Correlação entre os Aspectos Laparoscópicos e os Achados Histológicos das Lesões Endometrióticas Peritoneais
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032002000200004 http://hdl.handle.net/11449/12314 |
Resumo: | Objetivos: avaliar a correlação entre os aspectos laparoscópicos e os achados histológicos estromais incluindo, a profundidade da lesão endometriótica peritoneal, e na relação com a teoria evolutiva da endometriose. Métodos: foram selecionadas para o estudo 67 pacientes submetidas à laparoscopia por algia pélvica, infertilidade, tumor anexial e outras indicações. A avaliação laparoscópica baseou-se no aspecto visual do implante suspeito de endometriose peritoneal, o qual foi biopsiado. de acordo com o aspecto laparoscópico, as lesões foram agrupadas em: grupo V - lesões vermelhas, grupo N - lesões negras e grupo B - lesões brancas. Os parâmetros histológicos estudados foram: profundidade da lesão, presença de hemossiderina no estroma, vascularização estromal e presença de fibrose no estroma. Resultados: a profundidade da lesão mostrou diferenças estatisticamente significantes entre os grupos de estudo. As lesões vermelhas mostraram-se superficiais em 100% dos casos. As lesões negras apresentaram-se superficiais em 55,6%, intermediárias em 38,9% e profundas em 5,5%. As lesões brancas mostraram-se superficiais em 28%, intermediárias em 68% e profundas em 4%. A presença de hemossiderina no estroma se mostrou equivalente nos 3 grupos. A presença de vasos no estroma da lesão endometriótica, que foi classificada de I a III de acordo com a quantidade, demonstrou diferenças significantes entre os 3 grupos, sendo que a vascularização exuberante (grau III) esteve presente em 60% das lesões vermelhas e em 10% das lesões brancas. A presença de tecido fibrótico na lesão endometriótica apresentou diferenças estatisticamente significantes nos 3 grupos de estudo, sendo mais freqüente no grupo B (lesões brancas), com 70,6%. Conclusão: as variáveis analisadas nos diferentes grupos de estudo demostraram diferença significantes entre os grupos, reforçando a teoria evolutiva da endometriose peritoneal. |
id |
UNSP_f738560ed0d945e9d8e0c2f0438c5f39 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unesp.br:11449/12314 |
network_acronym_str |
UNSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNESP |
repository_id_str |
2946 |
spelling |
Correlação entre os Aspectos Laparoscópicos e os Achados Histológicos das Lesões Endometrióticas PeritoneaisCorrelation Between Laparoscopic Aspects and Histologic Findings in Peritoneal Endometriotic LesionsEndometrioseLaparoscopiaHemossiderinaEndométrioDor pélvicaEndometriosisLaparoscopyPelvic painHemosiderinObjetivos: avaliar a correlação entre os aspectos laparoscópicos e os achados histológicos estromais incluindo, a profundidade da lesão endometriótica peritoneal, e na relação com a teoria evolutiva da endometriose. Métodos: foram selecionadas para o estudo 67 pacientes submetidas à laparoscopia por algia pélvica, infertilidade, tumor anexial e outras indicações. A avaliação laparoscópica baseou-se no aspecto visual do implante suspeito de endometriose peritoneal, o qual foi biopsiado. de acordo com o aspecto laparoscópico, as lesões foram agrupadas em: grupo V - lesões vermelhas, grupo N - lesões negras e grupo B - lesões brancas. Os parâmetros histológicos estudados foram: profundidade da lesão, presença de hemossiderina no estroma, vascularização estromal e presença de fibrose no estroma. Resultados: a profundidade da lesão mostrou diferenças estatisticamente significantes entre os grupos de estudo. As lesões vermelhas mostraram-se superficiais em 100% dos casos. As lesões negras apresentaram-se superficiais em 55,6%, intermediárias em 38,9% e profundas em 5,5%. As lesões brancas mostraram-se superficiais em 28%, intermediárias em 68% e profundas em 4%. A presença de hemossiderina no estroma se mostrou equivalente nos 3 grupos. A presença de vasos no estroma da lesão endometriótica, que foi classificada de I a III de acordo com a quantidade, demonstrou diferenças significantes entre os 3 grupos, sendo que a vascularização exuberante (grau III) esteve presente em 60% das lesões vermelhas e em 10% das lesões brancas. A presença de tecido fibrótico na lesão