Nascimentos a termo em município de médio porte do interior paulista: estudo de coorte prospectiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Michelin, Nathallia Seródio [UNESP]
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/194190
Resumo: Introdução: A duração da gestação está entre os principais fatores relacionados ao desenvolvimento intrauterino, e está intimamente relacionada com a viabilidade do recém-nascido. A expressão nascimento a termo tem sido utilizada para designar um grupo homogêneo de crianças, nascidas entre 37 e 42 semanas de gestação. Entretanto, cinco semanas é um período extenso, que pode levar a diferenças relevantes nos desfechos gestacionais. Tem-se como hipótese que nascer de termo precoce é negativo para a criança, quando se compara com o nascimento de termo completo, com relação aos desfechos relacionados ao peso e ao aleitamento materno, no período perinatal e primeiro ano de vida. Objetivo: Avaliar o efeito da idade gestacional no termo (completo, precoce e tardio) em desfechos perinatais e do primeiro ano de vida. Objetivos específicos: verificar o efeito da idade gestacional no termo sobre o peso ao nascer, aos seis e doze meses de vida da criança; identificar o efeito da categoria de idade gestacional no termo (precoce, completo e tardio) sobre o aleitamento materno na primeira hora de vida, a duração do aleitamento materno exclusivo e a prática do aleitamento materno aos doze meses. Método: Trata-se de um estudo de coorte única, concorrente, com seguimento prospectivo de um ano, realizado em Botucatu-SP. A coleta de dados ocorreu em sete momentos no primeiro ano de vida da criança: o primeiro, no primeiro mês de vida das crianças, e os demais aos dois e quatro meses do bebê (por telefone) e aos três, seis, nove e doze meses após o parto (presencial, em domicílio ou posto de saúde). A análise do peso ao nascer, aos seis e doze meses, em função da idade gestacional, incluindo potenciais variáveis de confusão, foi realizada ajustando modelos de regressão com resposta normal, após identificação das associações bivariadas com p<0,20. A associação entre idade gestacional e desfechos foi estimada por regressão múltipla de Cox, com base em um modelo de interrelação entre variáveis, organizadas em blocos, onde cada variável de um dado bloco foi associada isoladamente com o desfecho em análise bruta e interna ao bloco, considerando as variáveis que apresentaram p< 0,20. Para análise relativa ao aleitamento materno na primeira hora de vida, foram utilizados três blocos de variáveis: socioeconômicas, demográficas e obstétricas e para aleitamento materno exclusivo e aleitamento materno, foi incluído quarto bloco com variáveis da criança. Em todas as análises, a variável de exposição, categorizada em: termo precoce, completo e tardio, foi incluída no último bloco, o terceiro, no caso do aleitamento na primeira hora de vida e no quarto para os desfechos duração do aleitamento materno exclusivo e aleitamento materno aos doze meses. Para todas as análises considerou-se p crítico < 0,05. As análises foram realizadas com o software SPSS v.22. Resultados: são apresentados no formato de dois manuscritos. 1- Os achados mostram que de maneira independente, crianças nascidas de termo precoce tinham, em média, 161 g a menos no peso ao nascer (β=-161,6; IC 95%= -236,1- -87,2; p<0,001), 350g a mais no peso aos seis meses (β=0,35; IC 95%= 0,16-0,53; p<0,001) e 290 g a mais no peso aos doze meses (β= 0,29; IC 95%= 0,04-0,50; p=0,019) que aquelas nascidas de termo completo. Achados secundários: mães com mais idade e número de consultas pré-natal tiveram bebês com maior peso ao nascer; crianças com maior comprimento ao nascer tiveram maior peso aos seis e doze meses e aquelas com maior tempo de aleitamento materno tiveram menor peso aos doze meses. 2- Não houve associação da idade gestacional no termo e aleitamento materno na primeira hora de vida, duração do aleitamento materno exclusivo e prática do aleitamento materno aos doze meses. Secundariamente, encontrou-se que o aumento na idade e na escolaridade, o parto por cesariana e em serviços privados e a necessidade de reanimação influenciaram negativamente o aleitamento na primeira hora de vida. Foi negativo para desfechos do aleitamento no primeiro ano de vida o uso de mamadeira e chupeta. Na vigência de gestações prévias, o risco de não mamar na primeira hora de vida diminuiu. Conclusões: Houve associação entre idade gestacional no termo e peso ao nascer, aos seis e doze meses. Crianças nascidas de termo precoce tiveram, de maneira independente, menor peso ao nascer e maior peso que as nascidas de termo completo aos seis e doze meses de vida. Quanto ao aleitamento materno, não houve associação entre categoria de idade gestacional no termo e aleitamento materno. Confirmou-se a influência de diversos fatores já apontados como associados ao aleitamento materno no primeiro ano de vida na literatura científica.
