação a proles de ratas CN e com PA; 8) os grupos PDP e P-LEP apresentaram aumento do conteúdo de TNF-α no MG em relação aos grupos PCN e PPA; 9) os grupos PPA, PDP e P-LEP apresentaram redução da fosforilação em tirosina da pp185 quando comparados ao grupo PCN. Ademais, neste mesmo parâmetro, o grupo P-LEP apresentou redução mais acentuada em comparação aos demais grupos; 10) não houve diferença no grau de fosforilação em serina do IRS-1 entre os grupos avaliados. Estes achados mostram que a associação da PA e DP materna (LEP) promoveu alterações mais exacerbadas na imunomarcação de TRAP em relação as mães com PA ou DP, avaliadas separadamente. Paralelamente, na prole adulta resultados semelhantes foram observados no grupo P-LEP que apresentou alteração mais expressiva em RI, sinalização insulínica e vias inflamatórias em relação aos grupos PPA e PDP. Os resultados do presente estudo demonstram que a presença conjunta da PA e DP na mãe pode promover uma reabsorção mais acentuada em relação as doenças estudadas separadamente. Similarmente, as proles adultas de ratas com LEP (P-LEP) apresentam alterações sistêmicas mais expressivas em relação a proles de ratas com PA ou DP. Estes dados reforçam que a manutenção de uma boa saúde bucal materna é de suma importância para prevenir doenças locais como PA e DP que podem promover alterações sistêmicas na prole adulta, prejudicando sua saúde geral.
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spelling Avaliação das vias insulínica e inflamatória em tecido muscular esquelético de ratos adultos, proles de ratas com lesão endo-periodontal verdadeiraEvaluation of insulin and inflammatory pathways in skeletal muscle tissue of adult rats, offspring of rats with true endodontic-periodontal lesionsPeriodontite periapicalInflamaçãoResistência à insulinaDoenças periodontaisPeriodontal diseasesA programação fetal sugere que estímulos adversos quando aplicados durante o início do desenvolvimento fetal podem alterar o metabolismo da prole, aumentando o risco de doenças na sua vida adulta. Estudos demonstraram que tanto a doença periodontal (DP) quanto a periodontite apical (PA) materna em ratas promovem resistência insulínica (RI) em sua prole adulta. Entretanto, estudos que investigaram os efeitos da lesão endo-periodontal (LEP) materna sobre a saúde da prole são escassos e, nestes casos, o impacto poderia ser ainda maior. Sabe-se que a polpa e o periodonto possuem um vínculo estreito, e que estão intimamente conectados por estruturas anatômicas como o forame apical, canais acessórios e túbulos dentinários, podendo interferir na saúde um do outro. A LEP verdadeira é um processo infecto inflamatório que se estende para o tecido pulpar e periodontal simultaneamente, cada um com sua origem. Além disto, estas patologias, avaliadas de formas isoladas, estão associadas com o aumento de fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) que pode estimular quinase do inibidor kappa B (IKK) e c-Jun aminoterminal quinase (JNK), as quais promovem a fosforilação do substrato do receptor de insulina 1 (IRS-1) em resíduos de serina, resultando na atenuação do sinal insulínico (SI), contribuindo com a RI na prole adulta. Nesse contexto, tornou-se fundamental investigar se a LEP verdadeira, pode promover RI de maior grau em sua prole adulta. Em vista disso, o objetivo deste estudo foram avaliar em ratas mães com LEP: 1) marcadores ósseos como a fosfatase ácida resistente ao tartarato (TRAP) e osteocalcina (OCN) no local das lesões maternas. Ademais, os objetivos deste estudo foram avaliar em ratos adultos, proles de ratas com LEP: 1) glicemia e insulinemia; 2) via insulínica; 3) vias inflamatórias no músculo gastrocnêmio (MG). Para tanto, as 28 ratas Wistar (2 meses de idade) foram distribuídas em 4 grupos: 1) ratas controle; 2) ratas com uma PA induzida no primeiro molar superior direito; 3) ratas com uma DP induzida no segundo molar superior direito; 4) ratas com LEP, no qual a DP foi induzida no segundo molar superior direito, e a PA no primeiro molar superior direito. A PA foi induzida por meio da exposição do tecido pulpar ao meio bucal, empregando-se broca em aço carbono dotada de esfera de 0,1 mm na extremidade. A DP foi induzida por meio de ligadura com fio de seda estéril. Após 30 dias da indução das inflamações bucais, as ratas de todos os grupos foram colocadas para acasalamento com ratos saudáveis. Após os desmame, as ratas mães foram sacrificadas e foram coletadas as hemimaxilas (do lado direito) para realização do seguinte experimento:1) avaliação de TRAP e OCN no local das lesões maternas pela técnica de imunoistoquímica. As análises