Efeito da vacina contra coccidiose sobre a colonização de Salmonella enteritidis em frangos de corte tratados com microbiota cecal anaeróbia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andreatti Filho, R.L. [UNESP]
Data de Publicação: 1999
Outros Autores: Mestrinel Jr., P. [UNESP], Sampaio, H.M. [UNESP], Crocci, A.J. [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-09351999000400004
http://hdl.handle.net/11449/13688
Resumo: Avaliou-se o efeito da vacina contra coccidiose sobre a habilidade da microbiota cecal anaeróbia (MCA), administrada por diferentes vias (aves tratadas), em proteger pintos de corte da colonização por Salmonella enteritidis (Se). Utilizaram-se 120 aves assim divididas: grupo A, pulverização de MCA em aves vacinadas contra coccidiose e desafiadas com Se, grupo B, inoculação endoesofágica de MCA em aves vacinadas e desafiadas, grupo C, MCA na água de bebida de aves vacinadas e desafiadas, grupo D, aves não tratadas, vacinadas e desafiadas, grupo E, aves não tratadas, não vacinadas e desafiadas e, grupo F, aves não tratadas, não vacinadas e não desafiadas (controle negativo). Utilizaram-se como parâmetros a colonização do trato digestivo por Se e sua presença nas fezes, bem como o peso corporal das aves, avaliados aos dois, sete e 12 dias após o desafio. Nas aves tratadas com MCA, especialmente por meio de pulverização e inoculação endoesofágica, a colonização do ceco por Se e sua presença nas fezes foram menores, mostrando que a ação da MCA contra a colonização de ceco e excreção fecal não foi afetada pelo uso da vacina contra coccidiose em pintos de corte e que a associação MCA/vacina contra coccidiose pode ser utilizada sem que haja comprometimento na eficácia da MCA. Nos grupos que não receberam MCA, vacinados ou não contra coccidiose, houve aumento da colonização cecal, bem como excreção fecal da amostra desafio. O ceco foi o local de maior presença e persistência da Se. O resultado de administração de MCA pela água de bebida não foi tão eficiente, mas somente este tratamento resultou em peso corporal das aves significativamente superior ao das aves do grupo não tratado, não vacinado e desafiado, indicando que a presença de salmonelas paratifóides não interfere na produtividade de frangos de corte. Não se observou diferença no peso das aves dos grupos D (vacinados contra coccidiose) e E (não vacinadas) desafiadas com Se, demonstrando que a vacina não influenciou negativamente o ganho de peso das aves desafiadas com Salmonela enteriditis.
id UNSP_cabf3bb6718422e847d4b1344a689ef0
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/13688
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Efeito da vacina contra coccidiose sobre a colonização de Salmonella enteritidis em frangos de corte tratados com microbiota cecal anaeróbiaEffect of coccidiosis vaccine on Salmonella enteritidis colonization in broiler chicks inoculated with anaerobic cecal microfloraFrangoSalmonella enteritidismicrobiota cecal anaeróbiavacina contra coccidioseBroilerSalmonella enteritidisanaerobic cecal microfloracompetitive exclusionvaccine coccidiosisAvaliou-se o efeito da vacina contra coccidiose sobre a habilidade da microbiota cecal anaeróbia (MCA), administrada por diferentes vias (aves tratadas), em proteger pintos de corte da colonização por Salmonella enteritidis (Se). Utilizaram-se 120 aves assim divididas: grupo A, pulverização de MCA em aves vacinadas contra coccidiose e desafiadas com Se, grupo B, inoculação endoesofágica de MCA em aves vacinadas e desafiadas, grupo C, MCA na água de bebida de aves vacinadas e desafiadas, grupo D, aves não tratadas, vacinadas e desafiadas, grupo E, aves não tratadas, não vacinadas e desafiadas e, grupo F, aves não tratadas, não vacinadas e não desafiadas (controle negativo). Utilizaram-se como parâmetros a colonização do trato digestivo por Se e sua presença nas fezes, bem como o peso corporal das aves, avaliados aos dois, sete e 12 dias após o desafio. Nas aves tratadas com MCA, especialmente por meio de pulverização e inoculação endoesofágica, a colonização do ceco por Se e sua presença nas fezes foram menores, mostrando que a ação da MCA contra a colonização de ceco e excreção fecal não foi afetada pelo uso da vacina contra coccidiose em pintos de corte e que a associação MCA/vacina contra coccidiose pode ser utilizada sem que haja comprometimento na eficácia da MCA. Nos grupos que não receberam MCA, vacinados ou não contra coccidiose, houve aumento da colonização cecal, bem como excreção fecal da amostra desafio. O ceco foi o local de maior presença e persistência da Se. O resultado de administração de MCA pela água de bebida não foi tão eficiente, mas somente este tratamento resultou