Atitudes da equipe assistencial em relação a doação de órgãos em hospitais de Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vicari, Alessandra Rosa
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/24609
Resumo: A disponibilidade e avanço nas técnicas cirúrgicas associado ao progresso na área imunológica e farmacológica (1, 2,15) tornaram o transplante de órgãos um tratamento realizado mundialmente em locais com diferenças sociais e culturais (4,5). O maior domínio no conhecimento desta terapia faz com ela possa ser oferecida atualmente para muitos pacientes. Conseqüentemente, o número de pacientes em lista de espera para transplante vem aumentando progressivamente e a realidade é uma demanda maior que a oferta, com aumento tanto no tempo de espera em lista como na mortalidade (4,32). Alguns estudos têm sido realizados para avaliar este problema e identificar os fatores que possam estar envolvidos no processo de doação de órgãos. As atitudes e opiniões de profissionais de saúde tem sido o objetivo de alguns desses estudos. A equipe médica e de enfermagem está envolvida em várias etapas do processo de doação de órgãos como na notificação de possíveis doadores e na abordagem familiar, com o fornecimento de informações claras e corretas que auxiliarão na tomada de decisão familiar. Conhecer as atitudes e opiniões destes profissionais em relação à doação de órgãos torna-se importante nesse processo. Profissionais com uma atitude positiva sentem-se mais confortáveis em realizar tarefas relacionadas ao processo de doação como abordagem da família e na comunicação de um potencial doador para a coordenação de transplantes, iniciando o processo de doação de órgãos (18). Por outro lado, uma atitude negativa pode influenciar na busca de potenciais doadores e na atitude de familiares (30). Este estudo teve como objetivo avaliar as atitudes e opiniões sobre a doação de órgãos, verificar se estas atitudes diferem entre hospitais público e privado e identificar fatores que determinam ou influenciam nas atitudes individuais para a doação de órgãos de profissionais da área médica e de enfermagem de dois hospitais que realizam transplantes na cidade de Porto Alegre - RS. O estudo foi realizado em dois hospitais com atividades em transplantes na cidade de Porto Alegre-RS sendo um hospital público e universitário e o outro privado. O estudo foi aprovado pelos comitês de ética em pesquisa das duas instituições. No período de junho a novembro de 2009 foram convidados a participar todos os profissionais auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos com vínculo nas instituições através do preenchimento de um questionário com 21 questões de múltipla escolha sobre dados demográficos, atitudes em relação à doação de órgãos e conhecimento sobre morte encefálica (ME). No hospital público o convite foi realizado por endereço eletrônico institucional de cada indivíduo e no hospital privado foi utilizada a página de acesso dos profissionais. As respostas foram direcionadas para um banco de dados e analisadas de forma anônima usando-se o programa Surveymonkey. Os resultados encontrados foram: não houve diferença significativa nas atitudes e opiniões em relação à doação de órgãos entre os hospitais. O número total de participantes foi 418. Quase toda a amostra 416(99,5%) foi a favor a doação e 351(84%) pretendiam doar seus órgãos após a morte. Não houve diferença significativa entre gênero, raça, idade e estado civil em relação ao desejo de doar. Alguns fatores foram relacionados a uma atitude positiva para a doação de órgãos: saber o conceito de ME está associado ao consentimento para a doação (99,4%VS 95,9 P= 0,029), pretender doador seus órgãos após a morte esta relacionado a autorização de doação de órgãos de um familiar (P<0,001) e ter informado a um familiar o desejo de ser doador (P<0,001). Houve uma tendência de que indivíduos que autorizariam a doação se soubessem o desejo do familiar, exercem atividades relacionadas a transplante de órgãos (98,8% VS 95,6% P=0,086). Profissionais com nível superior apresentaram uma atitude mais positiva em relação à autorização de doação de órgãos de um familiar se soubessem seu desejo do que auxiliares e técnicos de enfermagem (98,7%VS 91,1 P=0, 001) Em conclusão, os profissionais de saúde da área de enfermagem e médica têm uma atitude bastante favorável à doação de órgãos e estas atitudes não diferem de um hospital privado para público. Os fatores associados a uma atitude positiva para a doação foram o conhecimento sobre ME, a autorização de órgãos de um familiar e ter informado ao familiar o desejo de ser doador.
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A equipe médica e de enfermagem está envolvida em várias etapas do processo de doação de órgãos como na notificação de possíveis doadores e na abordagem familiar, com o fornecimento de informações claras e corretas que auxiliarão na tomada de decisão familiar. Conhecer as atitudes e opiniões destes profissionais em relação à doação de órgãos torna-se importante nesse processo. Profissionais com uma atitude positiva sentem-se mais confortáveis em realizar tarefas relacionadas ao processo de doação como abordagem da família e na comunicação de um potencial doador para a coordenação de transplantes, iniciando o processo de doação de órgãos (18). Por outro lado, uma atitude negativa pode influenciar na busca de potenciais doadores e na atitude de familiares (30). Este estudo teve como objetivo avaliar as atitudes e opiniões sobre a doação de órgãos, verificar se estas atitudes diferem entre hospitais público e privado e identificar fatores que determinam ou influenciam nas atitudes individuais para a doação de órgãos de profissionais da área médica e de enfermagem de dois hospitais que realizam transplantes na cidade de Porto Alegre - RS. O estudo foi realizado em dois hospitais com atividades em transplantes na cidade de Porto Alegre-RS sendo um hospital público e universitário e o outro privado. O estudo foi aprovado pelos comitês de ética em pesquisa das duas instituições. No período de junho a novembro de 2009 foram convidados a participar todos os profissionais auxiliares e técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos com vínculo nas instituições através do preenchimento de um questionário com 21 questões de múltipla escolha sobre dados demográficos, atitudes em relação à doação de órgãos e conhecimento sobre morte encefálica (ME). 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