Associação entre eosinofilia duodenal e dispepsia funcional

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite, Carine
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/110200
Resumo: Introdução: Dispepsia funcional é uma doença de alta prevalência e grande impacto econômico e social. Sua etiologia ainda é pouco conhecida, e a literatura tem sugerido a associação do aumento do número de eosinófilos em mucosa duodenal com os sintomas dispépticos. No entanto, o tema ainda é controverso. Objetivo: Avaliar se existe associação entre contagem de eosinófilos duodenais e sintomas dispépticos. Métodos: Foram incluídos pacientes dispépticos funcionais pelos critérios de Roma III (casos) e indivíduos assintomáticos do trato gastrointestinal (controles). Os dois grupos foram pareados por idade, sexo e infecção por Helicobacter pylori (H. pylori). Eosinófilos da segunda porção duodenal foram quantificados em 5 campos de maior aumento (CMA), selecionados randomicamente em fragmentos de biópsias endoscópicas, e o valor comparado entre os grupos. Resultados: Foram incluídos 42 dispépticos funcionais e 21 controles (idade média 39,6 e 38,7 anos respectivamente); 71,4% mulheres e 61,9% H. pylori positivos em cada grupo. Casos e controles apresentaram semelhante contagem de eosinófilos/CMA na biópsia duodenal, mediana 11,9 e 12,6 respectivamente (P=0,194). No grupo de casos a contagem de eosinófilos foi maior entre os portadores de H. pylori do que nos indivíduos não infectados (mediana 13,6 versus 6,1 P<0,001); no entanto foi semelhante no grupo de controles (mediana 12,6 versus 15,7 P=0,8). Conclusões: Não foi demonstrada diferença de contagem de eosinófilos duodenais entre dispépticos funcionais e controles. Entretanto, parece haver interação com infiltrado eosinofílico e sintomas no subgrupo de casos infectados pelo H. pylori.
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