Pesquisas agronômicas das plantas medicinais da Mata Atlântica regulamentadas pela ANVISA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ming, L.C. [UNESP]
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Ferreira, M.I. [UNESP], Gonçalves, G.G. [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S1516-05722012000500001
http://hdl.handle.net/11449/5811
Resumo: Com a divulgação da lista das espécies medicinais pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), de acordo com a Resolução RDC Nº10, de 09 de março de 2010, o uso dessas plantas passa a ter a chancela oficial do órgão governamental regulamentando seu uso e, em consequência disso, ter sua demanda bastante aumentada. A obtenção desses materiais adquire então grande importância, uma vez que haverá a necessidade de se produzir essas plantas. Com o objetivo de se avaliar a situação das pesquisas agronômicas com essas espécies, particularmente as de ocorrência na Mata Atlântica, foi feito um levantamento do número de publicações a partir dos nomes científicos, na base de dados eletrônica CAB Abstract, de 1990 a 2011. A pesquisa mostrou que o número de publicações por espécie varia de 2 a 1129, sendo que as espécies com maior número de artigos são aquelas já cultivadas como alimentícias. Das 66 espécies listadas, 36 são exóticas, 24 são da Mata Atlântica e 6 são nativas de outros biomas. Dentre as espécies da Mata Atlântica, foram excluídas as ruderais, frutíferas e arbóreas, devido à maioria dos trabalhos na área agronômica estarem relacionados ao manejo, controle ou produção de frutos e não ao seu cultivo sobre o ponto de vista medicinal. A única exceção foi a espécie medicinal arbórea Maytenus ilicifolia. Assim, foram selecionadas 16 espécies, as quais tiveram as publicações divididas em quatro áreas: Agronomia; Fitoquímica, Ensaios biológicos e Outros. Nesta pesquisa foi possível identificar que 32% dos artigos publicados são agronômicos, área que apresenta menos publicações do que a área de atividade biológica, que tem 40% das publicações, e a área de fitoquimica tem 20% das publicações. Estes resultados mostram que os pesquisadores estão atentos à importância das pesquisas agronômicas com plantas medicinais, mas que se faz necessário realizar trabalhos de domesticação das espécies selvagens e de fitotecnia com as espécies menos estudadas, para viabilizar o cultivo, a conservação dos recursos genéticos vegetais e do meio ambiente.
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spelling Pesquisas agronômicas das plantas medicinais da Mata Atlântica regulamentadas pela ANVISAAgronomic research of Atlantic Forest medicinal plants regulated by ANVISAPlantas nativaspesquisascultivodomesticação de espéciesconservaçãoNative plantsresearchcultivationspecies domesticationconservationCom a divulgação da lista das espécies medicinais pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), de acordo com a Resolução RDC Nº10, de 09 de março de 2010, o uso dessas plantas passa a ter a chancela oficial do órgão governamental regulamentando seu uso e, em consequência disso, ter sua demanda bastante aumentada. A obtenção desses materiais adquire então grande importância, uma vez que haverá a necessidade de se produzir essas plantas. Com o objetivo de se avaliar a situação das pesquisas agronômicas com essas espécies, particularmente as de ocorrência na Mata Atlântica, foi feito um levantamento do número de publicações a partir dos nomes científicos, na base de dados eletrônica CAB Abstract, de 1990 a 2011. A pesquisa mostrou que o número de publicações por espécie varia de 2 a 1129, sendo que as espécies com maior número de artigos são aquelas já cultivadas como alimentícias. Das 66 espécies listadas, 36 são exóticas, 24 são da Mata Atlântica e 6 são nativas de outros biomas. Dentre as espécies da Mata Atlântica, foram excluídas as ruderais, frutíferas e arbóreas, devido à maioria dos trabalhos na área agronômica estarem relacionados ao manejo, controle ou produção de frutos e não ao seu cultivo sobre o ponto de vista medicinal. A única exceção foi a espécie medicinal arbórea Maytenus ilicifolia. Assim, foram selecionadas 16 espécies, as quais tiveram as publicações divididas em quatro áreas: Agronomia; Fitoquímica, Ensaios biológicos e Outros. Nesta pesquisa foi possível identificar que 32% dos artigos publicados são agronômicos, área que apresenta menos publicações do que a área de atividade biológica, que tem 40% das publicações, e a área de fitoquimica tem 20% das publicações. Estes resultados mostram que os pesquisadores estão atentos à importância das pesquisas agronômicas com plantas medicinais, mas que se faz necessário realizar trabalhos de domesticação das espécies selvagens e de fitotecnia com as espécies menos estudadas, para viabilizar o cultivo, a conservação dos recursos genéticos vegetais e do meio ambiente.With the release of the list of medicinal plants by Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), according to RDC Nº10, March, 9th , 2010, the use of these plants is replaced by the official seal from the government regulator, in consequence, have greatly increased their demand. The production of these materials then acquires a great importance, as there will be a need to produce these plants. Aiming to assess the status of agronomic research on these species, particularly the species which occur in Atlantic Forest, a survey was made of publications from the scientific names in the CAB Abstract electronic database, ranging from 1990 to 2011 . The survey showed that the number of publications varies from 2 to 1129, and the species with the largest number of articles are those already cultivated as food. of the 66 species listed, 36 are exotic, 24 are native of the Atlantic Forest and 6 are to other biomes. Among the Atlantic Forest species, were excluded the ruderal, fruit, and tree, due to most studies in Agronomy are related to the management, control or fruit production, and not to the cultivation with the medicinal viewpoint. The only arboreus specie excluded was Maytenus ilicifolia. Thus, we selected 16 species, which had its publications divided into three areas: Agronomy; Phytochemistry and Biological Assays. This research identified that 32% of published articles are agronomic, area that has less content than the area of biological activity, which has 40% of publications, and the area of phytochemistry have 20% of publications. These results show that researchers are aware of the importance of agronomic research with medicinal plants, but it is necessary to perform work of domestication of wild species and crop science with the less-studied species, to improve the culture, the conservation of plant genetic resources and the environment.UNESP Faculdade de Ciências Agronômicas Departamento de Produção VegetalUNESP Faculdade de Ciências Agronômicas Departamento de Produção VegetalUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Ming, L.C. [UNESP]Ferreira, M.I. [UNESP]Gonçalves, G.G. [UNESP]2014-05-20T13:20:40Z2014-05-20T13:20:40Z2012-01-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article131-137application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S1516-05722012000500001Revista Brasileira de Plantas Medicinais. UNESP, v. 14, n. spe, p. 131-137, 2012.1516-0572http://hdl.handle.net/11449/581110.1590/S1516-05722012000500001S1516-05722012000500001S1516-05722012000500001.pdf4390073683610512SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Plantas Medicinais0,199info:eu-repo/semantics/openAccess2024-04-30T15:56:03Zoai:repositorio.unesp.br:11449/5811Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-04-30T15:56:03Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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