Musicoterapia na UTI neonatal : contribuições para a saúde mental materna, respostas fisiológicas do bebê pré-termo e interação mãe-bebê
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/218049 |
Resumo: | O nascimento de um bebê pré-termo e a consequente internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTINeo) se constituem em uma experiência extremamente desafiadora para toda a família e representam um risco para o desenvolvimento do bebê e para a saúde mental materna. Nas últimas décadas, a musicoterapia tem se destacado como uma intervenção promissora para estabilizar as respostas fisiológicas e comportamentais dos bebês pré-termo, reduzir a ansiedade materna e promover o vínculo mãe-bebê. O objetivo dessa tese foi investigar as contribuições da Intervenção Musicoterápica para Mãe-Bebê Pré-termo - IMUSP (Palazzi et al., 2014) na UTINeo, para a saúde mental materna, respostas fisiológicas do bebê pré-termo e interação mãebebê. O primeiro estudo investigou os efeitos da IMUSP para a ansiedade, a depressão pós-parto e o estresse da mãe, e para o ganho de peso, a duração da internação, a frequência cardíaca (FC) e a saturação de oxigênio (SatO2) do bebê. Foi utilizado um delineamento pré-experimental, do qual participaram 33 díades mães-bebês pré-termo: 16 díades do Grupo de Musicoterapia (GMT) e 17 díades no Grupo de Comparação (GC). Comparações entre grupo revelaram que, após a intervenção, na pré-alta hospitalar, as mães do GMT tinham menos ansiedade e depressão pós-parto, do que o GC. Ainda, os níveis de ansiedade, depressão e estresse diminuíram significativamente depois da intervenção no GMT. Com relação aos bebês, achados significativos indicaram uma maior amplitude da FC e da SatO2 durante as sessões, comparadas com antes e depois da intervenção. O segundo estudo, qualitativo, envolveu as 16 díades do GMT, visando investigar as percepções maternas sobre as contribuições da IMUSP para o bebê, a mãe e a relação mãe-bebê. Antes da alta do bebê, as mães responderam a uma entrevista de avaliação da intervenção. A análise temática revelou que a IMUSP contribuiu para empoderar as mães, fortalecer o desenvolvimento do bebê, e aumentar a conexão mãe-bebê. Juntos os resultados dos dois estudos, endossam a importância da IMUSP no contexto da prematuridade e da UTINeo, e apoiam a literatura sobre os efeitos positivos da musicoterapia para a saúde mental materna, a estabilização e a ativação emocional dos bebês pré-termo e para a interação mãe-bebê. |
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Palazzi, AmbraPiccinini, Cesar Augusto2021-02-19T04:05:06Z2020http://hdl.handle.net/10183/218049001122411O nascimento de um bebê pré-termo e a consequente internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTINeo) se constituem em uma experiência extremamente desafiadora para toda a família e representam um risco para o desenvolvimento do bebê e para a saúde mental materna. Nas últimas décadas, a musicoterapia tem se destacado como uma intervenção promissora para estabilizar as respostas fisiológicas e comportamentais dos bebês pré-termo, reduzir a ansiedade materna e promover o vínculo mãe-bebê. O objetivo dessa tese foi investigar as contribuições da Intervenção Musicoterápica para Mãe-Bebê Pré-termo - IMUSP (Palazzi et al., 2014) na UTINeo, para a saúde mental materna, respostas fisiológicas do bebê pré-termo e interação mãebebê. O primeiro estudo investigou os efeitos da IMUSP para a ansiedade, a depressão pós-parto e o estresse da mãe, e para o ganho de peso, a duração da internação, a frequência cardíaca (FC) e a saturação de oxigênio (SatO2) do bebê. Foi utilizado um delineamento pré-experimental, do qual participaram 33 díades mães-bebês pré-termo: 16 díades do Grupo de Musicoterapia (GMT) e 17 díades no Grupo de Comparação (GC). Comparações entre grupo revelaram que, após a intervenção, na pré-alta hospitalar, as mães do GMT tinham menos ansiedade e depressão pós-parto, do que o GC. Ainda, os níveis de ansiedade, depressão e estresse diminuíram significativamente depois da intervenção no GMT. Com relação aos bebês, achados significativos indicaram uma maior amplitude da FC