Resposta anormal da função sistólica do ventrículo esquerdo ao exercício submáximo em pacientes submetidos à ventriculectomia parcial esquerda

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Herdy, Artur Haddad
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/2951
Resumo: Introdução. Pacientes com insuficiência cardíaca submetidos à ventriculectomia parcial esquerda apresentam melhora na função sistólica do ventrículo esquerdo em repouso, porém continuam apresentando limitação funcional. Objetivo. Para melhor compreender os mecanismos desta limitação funcional, estudamos a função sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo em repouso e durante exercício submáximo em pacientes submetidos a ventriculectomia parcial esquerda e em pacientes com insuficiência cardíaca não operados, pareados para capacidade funcional máxima e submáxima. Métodos. Foram estudados 9 pacientes submetidos previamente a ventriculografia parcial esquerda (VPE) e 9 pacientes com insuficiência cardíaca não operados previamente (IC). Todos os pacientes foram submetidos inicialmente a um teste cardiopulmonar para determinação do consumo de oxigênio no limiar anaeróbio (LA) e de pico (VO2 pico). Após, foram estudados através da ventriculografia radioisotópica e analisadas a fração de ejeção (FE) e a taxa máxima de enchimento (TME) do ventrículo esquerdo, em repouso e exercício na intensidade do LA. Resultados. Os grupos apresentaram capacidade funcional semelhante avaliada pelo VO2 pico (VPE: [média ± DP] 13,1 ± 3,3 ml/kg.min; IC: 14,1 ± 3,6 ml/kg.min; P > 0,05) e LA (VPE: 7,9 ± 1.3 ml/kg.min; IC: 8,5 ± 1,6 ml/kg.min; P > 0,05). A frequência cardíaca máxima foi maior no grupo IC em comparação ao grupo da VPE (VPE: 119 ± 20 bpm; IC: 149 ± 21 bpm; P < 0.05) A FE em repouso era mais elevada no grupo VPE (VPE: 40 ± 12 %; IC: 32 ± 9 %; P < 0,0125), entretanto a FE elevou-se do repouso ao LA apenas no grupo IC (VPE: 44 ± 17 %; IC: 39 ± 11 %; P < 0,0125). A TME foi semelhante em repouso (VPE: 1,41 ± 0,55 VDF/s; IC: 1,39 ± 0,55 VDF/s; P > 0,05) e aumentou na intensidade do LA similarmente em ambos os grupos (VPE: 2,28 ± 0,55 VDF/s; IC: 2,52 ± 1,07 VDF/s; P < 0,0125). Conclusão. Pacientes submetidos a ventriculectomia parcial esquerda apresentam uma o limiar anaeróbio (LA) resposta anormal da função sistólica do ventrículo esquerdo ao exercício na intensidade do LA e uma resposta cronotrópica diminuida ao exercício máximo. Essas respostas anormais podem contribuir para a limitada capacidade ao exercício destes pacientes, a despeito da melhora na função ventricular sistólica em repouso.
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spelling Herdy, Artur HaddadRibeiro, Jorge Pinto2007-06-06T17:25:10Z2002http://hdl.handle.net/10183/2951000379493Introdução. Pacientes com insuficiência cardíaca submetidos à ventriculectomia parcial esquerda apresentam melhora na função sistólica do ventrículo esquerdo em repouso, porém continuam apresentando limitação funcional. Objetivo. Para melhor compreender os mecanismos desta limitação funcional, estudamos a função sistólica e diastólica do ventrículo esquerdo em repouso e durante exercício submáximo em pacientes submetidos a ventriculectomia parcial esquerda e em pacientes com insuficiência cardíaca não operados, pareados para capacidade funcional máxima e submáxima. Métodos. Foram estudados 9 pacientes submetidos previamente a ventriculografia parcial esquerda (VPE) e 9 pacientes com insuficiência cardíaca não operados previamente (IC). Todos os pacientes foram submetidos inicialmente a um teste cardiopulmonar para determinação do consumo de oxigênio no limiar anaeróbio (LA) e de pico (VO2 pico). Após, foram estudados através da ventriculografia radioisotópica e analisadas a fração de ejeção (FE) e a taxa máxima de enchimento (TME) do ventrículo esquerdo, em repouso e exercício na intensidade do LA. Resultados. Os grupos apresentaram capacidade funcional semelhante avaliada pelo VO2 pico (VPE: [média ± DP] 13,1 ± 3,3 ml/kg.min; IC: 14,1 ± 3,6 ml/kg.min; P > 0,05) e LA (VPE: 7,9 ± 1.3 ml/kg.min; IC: 8,5 ± 1,6 ml/kg.min; P > 0,05). A frequência cardíaca máxima foi maior no grupo IC em comparação ao grupo da VPE (VPE: 119 ± 20 bpm; IC: 149 ± 21 bpm; P < 0.05) A FE em repouso era mais elevada no grupo VPE (VPE: 40 ± 12 %; IC: 32 ± 9 %; P < 0,0125), entretanto a FE elevou-se do repouso ao