A natureza agonista das emoções : o papel da estabilidade hierárquica e da assimetria competitiva para as respostas emocionais humanas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral, João Carlos Centurion Rodrigues
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/219188
Resumo: Interações agonistas podem provocar efeitos significativos sobre diversas emoções humanas. Estudos anteriores têm mostrado que o status de dominância está associado com uma ampla gama de respostas emocionais positivas, como alegria e orgulho, e negativas, como vergonha, raiva, medo e tristeza. No entanto, pouco se sabe sobre os mecanismos subjacentes a essa diversidade de reações emocionais ligadas à dominância. A estabilidade do status, uma característica natural de hierarquias de dominância, pode ajudar a elucidar a natureza das respostas emocionais humanas. Esta tese abrange cinco estudos que foram conduzidos com a finalidade de investigar a associação entre as emoções e os fatores determinantes da estabilidade do status em competições. No primeiro artigo nós verificamos se as reações emocionais de lutadores profissionais podem ser previstas pelas assimetrias competitivas em suas habilidades de luta durante uma disputa. Nossos dados confirmaram que a estabilidade do status pode ser decisiva para explicar a variedade de expressões emocionais em contextos competitivos. No segundo artigo, o nosso objetivo foi replicar experimentalmente os resultados do primeiro estudo. Para isto, conduzimos dois experimentos nos quais nós manipulamos a assimetria da competição e avaliamos as reações emocionais dos participantes, que indicaram um aumento na ocorrência de raiva e de medo em derrotas acirradas e de vergonha em derrotas decisivas. Nos dois últimos artigos nós testamos se percepções de maiores habilidades competitivas preveem as reações de raiva em condição de vitória (artigo 3) e de agressividade masculina durante uma competição (artigo 4). Ambos os estudos corroboraram, novamente, a nossa hipótese. De modo geral, todos os estudos dessa tese confirmaram que os fatores determinantes da estabilidade do status em competições podem afetar as respostas emocionais humanas.
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No primeiro artigo nós verificamos se as reações emocionais de lutadores profissionais podem ser previstas pelas assimetrias competitivas em suas habilidades de luta durante uma disputa. Nossos dados confirmaram que a estabilidade do status pode ser decisiva para explicar a variedade de expressões emocionais em contextos competitivos. No segundo artigo, o nosso objetivo foi replicar experimentalmente os resultados do primeiro estudo. Para isto, conduzimos dois experimentos nos quais nós manipulamos a assimetria da competição e avaliamos as reações emocionais dos participantes, que indicaram um aumento na ocorrência de raiva e de medo em derrotas acirradas e de vergonha em derrotas decisivas. Nos dois últimos artigos nós testamos se percepções de maiores habilidades competitivas preveem as reações de raiva em condição de vitória (artigo 3) e de agressividade masculina durante uma competição (artigo 4). Ambos os estudos corroboraram, novamente, a nossa hipótese. De modo geral, todos os estudos dessa tese confirmaram que os fatores determinantes da estabilidade do status em competições podem afetar as respostas emocionais humanas.Agonistic interactions can cause significant effects on various human emotions. Previous studies have shown that dominance status is related to a wide range of positive and negative emotions, such as joy, pride, shame, anger, fear and sadness. However, little is known about which mechanisms underlie the variability of emotional reactions that are linked to dominance. Status stability, a natural characteristic of hierarchies, can help to elucidate the nature of human emotional responses. This thesis covers five studies that were conducted in order to investigate the relationship between emotions and the determinants of status stability in competitive contexts. In the first study we verified whether the emotional reactions of professional fighters could be predicted by the competitive asymmetry in their fighting abilities during a contest. Our data confirmed that status stability may be crucial to explain the variety of emotional expressions in competitive contexts. In the second study, our objective was to experimentally replicate the results of the first study. To test this, we conducted two experiments in which we manipulated the competitive asymmetry and assessed participants’ emotional reactions, which indicated an increase in the occurrence of anger and fear in close defeats and shame in decisive defeats. In the last two articles we tested whether perceptions of higher competitive abilities predict anger reactions to victory (article 3) and male aggression during a competition (article 4). Both studies corroborated our hypothesis again. In general, all studies in this thesis confirmed that the determinants of status stability in competitions can affect human emotional responses.application/pdfporComportamento humanoEmoçõesCompeticaoStatusEmotionHierarchical stabilityCompetitive asymmetryFighting abilityAngerA natureza agonista das emoções : o papel da estabilidade hierárquica e da assimetria competitiva para as respostas emocionais humanasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaPorto Alegre, BR-RS2020doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001123717.pdf.txt001123717.pdf.txtExtracted Texttext/plain361538http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/219188/2/001123717.pdf.txtd615eabaa6b6fbef3338ee8acd29c622MD52ORIGINAL001123717.pdfTexto completoapplication/pdf3041518http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/219188/1/001123717.pdfe96b819ade8575ae7184ddde97dc30dcMD5110183/2191882024-02-29 04:57:57.532147oai:www.lume.ufrgs.br:10183/219188Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-02-29T07:57:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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