endometriótica apresentou diferenças estatisticamente significantes nos 3 grupos de estudo, sendo mais freqüente no grupo B (lesões brancas), com 70,6%. Conclusão: as variáveis analisadas nos diferentes grupos de estudo demostraram diferença significantes entre os grupos, reforçando a teoria evolutiva da endometriose peritoneal.Purpose: to evaluate the correlation between the laparoscopic aspects and the stromal histologic findings of peritoneal endometriosis in order to understand the evolutive theory of endometriosis. Methods: sixty-seven women were submitted to laparoscopy for pelvic pain, infertility, ovarian tumor and other pathologies. A peritoneal biopsy was taken from the typical (puckered black) and atypical endometriotic implants. The different aspects of endometriosis were classified as follows: red lesions (Group V), black lesions (Group N) and white lesions (Group B). The histological sections were examined according to a standardized protocol. The histologic parameters used were: depth of the lesion, presence of hemosiderin, vascularization of the stroma and fibrotic tissue in stroma. Results: regarding lesion depth, there were significant differences between the groups. Red lesions were located consistently on the surface of the peritoneum (100%) and black lesions were superficial in 55.6%, intermediate in 38.9% and deep in 5.5%. White lesions were superficial in 28%, intermediate in 68% and deep in 4%. The presence of hemosiderin showed equivalent results in the 3 groups. The large stromal vascularization was present in the red lesions (60%), which a statistically significant difference compared to the other groups. Fibrotic tissue was present in 70.6% of the white lesions (group B), a fact that was significantly different when compared to groups V and N. Conclusion: the parameters analyzed in this study confirmed the importance of the evolutive theory of endometriosis.Universidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Estadual Paulista Faculdade de Medicina de Botucatu Departamento de Ginecologia e ObstetríciaFederação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e ObstetríciaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Viscomi, Francesco Antonio [UNESP]Dias, Rogerio [UNESP]Luca, Laurival de [UNESP]Ihlenfeld, Mauro Fernando Kürten [UNESP]2014-05-20T13:35:47Z2014-05-20T13:35:47Z2002-03-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article93-99application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032002000200004Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 24, n. 2, p. 93-99, 2002.0100-7203http://hdl.handle.net/11449/1231410.1590/S0100-72032002000200004S0100-72032002000200004S0100-72032002000200004.pdf9476843874583499SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporRevista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia0,292info:eu-repo/semantics/openAccess2023-12-05T06:18:24Zoai:repositorio.unesp.br:11449/12314Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462023-12-05T06:18:24Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Correlação entre os Aspectos Laparoscópicos e os Achados Histológicos das Lesões Endometrióticas Peritoneais Correlation Between Laparoscopic Aspects and Histologic Findings in Peritoneal Endometriotic Lesions |
title |
Correlação entre os Aspectos Laparoscópicos e os Achados Histológicos das Lesões Endometrióticas Peritoneais |
spellingShingle |
Correlação entre os Aspectos Laparoscópicos e os Achados Histológicos das Lesões Endometrióticas Peritoneais Viscomi, Francesco Antonio [UNESP] Endometriose Laparoscopia Hemossiderina Endométrio Dor pélvica Endometriosis Laparoscopy Pelvic pain Hemosiderin |
title_short |
Correlação entre os Aspectos Laparoscópicos e os Achados Histológicos das Lesões Endometrióticas Peritoneais |
title_full |
Correlação entre os Aspectos Laparoscópicos e os Achados Histológicos das Lesões Endometrióticas Peritoneais |
title_fullStr |
Correlação entre os Aspectos Laparoscópicos e os Achados Histológicos das Lesões Endometrióticas Peritoneais |
title_full_unstemmed |
Correlação entre os Aspectos Laparoscópicos e os Achados Histológicos das Lesões Endometrióticas Peritoneais |
title_sort |
Correlação entre os Aspectos Laparoscópicos e os Achados Histológicos das Lesões Endometrióticas Peritoneais |