LA apenas no grupo IC (VPE: 44 ± 17 %; IC: 39 ± 11 %; P < 0,0125). A TME foi semelhante em repouso (VPE: 1,41 ± 0,55 VDF/s; IC: 1,39 ± 0,55 VDF/s; P > 0,05) e aumentou na intensidade do LA similarmente em ambos os grupos (VPE: 2,28 ± 0,55 VDF/s; IC: 2,52 ± 1,07 VDF/s; P < 0,0125). Conclusão. Pacientes submetidos a ventriculectomia parcial esquerda apresentam uma o limiar anaeróbio (LA) resposta anormal da função sistólica do ventrículo esquerdo ao exercício na intensidade do LA e uma resposta cronotrópica diminuida ao exercício máximo. Essas respostas anormais podem contribuir para a limitada capacidade ao exercício destes pacientes, a despeito da melhora na função ventricular sistólica em repouso.Background. Patients with heart failure who have undergone partial left ventriculectomy improve resting left ventricular systolic function, but maintain limited functional capacity. Objective. In order to better understand the mechanisms associated with this limitation, we studied the systolic and diastolic left ventricular function at rest and during submaximal exercise in patients with previous partial left ventriculectomy and in patients with heart failure who had not been operated, matched for maximal and submaximal exercise capacity. Methods: Nine patients with heart failure who were previously submitted to partial left ventriculectomy (PLV) were compared with a group of 9 patients with heart failure who had not been operated. All patients performed a cardiopulmonary exercise testing with measurement of peak oxygen uptake (VO2 peak) and anaerobic threshold (AT). In a second evaluation, radionuclide left ventriculography was performed to analyze ejection fraction (EF) and peak filling rate (PFR) at rest and during exercise at the intensity corresponding to the AT. Results: Groups presented similar exercise capacity evaluated by VO2peak (PLV: [mean ± SD] 13.1 ± 3.3 mL/Kg.min; HF: 14.1 ± 3.6 mL/Kg.min; P > 0.05) and AT (PLV: 7.9 ± 1.3 mL/Kg.min; HF: 8.5 ± 1.6 mL/Kg.min; P > 0.05). Maximal heart rate was higher in the HF group when compared to the PLV group (PLV: 119 ± 20 bpm; HF: 149 ± 21 bpm; P < 0.05). EF at rest was higher in the PLV group (PLV: 40 ± 12 %; HF: 32 ± 9 %; P < 0.0125), however EF increased from rest to AT only in the HF group (PLV: 44 ± 17 %; HF: 39 ± 11 %; P < 0.0125). PFR was similar at rest (PLV: 1.41 ± 0.55 EDV/sec; HF: 1.39 ± 0.55 EDV/sec; P > 0.05) and increased in both groups at the AT intensity (PLV: 2.28 ± 0.55 EDV/sec; HF: 2.52 ± 1.07 EDV/sec; P < 0,0125). Conclusion: Patients who had partial left ventriculectomy present an abnormal response of left ventricular systolic function to exercise at the AT intensity and an impaired chronotropic response to maximal exercise. These abnormal responses may contribute to the limited exercise capacity of these patients, despite the improvement in resting left ventricular systolic function.application/pdfporInsuficiência cardíacaDisfunção ventricular esquerdaContração miocárdicaTestes de função cardíacaHeart failureRadionuclide ventriculographyAnaerobic thresholdLeft ventricular diastolic functionLeft ventricular ejection fractionResposta anormal da função sistólica do ventrículo esquerdo ao exercício submáximo em pacientes submetidos à ventriculectomia parcial esquerdaAbnormal response of left ventricular systolic function to submaximal exercise in post-partial left ventriculectomy patients info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Cardiologia e Ciências CardiovascularesPorto Alegre, BR-RS2002mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000379493.pdf000379493.pdfTexto completoapplication/pdf468979http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/2951/1/000379493.pdfdb3d17bbc7019514ac01e7b7b8476196MD51TEXT000379493.pdf.txt000379493.pdf.txtExtracted Texttext/plain54795http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/2951/2/000379493.pdf.txtf21b397d217d4eabb0dc051c9c224ac4MD52THUMBNAIL000379493.pdf.jpg000379493.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1474http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/2951/3/000379493.pdf.jpg2e917dde26c270e1f7d19feb61b067c1MD5310183/29512018-10-17 08:58:00.237oai:www.lume.ufrgs.br:10183/2951Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-17T11:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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