estatísticas foram feitas por meio do teste de Mann‐Whitney e teste t de student (p<0,05). Quando os filhotes machos de todas as ratas completaram 75 dias de idade, realizou-se os seguintes experimentos: 1) Avaliação da massa corpórea e ingestão alimentar; 2) Avaliação da glicemia e insulinemia de jejum e do índice de HOMA-IR; 3) conteúdo total de TNF-α no MG; 4) avaliação do grau de fosforilação de IKKα/β e JNK no MG; 5) Avaliação do grau de fosforilação da pp185 (tirosina) e do IRS-1 (serina) no MG pelo método de western blotting. A análise estatística foi feita por análise de variância (One way para os experimentos dos itens 1, 2, 3 e 4; Two way para o item 5, acima descritos) seguida pelo teste de Tukey (p<0,05). As análises histológica e imunoistoquímicas do local das lesões maternas demonstraram que: 1) houve aumento do infiltrado inflamatório no grupo LEP quando comparado ao grupo DP; 2) não houve diferença neste parâmetro entre os grupos de ratas mães com PA e LEP; 3) observou-se maior padrão de imunomarcação para OCN no grupo LEP quando comparado ao grupo PA; 4) não foram encontradas diferenças estatísticas neste parâmetro a partir da primeira semana nos grupos PDP e P-LEP e durante os 75 dias de vida nos grupos PPA e PCN; 5) Verificou-se maior imunomarcação para TRAP no grupo LEP em comparação aos grupos PA e DP. Ademais, as análises realizadas nas proles mostraram que: 1) a DP e a LEP materna promovem baixo peso ao nascimento (BPN) de sua prole; 2) não houve BPN no grupo PPA; 3) não foram observadas diferenças estatísticas na massa corpórea e ingestão alimentar a partir da primeira semana nos grupos PDP e P-LEP e durante os 75 dias de vida nos grupos PPA e PCN; 4) os grupos PPA, PDP e P-LEP apresentaram aumento na insulinemia e RI em relação ao grupo PCN; 5) a comparação entre os grupos com inflamações orais mostrou que o grupo P-LEP apresentou uma maior insulinemia e RI quando comparado aos demais grupos; 6) inalteração na glicemia de jejum entre os grupos avaliados; 7) proles de ratas com DP e LEP apresentaram aumento no grau de fosforilação de IKKα/β no MG em comparação a proles de ratas CN e com PA; 8) os grupos PDP e P-LEP apresentaram aumento do conteúdo de TNF-α no MG em relação aos grupos PCN e PPA; 9) os grupos PPA, PDP e P-LEP apresentaram redução da fosforilação em tirosina da pp185 quando comparados ao grupo PCN. Ademais, neste mesmo parâmetro, o grupo P-LEP apresentou redução mais acentuada em comparação aos demais grupos; 10) não houve diferença no grau de fosforilação em serina do IRS-1 entre os grupos avaliados. Estes achados mostram que a associação da PA e DP materna (LEP) promoveu alterações mais exacerbadas na imunomarcação de TRAP em relação as mães com PA ou DP, avaliadas separadamente. Paralelamente, na prole adulta resultados semelhantes foram observados no grupo P-LEP que apresentou alteração mais expressiva em RI, sinalização insulínica e vias inflamatórias em relação aos grupos PPA e PDP. Os resultados do presente estudo demonstram que a presença conjunta da PA e DP na mãe pode promover uma reabsorção mais acentuada em relação as doenças estudadas separadamente. Similarmente, as proles adultas de ratas com LEP (P-LEP) apresentam alterações sistêmicas mais expressivas em relação a proles de ratas com PA ou DP. Estes dados reforçam que a manutenção de uma boa saúde bucal materna é de suma importância para prevenir doenças locais como PA e DP que podem promover alterações sistêmicas na prole adulta, prejudicando sua saúde geral.Fetal programming suggests that adverse stimuli when applied during early fetal development can alter offspring metabolism, increasing the risk of disease in adulthood. Studies have shown that both maternal periodontal disease (PED) and apical periodontitis (AP) in rats promote insulin resistance (IR) in their adult offspring. However, studies investigated the effects of maternal endodontic-periodontal lesions (EPL) on offspring health are scarce and, in these cases, the impact could be even more. The pulp and periodontium are known to have a close bond, and are intimately connected by anatomical structures such as the apical foramen, accessory canals, and dentinal tubules, which may interfere with each other's health. True EPL is an inflammatory process that extends to the pulp and periodontal tissue simultaneously, each with its origin. In addition, these pathologies, evaluated in isolation, are associated with increased tumor necrosis factor-alpha (TNF-alpha) that can stimulate IkappaB kinase (IKK) and c-Jun N-terminal protein kinase (JNK), which promote phosphorylation of insulin receptor substrate 1 (IRS-1) in serine residues, resulting in attenuation of the insulin signal (IS), contributing to IR in adult offspring. In this context, it has become essential to investigate if true EPL can promote more insulin resistance in its adult offspring In view of this, the aim of this study will be to evaluate in female rats with EPL: 1) bone markers such as tartrate-resistant acid phosphatase (TRAP) and osteocalcin (OCN) at the site of maternal injuries. Furthermore, the oaims of this study were evaluated in adult rats, offspring of rats with EPL: 1) glycemia and insulinemia; 2) insulin pathways; 3) inflammatory pathways in the gastrocnemius muscle (MG). Therefore, the 28 Wistar rats (2 months old) were distributed in 4 groups: 1) control rats; 2) rats with a AP induced in the first right upper molar; 3) rats with an induced PED in the right upper second molar; 4) rats with EPL, in which PED was induced in the upper right second molar, and AP in the upper right first molar. The AP was induced by exposing the pulp tissue to the oral environment, using a carbon steel drill with a 0.1 mm sphere at the end. PED was induced by ligation with sterile silk thread. After 30 days of inducing oral inflammation, rats from all groups were placed for mating with healthy rats. After weaning, the mother rats was sacrificed and the hemimaxyls (on the right side) will be collected to perform the following experiment: 10 1) Evaluation of TRAP and OCN at the site of maternal injuries by the immunohistochemical technique. Statistical analysis was performed using the Mann–Whitney test and Student's t test (p<0.05). When the male offspring of all rats completed 75 days of age, the following experiments were performed: 1) Assessment of body weight and food intake; 2) glycemia, insulinemia and the HOMA-IR index; 3) total TNF-α content in MG; 4) IKKα/β and JNK phosphorylation status in MG; 5) pp185 (tyrosine) and IRS-1 (serine) phosphorylation status in MG by western blotting method. Statistical analysis was performed using variance analysis (One way for analysis of experiments in items 1, 2, 3 and 4; Two way for item 5, described above) followed by Tukey's test (p<0.05. Histological and immunohistochemical analyzes of the site of maternal lesions showed that: 1) there was an increase in the inflammatory infiltrate in the EPL group when compared to the PED group; 2) there was no difference in this parameter between the groups of mother rats with AP and EPL; 3) a higher pattern of immunostaining for OCN was observed in the EPL group when compared to the AP group; 4) no statistical differences were found in this parameter between the groups of mother rats with EPL and PED; 5) There was greater immunostaining for TRAP in the EPL group compared to the AP and PED groups. Furthermore, the analyzes performed on the offsprings showed that: 1) maternal PED and EPL promote low birth weight (LBW) in the offspring; 2) there was no LBW in the AP-o group; 3) there were no statistical differences in body mass and food intake among the groups evaluated during the 75-day period; 4) the AP-o, PED-o and EPL-o groups showed an increase in insulinemia and IR in relation to the CN-o group; 5) the comparison among the groups with oral inflammation showed that the EPL-o group had higher insulinemia and IR when compared to the other groups; 6) unaltered fasting glucose among the evaluated groups; 7) the offspring of rats with PED and EPL showed an increase of IKKα/β phosphorilation status in MG in relation to the offspring of CN and AP rats; 8) the PED and EPL groups showed an increase in TNF-α content in the MG in relation to the CN-o and AP-o groups; 9) the AP-o, PED-o and EPL-o groups showed reduced tyrosine phosphorylation of pp185 when compared to the CN-o group. Furthermore, in this same parameter, the EPL-o group showed a more accentuated reduction in relation to the other groups; 10) there was no significant difference in IRS-1 serine phosphorylation status among the evaluated groups. The results of the present study demonstrate that the association of AP and PED promotes more pronounced changes both locally and systemically in the adult offspring. Maintaining good maternal oral health is very important to prevent local diseases such as AP and PED that can promote systemic changes in adult offspring, impairing their general health.