em peso corporal das aves significativamente superior ao das aves do grupo não tratado, não vacinado e desafiado, indicando que a presença de salmonelas paratifóides não interfere na produtividade de frangos de corte. Não se observou diferença no peso das aves dos grupos D (vacinados contra coccidiose) e E (não vacinadas) desafiadas com Se, demonstrando que a vacina não influenciou negativamente o ganho de peso das aves desafiadas com Salmonela enteriditis.The effect of a coccidiosis vacine on the ability of the anaerobic cecal microflora (ACM) administered (treated birds) through different ways, to protect broiler chicks against Salmonella enteritidis (Se) colonization was studied. One hundred twenty broiler chicks were divided into six groups: for group A, ACM was given by spray after vaccination against coccidiosis and challenge with Se; for group B, ACM was given by intra-esophagus to coccidiosis vaccinated and Se challenged chicks; for group C, ACM given by drinking water to coccidiosis vaccinated and Se challenged chicks; for group D, chicks were not ACM treated, but coccidiosis vaccinated and Se challenged; for group E, chicks were not ACM treated, not vaccinated against coccidiosis but Se challenged and, for group F, not vaccinated, not challenged, and not treated chicks were used (negative control). The colonization of the digestive system and the presence of Se in feces were used as parameters, as well as body weight of the chicks, evaluated at two, seven and 12 days after challenge. Se count in feces and cecal colonization were reduced in ACM treated groups, mainly through spraying and by intra-esophagus routes, indicating that the actions of ACM against cecal colonization and fecal excretion of Se are not affected by the use of vaccine against coccidiosis in broiler chicks, and that the association ACM/coccidiosis vaccine can be used without reduction of the effectiveness of ACM. In the groups that did not receive ACM, vaccinated or not against coccidiosis, there was an increase of cecal colonization, as well as fecal excretion of Se. The cecum was the main site of colonization and persistence of Se. ACM given by spraying or intra-esophagus route reduced Se in the feces and cecum, as compared with chicks that received ACM by drinking water, although only this treatment has determined a significantly higher body weight than the not treated, not vaccinated but challenged group, probably indicating that the paratyphoids Salmonella may not interfere with broiler performance. No differences on body weight between not ACM treated, Se challenged and vaccinated or not groups were observed, suggesting that the vaccine did not influence the weight gain of the chicks challenged with Salmonela enteriditis.UNESP Faculdade de Medicina Veterinária e ZootecniaUNESP Instituto de BiociênciasUNESP Faculdade de Medicina Veterinária e ZootecniaUNESP Instituto de BiociênciasUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Escola de VeterináriaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Andreatti Filho, R.L. [UNESP]Mestrinel Jr., P. [UNESP]Sampaio, H.M. [UNESP]Crocci, A.J. [UNESP]2014-05-20T13:39:28Z2014-05-20T13:39:28Z1999-08-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article311-316http://dx.doi.org/10.1590/S0102-09351999000400004Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Veterinária, v. 51, n. 4, p. 311-316, 1999.0102-0935http://hdl.handle.net/11449/1368810.1590/S0102-09351999000400004S0102-093519990004000048502462873517464SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporArquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia0.2860,248info:eu-repo/semantics/openAccess2021-10-23T11:59:59Zoai:repositorio.unesp.br:11449/13688Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462021-10-23T11:59:59Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Efeito da vacina contra coccidiose sobre a colonização de Salmonella enteritidis em frangos de corte tratados com microbiota cecal anaeróbia
Effect of coccidiosis vaccine on Salmonella enteritidis colonization in broiler chicks inoculated with anaerobic cecal microflora
title Efeito da vacina contra coccidiose sobre a colonização de Salmonella enteritidis em frangos de corte tratados com microbiota cecal anaeróbia
spellingShingle Efeito da vacina contra coccidiose sobre a colonização de Salmonella enteritidis em frangos de corte tratados com microbiota cecal anaeróbia
Andreatti Filho, R.L. [UNESP]
Frango
Salmonella enteritidis
microbiota cecal anaeróbia
vacina contra coccidiose
Broiler
Salmonella enteritidis
anaerobic cecal microflora
competitive exclusion
vaccine coccidiosis
title_short Efeito da vacina contra coccidiose sobre a colonização de Salmonella enteritidis em frangos de corte tratados com microbiota cecal anaeróbia
