Suplementação nutricional em sistemas de produção de leite a pasto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Semmelmann, Claudio Eduard Neves
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/11036
Resumo: Foram realizados 3 experimentos com o objetivo de avaliar as estratégias de alimentação de vacas leiteiras mantidas em pastagens de quicuio (Pennisetum clandestinum L.) e azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) no Planalto Sul de Santa Catarina. No experimento 1 foram utilizadas 10 vacas da raça Holandês em lactação mantidas sob pastejo rotacionado em pastagem de quicuio por um período de 3 anos. As vacas foram suplementadas, com um concentrado energético (9% de PB) ou energético-protéico (20% de PB). O nível de PB no suplemento concentrado não afetou a produção de leite (PL) (P>0,05), com produções médias de 15,6 e 15,6 kg/vaca/dia para 9 e 20% de PB, respectivamente. O experimento 2 avaliou a utilização de 2 suplementos energéticos para vacas leiteiras em pastagem de quicuio. Utilizou-se 11 vacas em média nos 2 anos de avaliação com período de lactação médio de 126 dias ao início do experimento. As vacas foram suplementadas com 5 kg casca de soja moída (CS) ou grão de milho moído. O suplemento energético não afetou (P>0,05) a PL, PL corrigida para 4% de gordura, % de proteína, produção de proteína, % de lactose e de sólidos totais do leite. Contudo, a CS determinou maior produção de gordura (0,686 vs. 0,620 kg/vaca/dia; P=0,0002), teor mais elevado de gordura (3,59 vs. 3,44%; P=0,06) e de nitrogênio uréico no leite (15,0 vs. 11,8 mg/dL; P=0,0001). No experimento 3 foi avaliado o efeito da quantidade de um suplemento energético sobre o consumo de forragem e a PL em vacas pastejando azevém anual. Os tratamentos foram 2 e 4 kg de grão de milho moído/vaca/dia e utilizou-se 8 vacas da raça Holandês, no terço médio de lactação. A oferta de MS foi 35 kg/vaca/dia (6,46 kg/MS/100 kg/peso vivo). As características da forragem oferecida e as características da pastagem após a saída dos animais não variaram (P>0,05) entre piquetes. A digestibilidade da MO da forragem ingerida foi 76,1 ± 2,7%. O consumo de MO de forragem (13,5 ± 1,8 kg/dia), a produção de leite (22,5 ± 0,9 kg), o teor de gordura (32,4 ± 2,5 g/kg) e de proteína do leite (28,5 ± 0,8 g/kg) não variaram com o nível de suplementação. Vacas leiteiras com potencial de produção de até 22,5 kg/dia, após o pico de produção, pastejando azevém anual manejado com alta oferta de forragem, não respondem a suplementação com mais de 2,0 kg de grão de milho moído. Deste modo, por meio de diferentes sistemas de suplementação em pastagem, é possível concluir que vacas de média produção de leite não respondem em PL pela inclusão de suplementos concentrados em quantidades moderadas.
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spelling Semmelmann, Claudio Eduard NevesPrates, Enio RosaGomes, Ivan Pedro de OliveiraBarcellos, Julio Otavio Jardim2007-10-30T05:12:14Z2007http://hdl.handle.net/10183/11036000602718Foram realizados 3 experimentos com o objetivo de avaliar as estratégias de alimentação de vacas leiteiras mantidas em pastagens de quicuio (Pennisetum clandestinum L.) e azevém anual (Lolium multiflorum Lam.) no Planalto Sul de Santa Catarina. No experimento 1 foram utilizadas 10 vacas da raça Holandês em lactação mantidas sob pastejo rotacionado em pastagem de quicuio por um período de 3 anos. As vacas foram suplementadas, com um concentrado energético (9% de PB) ou energético-protéico (20% de PB). O nível de PB no suplemento concentrado não afetou a produção de leite (PL) (P>0,05), com produções médias de 15,6 e 15,6 kg/vaca/dia para 9 e 20% de PB, respectivamente. O experimento 2 avaliou a utilização de 2 suplementos energéticos para vacas leiteiras em pastagem de quicuio. Utilizou-se 11 vacas em média nos 2 anos de avaliação com período de lactação médio de 126 dias ao início do experimento. As vacas foram suplementadas com 5 kg casca de soja moída (CS) ou grão de milho moído. O suplemento energético não afetou (P>0,05) a PL, PL corrigida para 4% de gordura, % de proteína, produção de proteína, % de lactose e de sólidos totais do leite. Contudo, a CS determinou maior produção de gordura (0,686 vs. 0,620 kg/vaca/dia; P=0,0002), teor mais elevado de gordura (3,59 vs. 3,44%; P=0,06) e de nitrogênio uréico no leite (15,0 vs. 11,8 mg/dL; P=0,0001). No experimento 3 foi avaliado o efeito da quantidade de um suplemento energético sobre o consumo de forragem e a PL em vacas pastejando azevém anual. Os tratamentos foram 2 e 4 kg de grão de milho moído/vaca/dia e utilizou-se 8 vacas da raça Holandês, no terço médio de lactação. A oferta