Treinamento intervalado de alta intensidade é eficaz e superior ao treinamento contínuo moderado em pacientes com insuficiência cardíaca e fração de ejeção preservada : um ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveira, Anderson Donelli da
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/179038
Resumo: Introdução: A insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) é uma síndrome cada vez mais prevalente. A intolerância ao exercício é uma das suas características e contribui para piora da qualidade de vida (QV) e morbimortalidade. O treinamento de intervalo de alta intensidade (TIAI) é uma opção de treinamento emergente, mas sua eficácia na ICFEP e comparação com treinamento contínuo moderado (TCM) ainda é desconhecida. Objetivos e Métodos: Realizamos um ensaio clínico randomizado (ECR) com o objetivo de comparar estas diferentes modalidades de treinamento, durante três meses com três sessões semanais. Dezenove pacientes foram randomizados para TIAI (n = 10) ou TCM (n = 9). Resultados: A média de idade foi de 60 ± 9 anos (63% mulheres). Ambos os grupos melhoraram o consumo de oxigênio (VO2pico), mas os indivíduos submetidos ao TIAI evidenciaram um aumento de 22% em comparação aos 11% do grupo TCM (3,5 [3,1 - 4,0] vs 1,9 [1,2 - 2,5] mL.kg-1. min-1, P<0,001). A eficiência ventilatória e outras medidas do teste cardiopulmonar de exercício (TCPE), bem como os escores de QV, melhoraram em ambos os grupos de forma igual. A função diastólica também melhorou com o treinamento, refletida por uma redução significativa na relação E/e' (-2,6 [-4,3 a -1,0] vs -2,2 [-3,6 a -0,9], para HIIT e MCT, P <0,01). Não houve eventos adversos relacionados ao exercício. Conclusões: O TIAI é seguro e uma modalidade de exercício atraente para os pacientes com ICFEP. Após três meses, o VO2pico aumentou significativamente mais com TIAI quando comparado ao TCM, demonstrando que esta estratégia de treinamento é mais efetiva no aumento da capacidade funcional dos pacientes com ICFEP. No entanto, ambas as opções foram igualmente eficazes na melhoria de outras medidas do TCPE, QV e função diastólica.
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