Efeito da suplementação de óleo de linhaça na redução de proteína c-reativa em pacientes em hemodiálise crônica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/60791 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: Uma elevada proporção dos pacientes em hemodiálise crônica (HD) apresentam estado inflamatório representado pela elevação da proteína C-reativa (PCR) a qual é um marcador prognóstico de aumento de mortalidade. Os ácidos graxos w3 possuem atividade anti-inflamatória que ocorre pela inibição de eicosanóides inflamatórios. O óleo de linhaça é o único óleo vegetal composto em 60% pelo precursor α-linolênico. Neste estudo avaliamos a ação do óleo de linhaça no estado inflamatório de pacientes em HD. METODOLOGIA: Ensaio clínico randomizado, duplo-cego e multicêntrico realizado no estado do Rio Grande do Sul. Participaram 114 indivíduos alocados em 2 grupos: placebo, óleo mineral (OM) e óleo de linhaça (OL), sendo incluídos os maiores de 18 anos, em HD há mais de 90 dias, que não apreentassem infecção ou inflamação, doença auto-imune, cateteres endovenosos, infecção por HIV, doença maligna conhecida, e transplante renal prévio. O grupo OL recebeu 2 cápsulas de 1g de óleo de linhaça com α-tocoferol (3,5mg) por 120 dias. O grupo OM recebeu cápsulas de placebo. Foram coletados dados bioquímicos de proteína C reativa e perfil lipídico no início, em 60 e 120 dias de suplementação. Foram aplicados os testes estatísticos ANOVA, t-Student, chi-quadrado e Wilcoxon Mann Whitney (SPSS). O valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significativos e a correlação foi calculada através do teste de Pearson ou Sperman. RESULTADOS: Os grupos foram homogêneos para idade, sexo, etnia, tempo em HD e IMC. Inflamação foi definida por PCR ≥5,1mg/dL e prevaleceu em 60% dos pacientes na primeira análise. Homens obtiveram maior mediana de PCR (11,8mg/dL x 8,6mg/dL nas mulheres; p=0,03). Houve correlação entre PCR e IMC (Rs=0,22; p=0,022) e HDL-c (Rs = -0,23; p= 0,032). A variação de PCR do OL foi maior que a do OM no tempo (pinteração <0,001), mas sem diferença entre grupos. Analisando a transição dos pacientes de inflamados à não inflamados, no grupo OL 33,3% mudaram de categoria entre a primeira e a última análise, contra 16,9% no grupo OM (p=0,04). Colesterol e frações não apresentaram mudança significativa. No grupo OL, 88,8% (n=48) referiram melhora da função intestinal comparados com 25% (n=15) do grupo OM (p<0,001). CONCLUSÃO: A inflamação nos pacientes em HD parece estar correlacionada ao IMC e a diminuição de HDL-c. A função intestinal do pacientes foi melhor no grupo OL. O óleo de linhaça possibilitou redução do número de pacientes inflamados. Estudos mais prolongados e com maior número de pacientes devem ser feitos para comprovar estes achados. |
id |
URGS_40d54985758ccdce79a554297acd795c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/60791 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Lemos, Joana Raquel NunesManfro, Roberto Ceratti2012-11-13T01:39:57Z2010http://hdl.handle.net/10183/60791000752306INTRODUÇÃO: Uma elevada proporção dos pacientes em hemodiálise crônica (HD) apresentam estado inflamatório representado pela elevação da proteína C-reativa (PCR) a qual é um marcador prognóstico de aumento de mortalidade. Os ácidos graxos w3 possuem atividade anti-inflamatória que ocorre pela inibição de eicosanóides inflamatórios. O óleo de linhaça é o único óleo vegetal composto em 60% pelo precursor α-linolênico. Neste estudo avaliamos a ação do óleo de linhaça no estado inflamatório de pacientes em HD. METODOLOGIA: Ensaio clínico randomizado, duplo-cego e multicêntrico realizado no estado do Rio Grande do Sul. Participaram 114 indivíduos alocados em 2 grupos: placebo, óleo mineral (OM) e óleo de linhaça (OL), sendo incluídos os maiores de 18 anos, em HD há mais de 90 dias, que não apreentassem infecção ou inflamação, doença