Um estudo sobre a variação morfológica no dentário de Clevosaurus Brasiliensis Bonaparte e Sues, 2006 (Rhynchocephalia, Clevosauridae), do triássico superior do Rio Grande do Sul, Brasil, utilizando a morfometria geométrica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vivar Martínez, Paula Rosario Romo de
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/114524
Resumo: Esta dissertação de mestrado, organizada na forma de artigo científico apresenta um estudo morfogeométrico da variação do dentário em Clevosaurus brasiliensis Bonaparte e Sues 2006. Este se configura como o segundo estudo em Rhyncocephalia fósseis com uma abordagem sobre o desenvolvimento ontogenético, e o terceiro utilizando morfometria como ferramenta para descrever e explicar a variação morfológica dentro do Grupo. O estudo foi realizado com uma amostragem de 17 dentários de C. brasiliensis provenientes do afloramento Linha São Luiz, que faz parte do topo da Sequencia Santa Maria 2 (Triássico Superior), da Supersequência Santa Maria. Os resultados obtidos pelo PCA demonstram que a maior parte da forma dos dentários pode ser explicada mediante o PC1 (59.67%) e o PC2 (19.414%), sendo que o PC1 está relacionado com processos ontogenéticos e o PC2, com processos tafônomicos. Observou-se que o padrão de crescimento do dentário, como o que ocorre em outros Rhynchocephalia, consiste em um desenvolvimento alométrico, onde a porção posterior (do último dente adicional até a extremidade mais posterior) exibe um maior crescimento em relação à porção anterior (portadora dos dentes). Os processos tafonômicos, como as deformações dos crânios causadas pela diagênese, assim como a desarticulação e a fragmentação, foram os que influenciaram na variação da forma. Além disso, observou-se que, apesar do desgaste nos dentes de C. brasiliensis ser similar ao que ocorre em outros Clevosaurus, algumas sutis diferenças foram detectadas, como um maior crescimento de osso secundário no dentário dos adultos, recobrindo os dentes, o qual pode estar relacionado com uma maior exploração de itens vegetais em comparação com as outras espécies do gênero. Como complemento do artigo é apresentado um estado da arte, onde são desenvolvidos tópicos, como a contextualização do grupo de estudo, Rhynchocephalia, conhecimentos sobre a sua ontogenia e breves considerações sobre a Morfometria Geométrica.
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Os resultados obtidos pelo PCA demonstram que a maior parte da forma dos dentários pode ser explicada mediante o PC1 (59.67%) e o PC2 (19.414%), sendo que o PC1 está relacionado com processos ontogenéticos e o PC2, com processos tafônomicos. Observou-se que o padrão de crescimento do dentário, como o que ocorre em outros Rhynchocephalia, consiste em um desenvolvimento alométrico, onde a porção posterior (do último dente adicional até a extremidade mais posterior) exibe um maior crescimento em relação à porção anterior (portadora dos dentes). Os processos tafonômicos, como as deformações dos crânios causadas pela diagênese, assim como a desarticulação e a fragmentação, foram os que influenciaram na variação da forma. Além disso, observou-se que, apesar do desgaste nos dentes de C. brasiliensis ser similar ao que ocorre em outros Clevosaurus, algumas sutis diferenças foram detectadas, como um maior crescimento de osso secundário no dentário dos adultos, recobrindo os dentes, o qual pode estar relacionado com uma maior exploração de itens vegetais em comparação com as outras espécies do gênero. Como complemento do artigo é apresentado um estado da arte, onde são desenvolvidos tópicos, como a contextualização do grupo de estudo, Rhynchocephalia, conhecimentos sobre a sua ontogenia e breves considerações sobre a Morfometria Geométrica.La presente disertación de maestría está organizada como un artículo científico en el cuál se elaboró un estudio morfogeométrico sobre la variación del dentario en Clevosaurus brasiliensis Bonaprte y Sues 2006. Dentro de los estudios con fósiles de Rhycocephalia, este trabajo será el segundo que trata sobre el desarrollo ontogenético, y a su vez será el tercer estudio, que usa la morfometría geométrica como para describir y explicar la variación morfológica. La muestra del estudio estuvo constituída por 17 dentarios de C. brasiliensis provenientes del afloramiento Linha São Luiz, que forma parte de la sección superior de la Secuencia Santa Maria 2 (Triásico Superior), de la Supersecuencia Santa Maria. Los resultados obtenidos por el PCA muestran que la mayor parte de la variación de la forma se puede explicar a través de los PC1 (59.67%) y el PC2 (19.414%), donde el PC1 está relacionado con procesos ontogenéticos y el PC2, con procesos tafonómicos. Se obervó un patrón de crecimiento en el dentario, como ocurre en otros Rhynchocephalia, el cual consiste en un crecimiento mayor de su parte posterior (correspondiente al último diente adicional hasta la parte posterior del dentario), en relación con la porción anterior (portadora de los dientes).Los procesos tafónomicos con una mayor influencia en la forma son, por un lado, las deformaciones de los cráneos debido a la diagénesis y, por otro, los procesos de desarticulación y fragmentación (procesos bioetratinómicos). Aunado a esto, se observo que el desgaste de los dientes es similar a lo reportado en otros Clevosaurus, aunque presenta unas pequeñas diferencias como un mayor desarrollo del hueso secundario en los dentarios de los adultos, lo cual puede indicar un hábito omnívoro con una mayor exploración de la herbivoría, comparado con otras especies de Clevosaurus. Como complemento del artículo se presenta un estado de arte, en el cual se desarrollan dos tópicos: una contextualización del grupo estúdio, Rhyncocephalia, incluyendo una breve nota sobre su ontogenia, y unas breves consideraciones sobre Morfometria Geométrica.application/pdfporPaleovertebradosRincocefáliosMorfometriaRio Grande do SulRhynchocephaliaClevosaurusTriásico superiorMorfomería geométricaUm estudo sobre a variação morfológica no dentário de Clevosaurus Brasiliensis Bonaparte e Sues, 2006 (Rhynchocephalia, Clevosauridae), do triássico superior do Rio Grande do Sul, Brasil, utilizando a morfometria geométricainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2014mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000913653.pdf000913653.pdfTexto completoapplication/pdf2851563http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/114524/1/000913653.pdf83ff5cc4f0ca2335fb60630aa74c4d1bMD51TEXT000913653.pdf.txt000913653.pdf.txtExtracted Texttext/plain198666http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/114524/2/000913653.pdf.txt9d8efaa2d822eda044fbdec9dcd524e3MD52THUMBNAIL000913653.pdf.jpg000913653.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1224http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/114524/3/000913653.pdf.jpg147f9b0a060a74ca1b3ce69788f2b22bMD5310183/1145242018-10-19 10:02:50.952oai:www.lume.ufrgs.br:10183/114524Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-19T13:02:50Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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