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Tem-se como hipótese que nascer de termo precoce é negativo para a criança, quando se compara com o nascimento de termo completo, com relação aos desfechos relacionados ao peso e ao aleitamento materno, no período perinatal e primeiro ano de vida. Objetivo: Avaliar o efeito da idade gestacional no termo (completo, precoce e tardio) em desfechos perinatais e do primeiro ano de vida. Objetivos específicos: verificar o efeito da idade gestacional no termo sobre o peso ao nascer, aos seis e doze meses de vida da criança; identificar o efeito da categoria de idade gestacional no termo (precoce, completo e tardio) sobre o aleitamento materno na primeira hora de vida, a duração do aleitamento materno exclusivo e a prática do aleitamento materno aos doze meses. Método: Trata-se de um estudo de coorte única, concorrente, com seguimento prospectivo de um ano, realizado em Botucatu-SP. A coleta de dados ocorreu em sete momentos no primeiro ano de vida da criança: o primeiro, no primeiro mês de vida das crianças, e os demais aos dois e quatro meses do bebê (por telefone) e aos três, seis, nove e doze meses após o parto (presencial, em domicílio ou posto de saúde). A análise do peso ao nascer, aos seis e doze meses, em função da idade gestacional, incluindo potenciais variáveis de confusão, foi realizada ajustando modelos de regressão com resposta normal, após identificação das associações bivariadas com p<0,20. A associação entre idade gestacional e desfechos foi estimada por regressão múltipla de Cox, com base em um modelo de interrelação entre variáveis, organizadas em blocos, onde cada variável de um dado bloco foi associada isoladamente com o desfecho em análise bruta e interna ao bloco, considerando as variáveis que apresentaram p< 0,20. Para análise relativa ao aleitamento materno na primeira hora de vida, foram utilizados três blocos de variáveis: socioeconômicas, demográficas e obstétricas e para aleitamento materno exclusivo e aleitamento materno, foi incluído quarto bloco com variáveis da criança. Em todas as análises, a variável de exposição, categorizada em: termo precoce, completo e tardio, foi incluída no último bloco, o terceiro, no caso do aleitamento na primeira hora de vida e no quarto para os desfechos duração do aleitamento materno exclusivo e aleitamento materno aos doze meses. Para todas as análises considerou-se p crítico < 0,05. As análises foram realizadas com o software SPSS v.22. Resultados: são apresentados no formato de dois manuscritos. 1- Os achados mostram que de maneira independente, crianças nascidas de termo precoce tinham, em média, 161 g a menos no peso ao nascer (β=-161,6; IC 95%= -236,1- -87,2; p<0,001), 350g a mais no peso aos seis meses (β=0,35; IC 95%= 0,16-0,53; p<0,001) e 290 g a mais no peso aos doze meses (β= 0,29; IC 95%= 0,04-0,50; p=0,019) que aquelas nascidas de termo completo. Achados secundários: mães com mais idade e número de consultas pré-natal tiveram bebês com maior peso ao nascer; crianças com maior comprimento ao nascer tiveram maior peso aos seis e doze meses e aquelas com maior tempo de aleitamento materno tiveram menor peso aos doze meses. 2- Não houve associação da idade gestacional no termo e aleitamento materno na primeira hora de vida, duração do aleitamento materno exclusivo e prática do aleitamento materno aos doze meses. Secundariamente, encontrou-se que o aumento na idade e na escolaridade, o parto por cesariana e em serviços privados e a necessidade de reanimação influenciaram negativamente o aleitamento na primeira hora de vida. Foi negativo para desfechos do aleitamento no primeiro ano de vida o uso de mamadeira e chupeta. Na vigência de gestações prévias, o risco de não mamar na primeira hora de vida diminuiu. Conclusões: Houve associação entre idade gestacional no termo e peso ao nascer, aos seis e doze meses. Crianças nascidas de termo precoce tiveram, de maneira independente, menor peso ao nascer e maior peso que as nascidas de termo completo aos seis e doze meses de vida. Quanto ao aleitamento materno, não houve associação entre categoria de idade gestacional no termo e aleitamento materno. Confirmou-se a influência de diversos fatores já apontados como associados ao aleitamento materno no primeiro ano de vida na literatura científica.Introduction: The duration of pregnancy is among the main factors related to intrauterine development, and is closely related to the viability of the newborn. The term birth to term has been used to designate a homogeneous group of children, born between 37 and 42 weeks of gestation. However, five weeks is an extended period, which can lead to significant differences in pregnancy outcomes. It is hypothesized that being born at an early term