auto-imune, cateteres endovenosos, infecção por HIV, doença maligna conhecida, e transplante renal prévio. O grupo OL recebeu 2 cápsulas de 1g de óleo de linhaça com α-tocoferol (3,5mg) por 120 dias. O grupo OM recebeu cápsulas de placebo. Foram coletados dados bioquímicos de proteína C reativa e perfil lipídico no início, em 60 e 120 dias de suplementação. Foram aplicados os testes estatísticos ANOVA, t-Student, chi-quadrado e Wilcoxon Mann Whitney (SPSS). O valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significativos e a correlação foi calculada através do teste de Pearson ou Sperman. RESULTADOS: Os grupos foram homogêneos para idade, sexo, etnia, tempo em HD e IMC. Inflamação foi definida por PCR ≥5,1mg/dL e prevaleceu em 60% dos pacientes na primeira análise. Homens obtiveram maior mediana de PCR (11,8mg/dL x 8,6mg/dL nas mulheres; p=0,03). Houve correlação entre PCR e IMC (Rs=0,22; p=0,022) e HDL-c (Rs = -0,23; p= 0,032). A variação de PCR do OL foi maior que a do OM no tempo (pinteração <0,001), mas sem diferença entre grupos. Analisando a transição dos pacientes de inflamados à não inflamados, no grupo OL 33,3% mudaram de categoria entre a primeira e a última análise, contra 16,9% no grupo OM (p=0,04). Colesterol e frações não apresentaram mudança significativa. No grupo OL, 88,8% (n=48) referiram melhora da função intestinal comparados com 25% (n=15) do grupo OM (p<0,001). CONCLUSÃO: A inflamação nos pacientes em HD parece estar correlacionada ao IMC e a diminuição de HDL-c. A função intestinal do pacientes foi melhor no grupo OL. O óleo de linhaça possibilitou redução do número de pacientes inflamados. Estudos mais prolongados e com maior número de pacientes devem ser feitos para comprovar estes achados.application/pdfporDiálise renalInflamaçãoÓleo de semente do linhoProteina C-reativaEfeito da suplementação de óleo de linhaça na redução de proteína c-reativa em pacientes em hemodiálise crônicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2010mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000752306.pdf000752306.pdfTexto completoapplication/pdf847995http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/60791/1/000752306.pdfc770da88cd71c7cff5a60c1efa839073MD51TEXT000752306.pdf.txt000752306.pdf.txtExtracted Texttext/plain82078http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/60791/2/000752306.pdf.txtc5bc4f0a63a6fc482fb641909fac69e7MD52THUMBNAIL000752306.pdf.jpg000752306.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1142http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/60791/3/000752306.pdf.jpg82fe1a4e522ee1a757fd3e4784e362ddMD5310183/607912018-10-15 09:10:09.466oai:www.lume.ufrgs.br:10183/60791Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-15T12:10:09Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Efeito da suplementação de óleo de linhaça na redução de proteína c-reativa em pacientes em hemodiálise crônica |
title |
Efeito da suplementação de óleo de linhaça na redução de proteína c-reativa em pacientes em hemodiálise crônica |
spellingShingle |
Efeito da suplementação de óleo de linhaça na redução de proteína c-reativa em pacientes em hemodiálise crônica Lemos, Joana Raquel Nunes Diálise renal Inflamação Óleo de semente do linho Proteina C-reativa |
title_short |
Efeito da suplementação de óleo de linhaça na redução de proteína c-reativa em pacientes em hemodiálise crônica |
title_full |
Efeito da suplementação de óleo de linhaça na redução de proteína c-reativa em pacientes em hemodiálise crônica |
title_fullStr |
Efeito da suplementação de óleo de linhaça na redução de proteína c-reativa em pacientes em hemodiálise crônica |
title_full_unstemmed |
Efeito da suplementação de óleo de linhaça na redução de proteína c-reativa em pacientes em hemodiálise crônica |
title_sort |
Efeito da suplementação de óleo de linhaça na redução de proteína c-reativa em pacientes em hemodiálise crônica |