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Fundação para o Desenvolvimento da UNESP (FUNDUNESP)FAPESP: 19/27662-0CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Matsushita, Doris Hissako [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Belardi, Bianca Elvira [UNESP]2022-04-20T19:17:59Z2022-04-20T19:17:59Z2022-04-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/217968Ciências Fisiológicas - FOAporinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-23T06:08:57Zoai:repositorio.unesp.br:11449/217968Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-10-23T06:08:57Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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Além disto, estas patologias, avaliadas de formas isoladas, estão associadas com o aumento de fator de necrose tumoral-alfa (TNF-α) que pode estimular quinase do inibidor kappa B (IKK) e c-Jun aminoterminal quinase (JNK), as quais promovem a fosforilação do substrato do receptor de insulina 1 (IRS-1) em resíduos de serina, resultando na atenuação do sinal insulínico (SI), contribuindo com a RI na prole adulta. Nesse contexto, tornou-se fundamental investigar se a LEP verdadeira, pode promover RI de maior grau em sua prole adulta. Em vista disso, o objetivo deste estudo foram avaliar em ratas mães com LEP: 1) marcadores ósseos como a fosfatase ácida resistente ao tartarato (TRAP) e osteocalcina (OCN) no local das lesões maternas. Ademais, os objetivos deste estudo foram avaliar em ratos adultos, proles de ratas com LEP: 1) glicemia e insulinemia; 2) via insulínica; 3) vias inflamatórias no músculo gastrocnêmio (MG). Para tanto, as 28 ratas Wistar (2 meses de idade) foram distribuídas em 4 grupos: 1) ratas controle; 2) ratas com uma PA induzida no primeiro molar superior direito; 3) ratas com uma DP induzida no segundo molar superior direito; 4) ratas com LEP, no qual a DP foi induzida no segundo molar superior direito, e a PA no primeiro molar superior direito. A PA foi induzida por meio da exposição do tecido pulpar ao meio bucal, empregando-se broca em aço carbono dotada de esfera de 0,1 mm na extremidade. A DP foi induzida por meio de ligadura com fio de seda estéril. Após 30 dias da indução das inflamações bucais, as ratas de todos os grupos foram colocadas para acasalamento com ratos saudáveis. Após os desmame, as ratas mães foram sacrificadas e foram coletadas as hemimaxilas (do lado direito) para realização do seguinte experimento:1) avaliação de TRAP e OCN no local das lesões maternas pela técnica de imunoistoquímica. As análises estatísticas foram feitas por meio do teste de Mann‐Whitney e teste t de student (p<0,05). Quando os filhotes machos de todas as ratas completaram 75 dias de idade, realizou-se os seguintes experimentos: 1) Avaliação da massa corpórea e ingestão alimentar; 2) Avaliação da glicemia e insulinemia de jejum e do índice de HOMA-IR; 3) conteúdo total de TNF-α no MG; 4) avaliação do grau de fosforilação de IKKα/β e JNK no MG; 5) Avaliação do grau de fosforilação da pp185 (tirosina) e do IRS-1 (serina) no MG pelo método de western blotting. A análise estatística foi feita por análise de variância (One way para os experimentos dos itens 1, 2, 3 e 4; Two way para o item 5, acima descritos) seguida pelo teste de Tukey (p<0,05). As análises histológica e imunoistoquímicas do local das lesões maternas demonstraram que: 1) houve aumento do infiltrado inflamatório no grupo LEP quando comparado ao grupo DP; 2) não houve diferença neste parâmetro entre os grupos de ratas mães com PA e LEP; 3) observou-se maior padrão de imunomarcação para OCN no grupo LEP quando comparado ao grupo PA; 4) não foram encontradas diferenças estatísticas neste parâmetro a partir da primeira semana nos grupos PDP e P-LEP e durante os 75 dias de vida nos grupos PPA e PCN; 5) Verificou-se maior imunomarcação para TRAP no grupo LEP em comparação aos grupos PA e DP. 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Ademais, neste mesmo parâmetro, o grupo P-LEP apresentou redução mais acentuada em comparação aos demais grupos; 10) não houve diferença no grau de fosforilação em serina do IRS-1 entre os grupos avaliados. Estes achados mostram que a associação da PA e DP materna (LEP) promoveu alterações mais exacerbadas na imunomarcação de TRAP em relação as mães com PA ou DP, avaliadas separadamente. Paralelamente, na prole adulta resultados semelhantes foram observados no grupo P-LEP que apresentou alteração mais expressiva em RI, sinalização insulínica e vias inflamatórias em relação aos grupos PPA e PDP. Os resultados do presente estudo demonstram que a presença conjunta da PA e DP na mãe pode promover uma reabsorção mais acentuada em relação as doenças estudadas separadamente. Similarmente, as proles adultas de ratas com LEP (P-LEP) apresentam alterações sistêmicas mais expressivas em relação a proles de ratas com PA ou DP. 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