e da SatO2 durante as sessões, comparadas com antes e depois da intervenção. O segundo estudo, qualitativo, envolveu as 16 díades do GMT, visando investigar as percepções maternas sobre as contribuições da IMUSP para o bebê, a mãe e a relação mãe-bebê. Antes da alta do bebê, as mães responderam a uma entrevista de avaliação da intervenção. A análise temática revelou que a IMUSP contribuiu para empoderar as mães, fortalecer o desenvolvimento do bebê, e aumentar a conexão mãe-bebê. Juntos os resultados dos dois estudos, endossam a importância da IMUSP no contexto da prematuridade e da UTINeo, e apoiam a literatura sobre os efeitos positivos da musicoterapia para a saúde mental materna, a estabilização e a ativação emocional dos bebês pré-termo e para a interação mãe-bebê.The preterm birth of a baby and the consequent hospitalization in the Neonatal Intensive Care Unit (NICU) is a challenging experience for all the family, representing a risk for the infant’s development and for maternal mental health. In the last decades, music therapy emerged as a promising therapy in stabilizing preterm infants’ physiological and behavioural responses, reducing maternal anxiety and promoting mother-infant bonding. The studies presented in this thesis aimed to investigate the contributions of the Music Therapy Intervention for the MotherPreterm Infant Dyad – MUSIP (Palazzi et al., 2014) in the NICU, for maternal mental health, preterm infant’s physiological responses and mother-infant interaction. The first study aimed to investigate the effects of MUSIP for maternal anxiety, postnatal depression and stress, and preterm infants’ weight gain, length of hospitalization, heart rate (HR) and oxygen saturation (SO2). A pre-experimental design was used, involving 33 mother-preterm infant dyads: 16 dyads in the Music Therapy Group (MTG) and 17 dyads in the Control Group (CG). Betweensubjects comparisons revealed that, after intervention, in the pre-discharge assessment, mothers in the MTG had lower anxiety and depression scores, compared to the CG. Moreover, anxiety, depression and stress levels decreased significantly after the intervention in the MTG. With regards to the infants, significant results showed a higher range of HR and SO2 during sessions, compared to before and after intervention. The second study, using a qualitative approach, involved the 16 dyads of the MTG and aimed to investigate maternal perceptions of the contributions of MUSIP for the infant, the mother and mother-infant relationship. Before the baby’s discharge, mothers answered to an assessment interview of the intervention. The thematic analysis showed that MUSIP contributed to empower mothers, to foster the infant’s development and to improve mother-infant connection. Overall, results from both studies highlight the importance of MUSIP in the context of prematurity and in the NICU, and support literature about the positive effects of music therapy for maternal mental health, for preterm infants’ stabilization and emotional arousal, and for mother-infant interaction.application/pdfporDesenvolvimento infantilMãe : PsicologiaSaúde mentalDepressão pós-partoAnsiedadeEstresseIntervenção psicoterapêuticaRelação mãe-criançaMusicoterapiaRecém-nascido prematuroPrematurityNICUMusic therapyMaternal singingMusicoterapia na UTI neonatal : contribuições para a saúde mental materna, respostas fisiológicas do bebê pré-termo e interação mãe-bebêinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaPorto Alegre, BR-RS2020doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001122411.pdf.txt001122411.pdf.txtExtracted Texttext/plain360875http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/218049/2/001122411.pdf.txt1ddb50bf74cff759ece11b90be1d38e3MD52ORIGINAL001122411.pdfTexto completoapplication/pdf2428420http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/218049/1/001122411.pdf9a4bbffeeef3a0f556bf2461b757ebbfMD5110183/2180492023-03-10 03:35:43.325oai:www.lume.ufrgs.br:10183/218049Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-03-10T06:35:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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