author |
Lemos, Joana Raquel Nunes |
author_facet |
Lemos, Joana Raquel Nunes |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lemos, Joana Raquel Nunes |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Manfro, Roberto Ceratti |
contributor_str_mv |
Manfro, Roberto Ceratti |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Diálise renal Inflamação Óleo de semente do linho Proteina C-reativa |
topic |
Diálise renal Inflamação Óleo de semente do linho Proteina C-reativa |
description |
INTRODUÇÃO: Uma elevada proporção dos pacientes em hemodiálise crônica (HD) apresentam estado inflamatório representado pela elevação da proteína C-reativa (PCR) a qual é um marcador prognóstico de aumento de mortalidade. Os ácidos graxos w3 possuem atividade anti-inflamatória que ocorre pela inibição de eicosanóides inflamatórios. O óleo de linhaça é o único óleo vegetal composto em 60% pelo precursor α-linolênico. Neste estudo avaliamos a ação do óleo de linhaça no estado inflamatório de pacientes em HD. METODOLOGIA: Ensaio clínico randomizado, duplo-cego e multicêntrico realizado no estado do Rio Grande do Sul. Participaram 114 indivíduos alocados em 2 grupos: placebo, óleo mineral (OM) e óleo de linhaça (OL), sendo incluídos os maiores de 18 anos, em HD há mais de 90 dias, que não apreentassem infecção ou inflamação, doença auto-imune, cateteres endovenosos, infecção por HIV, doença maligna conhecida, e transplante renal prévio. O grupo OL recebeu 2 cápsulas de 1g de óleo de linhaça com α-tocoferol (3,5mg) por 120 dias. O grupo OM recebeu cápsulas de placebo. Foram coletados dados bioquímicos de proteína C reativa e perfil lipídico no início, em 60 e 120 dias de suplementação. Foram aplicados os testes estatísticos ANOVA, t-Student, chi-quadrado e Wilcoxon Mann Whitney (SPSS). O valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significativos e a correlação foi calculada através do teste de Pearson ou Sperman. RESULTADOS: Os grupos foram homogêneos para idade, sexo, etnia, tempo em HD e IMC. Inflamação foi definida por PCR ≥5,1mg/dL e prevaleceu em 60% dos pacientes na primeira análise. Homens obtiveram maior mediana de PCR (11,8mg/dL x 8,6mg/dL nas mulheres; p=0,03). Houve correlação entre PCR e IMC (Rs=0,22; p=0,022) e HDL-c (Rs = -0,23; p= 0,032). A variação de PCR do OL foi maior que a do OM no tempo (pinteração <0,001), mas sem diferença entre grupos. Analisando a transição dos pacientes de inflamados à não inflamados, no grupo OL 33,3% mudaram de categoria entre a primeira e a última análise, contra 16,9% no grupo OM (p=0,04). Colesterol e frações não apresentaram mudança significativa. No grupo OL, 88,8% (n=48) referiram melhora da função intestinal comparados com 25% (n=15) do grupo OM (p<0,001). CONCLUSÃO: A inflamação nos pacientes em HD parece estar correlacionada ao IMC e a diminuição de HDL-c. A função intestinal do pacientes foi melhor no grupo OL. O óleo de linhaça possibilitou redução do número de pacientes inflamados. Estudos mais prolongados e com maior número de pacientes devem ser feitos para comprovar estes achados. |
publishDate |
2010 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2010 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2012-11-13T01:39:57Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/60791 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000752306 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/60791 |
identifier_str_mv |
000752306 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/60791/1/000752306.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/60791/2/000752306.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/60791/3/000752306.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
c770da88cd71c7cff5a60c1efa839073 c5bc4f0a63a6fc482fb641909fac69e7 82fe1a4e522ee1a757fd3e4784e362dd |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1800309024284999680 |