de MS foi 35 kg/vaca/dia (6,46 kg/MS/100 kg/peso vivo). As características da forragem oferecida e as características da pastagem após a saída dos animais não variaram (P>0,05) entre piquetes. A digestibilidade da MO da forragem ingerida foi 76,1 ± 2,7%. O consumo de MO de forragem (13,5 ± 1,8 kg/dia), a produção de leite (22,5 ± 0,9 kg), o teor de gordura (32,4 ± 2,5 g/kg) e de proteína do leite (28,5 ± 0,8 g/kg) não variaram com o nível de suplementação. Vacas leiteiras com potencial de produção de até 22,5 kg/dia, após o pico de produção, pastejando azevém anual manejado com alta oferta de forragem, não respondem a suplementação com mais de 2,0 kg de grão de milho moído. Deste modo, por meio de diferentes sistemas de suplementação em pastagem, é possível concluir que vacas de média produção de leite não respondem em PL pela inclusão de suplementos concentrados em quantidades moderadas.Three experiments had the purpose to evaluate the feeding strategies of dairy cows grazing kikuyu (Pennisetum clandestinum L.) and italian ryegrass (Lolium multiflorum Lam.) pastures in Southern Plateau of Santa Catarina. The experiment 1, It was conducted in 3 years period, using 10 Holstein cows in lactation, under rotational grazing. The cows had been supplemented with an energy (9% of CP) or energy-protein concentrates (20% of CP). The type of supplement did not affected the milk yield in the analyzed periods (P>0.05). The overall averages for milk yield were 15.6 and 15.6kg/cow/day for 9 and 20% CP, respectively. The second experiment evaluated 2 energetic supplements: ground soybean hulls (GSH) and ground corn fed to dairy cows grazing kikuyu pasture. With an average of 11 Holstein cows a year, in their middle lactation stage (126 days in milk at the beginning of the investigation), were divided in two groups. Dairy cows were supplemented with 5 kg of energetic supplement per day. The average values of milk yield (MY), 4% fat-corrected MY, milk protein %, milk protein yield, lactose % and total milk solids were not affected (P>0.05) by the source of energetic supplement. Otherwise, the GSH supplement produced more fat yield (0.686 vs. 0.620 kg/cow/day; P=0.0002), higher milk fat % (3.59 vs. 3.44%; P=0.06) and more milk urea nitrogen (15.0 vs. 11.8 mg/dL; P=0.0001). On the third experiment, the effect of supplementing ground corn at two levels on the herbage intake and MY of lactating dairy cows, grazing italian ryegrass was investigated. The treatments were 2 and 4 kg of ground corn per cow/day. Eight Holstein cows in the second third of their lactation were divided in two groups in switch back procedure. The expected daily herbage allowance was 35 kg/cow (6.46 kg/DM/100 kg/live weight). The characteristics of the pre- and post-grazing herbage characteristics did not change (P>0.05) between paddocks. The herbage organic matter digestibility was 76.1 ± 2.7%. The herbage OM intake (13.5 ± 1.8 kg/day), daily milk yield (22.5 ± 0.9 kg/day), milk fat content (32.4 ± 2.5 g/kg) and milk protein content (28.5 ± 0.8 g/kg) did not differ with the supplementation levels. Dairy cows with a milk production potential of 22.5 kg/day, after milk production peak, grazing italian ryegrass pasture with high forage offer, did not respond to more than 2 kg of ground corn. By analyzing the different supplementation feeding systems based on pastures, it is possible to conclude that average merit cows for MY do not respond to the inclusion of moderate amounts of concentrate supplement.application/pdfporProdução animalGado leiteiroSuplemento alimentarProduçao de leiteSuplementação nutricional em sistemas de produção de leite a pastoNutritional supplementation in the milk production from pasture system info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em ZootecniaPorto Alegre, BR-RS2007doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000602718.pdf000602718.pdfTexto completoapplication/pdf783559http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/11036/1/000602718.pdfff08219dd5f50c9851ec2a22abd6a91aMD51TEXT000602718.pdf.txt000602718.pdf.txtExtracted Texttext/plain228540http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/11036/2/000602718.pdf.txt428ac94f524737c2112048b12a1893adMD52THUMBNAIL000602718.pdf.jpg000602718.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1223http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/11036/3/000602718.pdf.jpg12bfecc8a4005fcf092b8a99fd25a766MD5310183/110362018-10-17 08:06:32.939oai:www.lume.ufrgs.br:10183/11036Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-17T11:06:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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