Da determinação subjetiva a uma vida de pura imanência: críticas deleuzianas às filosofias do sujeito

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mascarenhas, Aristeu Laurêncio Cordeiro [UNESP]
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/91746
Resumo: O tema principal desse trabalho é a apresentação da crítica dispensada por Gilles Deleuze às filosofias do sujeito. Este é um assunto recorrente em seus textos, embora apareça disperso principalmente no que diz respeito à figura do cogito como começo em filosofia e a sua inserção no quadro do que ele irá chamar de postulados da imagem dogmática do pensamento. Fugindo dessa imagem para devolver à imanência seus direitos, o autor irá propor um campo transcendental, e a partir daí, um plano de imanência pré-subjetivo e pré-objetivo como condição para se pensar uma subjetividade. Ver-se-á como Deleuze encontra no pensamento de Bergson rica fonte para afirmar a realidade virtual desse plano e do tempo que lhe é próprio; imaginado por esse autor como uma pura multiplicidade virtual que se atualiza em estados de coisa ou estados vividos. Afirmada a realidade desse plano, pode-se, a partir de então, voltar a pensar sujeito e objeto fora do “abrigo” da tradição. A crítica deleuziana mostra, ainda, que Descartes tivera papel fundamental como criador de uma vertente da imagem do pensamento levada a cabo como abrigo pelas filosofias da reflexão. Tal imagem se constitui a partir de uma subsunção da imanência ao interior de uma consciência pura, de um sujeito pensante. Será mostrado como a partir de Descartes, e com Kant e Husserl como aqueles que permaneceram presos à imagem dogmática, o plano de imanência é tratado como um campo da consciência. Estabelecida a crítica, será evidenciada a necessidade última do pensamento deleuziano de reafirmar esse plano após destituir a posição de fundamento assumida pela consciência. Apartado de qualquer forma de consciência o campo transcendental se mostra, então, como uma vida de pura imanência; e as terminologias subjetivas dão lugar às novas terminologias deleuzianas.
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