Perfil do atendimento emergencial a bugios-ruivos (Alouatta guariba clamitans) de vida livre no Preservas-UFRGS no período de 2015 a 2020

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Surita, Lívia Eichenberg
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/272295
Resumo: O bugio-ruivo (Alouatta guariba clamitans) é uma espécie de primata neotropical da família Atelidae com ocorrência do sudeste ao sul do Brasil. Apesar da alta capacidade de adaptação a ambientes modificados e serem capazes de habitar fragmentos de mata muito próximos a populações humanas, a espécie é afetada pela expansão urbana e infraestrutura resultante desta, levando cada vez mais a ocorrências de acidentes com veículos, choques elétricos em linhas de transmissão de energia e predação por cães. O presente estudo teve como objetivo analisar os atendimentos clínicos a bugios-ruivos de vida livre recebidos no Centro de Atendimento Emergencial de Fauna (Preservas-UFRGS) localizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2020. Neste período foram atendidos 91 espécimes de vida livre, oriundos de 15 municípios do Rio Grande do Sul, sendo a maioria com origem em Porto Alegre e Viamão (65%, 60/91). Afecções traumáticas foram as lesões mais comuns (80%, 73/91), sendo interações interespécies (22/73) e choque elétrico (18/73) as mais ocorrentes. Animais órfãos tiveram uma frequência de atendimento de 7% (7/91), infecções em geral de 4% (4/91) e não foi possível identificar a origem do conflito em 9% dos casos (9/91). Do total de atendimentos, a taxa de sobrevivência foi de 59%, sendo 27 animais encaminhados para cativeiro e 26 soltos no seu ambiente de origem, ao passo que 41% foram a óbito (33/91) ou foram eutanasiados (3/91). Os resultados demonstram aumento progressivo no recebimento anual para atendimento clínico de animais com histórico de conflitos de origem antrópica e, portanto, estratégias de mitigação devem ser tomadas por autoridades competentes.
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