is negative for the child, when compared to the birth of a full term, with regard to outcomes related to weight and breastfeeding, in the perinatal period and the first year of life. Objective: To evaluate the effect of gestational age at term (complete, early and late) on perinatal and first-year outcomes. Specific objectives: to verify the effect of gestational age at term on birth weight, at six and twelve months of the child's life; to identify the effect of the term gestational age category (early, complete and late) on breastfeeding in the first hour of life, the duration of exclusive breastfeeding and the practice of breastfeeding at twelve months. Method: This is a single, concurrent cohort study, with a prospective follow-up of one year, carried out in Botucatu-SP. Data collection occurred at seven moments in the child's first year of life: the first, in the children's first month of life, and the others at the baby's two and four months (by phone) and at three, six, nine and twelve months after delivery (in person, at home or health clinic). The analysis of birth weight, at six and twelve months, according to gestational age, including potential confounding variables, was performed by adjusting regression models with normal response, after identifying bivariate associations with p <0.20. The association between gestational age and outcomes was estimated by Cox multiple regression, based on a model of interrelation between variables, organized in blocks, where each variable in a given block was associated in isolation with the outcome in gross and internal analysis of the block, considering the variables that presented p <0.20. For analysis related to breastfeeding in the first hour of life, three blocks of variables were used: socioeconomic, demographic and obstetric and for exclusive breastfeeding and breastfeeding, a fourth block with child variables was included. In all analyzes, the exposure variable, categorized as: early, complete and late term, was included in the last block, the third in the case of breastfeeding in the first hour of life and in the fourth for the outcomes duration of exclusive breastfeeding and breastfeeding at twelve months. For all analyzes, a critical p <0.05 was considered. The analyzes were performed using the SPSS v.22 software. Results: they are presented in the format of two manuscripts. 1- The findings show that, independently, children born at an early term had, on average, 161 g less in birth weight (β = -161.6; 95% CI = -236.1-87.2; p <0.001), 350g more in weight at six months (β = 0.35; 95% CI = 0.16-0.53; p <0.001) and 290 g more in weight at twelve months (β = 0.29 ; 95% CI = 0.04-0.50; p = 0.019) than those born at full term. Secondary findings: older mothers and number of prenatal consultations had babies with higher birth weight; children with greater length at birth had greater weight at six and twelve months and those with longer breastfeeding had less weight at twelve months. 2- There was no association between gestational age at term and breastfeeding in the first hour of life, duration of exclusive breastfeeding and breastfeeding practice at twelve months. Secondly, it was found that the increase in age and education, delivery by cesarean section and in private services and the need for resuscitation negatively influenced breastfeeding in the first hour of life. The use of a bottle and pacifier was negative for breastfeeding outcomes in the first year of life. During previous pregnancies, the risk of not breastfeeding in the first hour of life has decreased. Conclusions: There was an association between gestational age at term and birth weight, at six and twelve months. Children born at early term had, independently, lower birth weight and greater weight than those born at full term at six and twelve months of age. As for breastfeeding, there was no association between the category of gestational age at term and breastfeeding. The influence of several factors already mentioned as associated with breastfeeding in the first year of life in the scientific literature was confirmed.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)FAPESP: 2015/03256-1Capes: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Parada, Cristina Maria Garcia de Lima [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Michelin, Nathallia Seródio [UNESP]2020-10-27T12:31:57Z2020-10-27T12:31:57Z2020-08-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19419033004064085P5porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-11-04T06:07:30Zoai:repositorio.unesp.br:11449/194190Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-11-04T06:07:30Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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