author |
Viscomi, Francesco Antonio [UNESP] |
author_facet |
Viscomi, Francesco Antonio [UNESP] Dias, Rogerio [UNESP] Luca, Laurival de [UNESP] Ihlenfeld, Mauro Fernando Kürten [UNESP] |
author_role |
author |
author2 |
Dias, Rogerio [UNESP] Luca, Laurival de [UNESP] Ihlenfeld, Mauro Fernando Kürten [UNESP] |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Universidade Estadual Paulista (Unesp) |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Viscomi, Francesco Antonio [UNESP] Dias, Rogerio [UNESP] Luca, Laurival de [UNESP] Ihlenfeld, Mauro Fernando Kürten [UNESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Endometriose Laparoscopia Hemossiderina Endométrio Dor pélvica Endometriosis Laparoscopy Pelvic pain Hemosiderin |
topic |
Endometriose Laparoscopia Hemossiderina Endométrio Dor pélvica Endometriosis Laparoscopy Pelvic pain Hemosiderin |
description |
Objetivos: avaliar a correlação entre os aspectos laparoscópicos e os achados histológicos estromais incluindo, a profundidade da lesão endometriótica peritoneal, e na relação com a teoria evolutiva da endometriose. Métodos: foram selecionadas para o estudo 67 pacientes submetidas à laparoscopia por algia pélvica, infertilidade, tumor anexial e outras indicações. A avaliação laparoscópica baseou-se no aspecto visual do implante suspeito de endometriose peritoneal, o qual foi biopsiado. de acordo com o aspecto laparoscópico, as lesões foram agrupadas em: grupo V - lesões vermelhas, grupo N - lesões negras e grupo B - lesões brancas. Os parâmetros histológicos estudados foram: profundidade da lesão, presença de hemossiderina no estroma, vascularização estromal e presença de fibrose no estroma. Resultados: a profundidade da lesão mostrou diferenças estatisticamente significantes entre os grupos de estudo. As lesões vermelhas mostraram-se superficiais em 100% dos casos. As lesões negras apresentaram-se superficiais em 55,6%, intermediárias em 38,9% e profundas em 5,5%. As lesões brancas mostraram-se superficiais em 28%, intermediárias em 68% e profundas em 4%. A presença de hemossiderina no estroma se mostrou equivalente nos 3 grupos. A presença de vasos no estroma da lesão endometriótica, que foi classificada de I a III de acordo com a quantidade, demonstrou diferenças significantes entre os 3 grupos, sendo que a vascularização exuberante (grau III) esteve presente em 60% das lesões vermelhas e em 10% das lesões brancas. A presença de tecido fibrótico na lesão endometriótica apresentou diferenças estatisticamente significantes nos 3 grupos de estudo, sendo mais freqüente no grupo B (lesões brancas), com 70,6%. Conclusão: as variáveis analisadas nos diferentes grupos de estudo demostraram diferença significantes entre os grupos, reforçando a teoria evolutiva da endometriose peritoneal. |
publishDate |
2002 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2002-03-01 2014-05-20T13:35:47Z 2014-05-20T13:35:47Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032002000200004 Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 24, n. 2, p. 93-99, 2002. 0100-7203 http://hdl.handle.net/11449/12314 10.1590/S0100-72032002000200004 S0100-72032002000200004 S0100-72032002000200004.pdf 9476843874583499 |
url |
http://dx.doi.org/10.1590/S0100-72032002000200004 http://hdl.handle.net/11449/12314 |
identifier_str_mv |
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia, v. 24, n. 2, p. 93-99, 2002. 0100-7203 10.1590/S0100-72032002000200004 S0100-72032002000200004 S0100-72032002000200004.pdf 9476843874583499 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia 0,292 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
93-99 application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia |
publisher.none.fl_str_mv |
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia |
dc.source.none.fl_str_mv |
SciELO reponame:Repositório Institucional da UNESP instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP) instacron:UNESP |
instname_str |
Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
instacron_str |
UNESP |
institution |
UNESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNESP |
collection |
Repositório Institucional da UNESP |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1797789911133192192 |