title_full Efeito da vacina contra coccidiose sobre a colonização de Salmonella enteritidis em frangos de corte tratados com microbiota cecal anaeróbia
title_fullStr Efeito da vacina contra coccidiose sobre a colonização de Salmonella enteritidis em frangos de corte tratados com microbiota cecal anaeróbia
title_full_unstemmed Efeito da vacina contra coccidiose sobre a colonização de Salmonella enteritidis em frangos de corte tratados com microbiota cecal anaeróbia
title_sort Efeito da vacina contra coccidiose sobre a colonização de Salmonella enteritidis em frangos de corte tratados com microbiota cecal anaeróbia
author Andreatti Filho, R.L. [UNESP]
author_facet Andreatti Filho, R.L. [UNESP]
Mestrinel Jr., P. [UNESP]
Sampaio, H.M. [UNESP]
Crocci, A.J. [UNESP]
author_role author
author2 Mestrinel Jr., P. [UNESP]
Sampaio, H.M. [UNESP]
Crocci, A.J. [UNESP]
author2_role author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Andreatti Filho, R.L. [UNESP]
Mestrinel Jr., P. [UNESP]
Sampaio, H.M. [UNESP]
Crocci, A.J. [UNESP]
dc.subject.por.fl_str_mv Frango
Salmonella enteritidis
microbiota cecal anaeróbia
vacina contra coccidiose
Broiler
Salmonella enteritidis
anaerobic cecal microflora
competitive exclusion
vaccine coccidiosis
topic Frango
Salmonella enteritidis
microbiota cecal anaeróbia
vacina contra coccidiose
Broiler
Salmonella enteritidis
anaerobic cecal microflora
competitive exclusion
vaccine coccidiosis
description Avaliou-se o efeito da vacina contra coccidiose sobre a habilidade da microbiota cecal anaeróbia (MCA), administrada por diferentes vias (aves tratadas), em proteger pintos de corte da colonização por Salmonella enteritidis (Se). Utilizaram-se 120 aves assim divididas: grupo A, pulverização de MCA em aves vacinadas contra coccidiose e desafiadas com Se, grupo B, inoculação endoesofágica de MCA em aves vacinadas e desafiadas, grupo C, MCA na água de bebida de aves vacinadas e desafiadas, grupo D, aves não tratadas, vacinadas e desafiadas, grupo E, aves não tratadas, não vacinadas e desafiadas e, grupo F, aves não tratadas, não vacinadas e não desafiadas (controle negativo). Utilizaram-se como parâmetros a colonização do trato digestivo por Se e sua presença nas fezes, bem como o peso corporal das aves, avaliados aos dois, sete e 12 dias após o desafio. Nas aves tratadas com MCA, especialmente por meio de pulverização e inoculação endoesofágica, a colonização do ceco por Se e sua presença nas fezes foram menores, mostrando que a ação da MCA contra a colonização de ceco e excreção fecal não foi afetada pelo uso da vacina contra coccidiose em pintos de corte e que a associação MCA/vacina contra coccidiose pode ser utilizada sem que haja comprometimento na eficácia da MCA. Nos grupos que não receberam MCA, vacinados ou não contra coccidiose, houve aumento da colonização cecal, bem como excreção fecal da amostra desafio. O ceco foi o local de maior presença e persistência da Se. O resultado de administração de MCA pela água de bebida não foi tão eficiente, mas somente este tratamento resultou em peso corporal das aves significativamente superior ao das aves do grupo não tratado, não vacinado e desafiado, indicando que a presença de salmonelas paratifóides não interfere na produtividade de frangos de corte. Não se observou diferença no peso das aves dos grupos D (vacinados contra coccidiose) e E (não vacinadas) desafiadas com Se, demonstrando que a vacina não influenciou negativamente o ganho de peso das aves desafiadas com Salmonela enteriditis.
publishDate 1999
dc.date.none.fl_str_mv 1999-08-01
2014-05-20T13:39:28Z
2014-05-20T13:39:28Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://dx.doi.org/10.1590/S0102-09351999000400004
Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Veterinária, v. 51, n. 4, p. 311-316, 1999.
0102-0935
http://hdl.handle.net/11449/13688
10.1590/S0102-09351999000400004
S0102-09351999000400004
8502462873517464
url http://dx.doi.org/10.1590/S0102-09351999000400004
http://hdl.handle.net/11449/13688
identifier_str_mv Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia. Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Veterinária, v. 51, n. 4, p. 311-316, 1999.
0102-0935
10.1590/S0102-09351999000400004
S0102-09351999000400004
8502462873517464
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia
0.286
0,248
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv 311-316
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Escola de Veterinária
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Escola de Veterinária
dc.source.none.fl_str_mv SciELO
reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797789695667601408