Bem-estar em ovinos no Rio Grande do Sul: Termografia na avaliação de podridão dos cascos e estresse por calor

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lehugeur, Carla Menger
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/61718
Resumo: A produção agropecuária tem grande importância na economia do Brasil e a ovinocultura se destaca no Rio Grande do Sul (RS), estado que com pouco menos de quatro milhões de cabeças atualmente possui o maior rebanho ovino brasileiro. Dentre os problemas que prejudicam a ovinocultura, muitos estão diretamente relacionados com pobres condições de bem-estar animal (BEA) e estresse. A dor associada a processos inflamatórios é uma causa frequente de estresse e comprometimento do BEA. Essa situação é observada em rebanhos ovinos acometidos pela podridão dos cascos (PC, footrot) e descrita no primeiro artigo. Em dois rebanhos ovinos acometidos pela PC foram avaliados os escores de lesões podais e comparados com a temperatura da pele do espaço interdigital dos cascos. Foi observada diferença significativa (P<0,05) entre a temperatura de cascos sadios e acometidos pela doença nos dois rebanhos, no entanto não foi observada diferença de temperatura entre pés com lesões de diferentes graus de severidade. Nos animais de um dos rebanhos foram avaliadas a frequência respiratória (FR), frequência cardíaca (FC) e temperatura retal (TR) como indicadores de estresse causado pela doença. Não foi observada diferença estatística de FR, FC e TR entre ovinos sadios e acometidos pela PC. A termografia infravermelha se mostrou uma ferramenta capaz de auxiliar o diagnóstico de lesões de PC em ovinos, no entanto não foi útil para predizer a severidade da lesão. No segundo artigo são abordadas as condições de alojamento dos ovinos em um parque de exposições. Foram feitas 1097 observações em 60 ovinos de 11 raças no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil no período de 30 de agosto a quatro de setembro de 2011. Foram medidas a temperatura (T°C) e a umidade relativa do ar (UR) bem como a temperatura do olho (TO) usando uma câmera infravermelha, além da frequência respiratória (FR) por inspeção do animal. As variáveis climáticas mudaram ao longo do dia e ao longo do período de observação. Houve diferença significativa entre as raças, especialmente nos períodos da tarde e noite quando a temperatura do ar foi mais alta e os animais estiveram fora da sua zona de conforto. Houve correlação alta positiva entre a temperatura do ar e parâmetros fisiológicos dos animais e intermediária negativa com a umidade relativa do ar. A raça Santa Inês foi a melhor adaptada às condições de estresse térmico, enquanto animais lanados foram menos adaptados. Cada raça respondeu de uma forma diferente, dado mostrado com limites de temperatura e umidade para cada raça. Sugerimos que condições ambientais controladas no galpão de alojamento possam garantir conforto climático aos animais, principalmente durante a tarde e à noite quando o estresse foi maior.
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Foi observada diferença significativa (P<0,05) entre a temperatura de cascos sadios e acometidos pela doença nos dois rebanhos, no entanto não foi observada diferença de temperatura entre pés com lesões de diferentes graus de severidade. Nos animais de um dos rebanhos foram avaliadas a frequência respiratória (FR), frequência cardíaca (FC) e temperatura retal (TR) como indicadores de estresse causado pela doença. Não foi observada diferença estatística de FR, FC e TR entre ovinos sadios e acometidos pela PC. A termografia infravermelha se mostrou uma ferramenta capaz de auxiliar o diagnóstico de lesões de PC em ovinos, no entanto não foi útil para predizer a severidade da lesão. No segundo artigo são abordadas as condições de alojamento dos ovinos em um parque de exposições. Foram feitas 1097 observações em 60 ovinos de 11 raças no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil no período de 30 de agosto a quatro de setembro de 2011. Foram medidas a temperatura (T°C) e a umidade relativa do ar (UR) bem como a temperatura do olho (TO) usando uma câmera infravermelha, além da frequência respiratória (FR) por inspeção do animal. As variáveis climáticas mudaram ao longo do dia e ao longo do período de observação. Houve diferença significativa entre as raças, especialmente nos períodos da tarde e noite quando a temperatura do ar foi mais alta e os animais estiveram fora da sua zona de conforto. Houve correlação alta positiva entre a temperatura do ar e parâmetros fisiológicos dos animais e intermediária negativa com a umidade relativa do ar. A raça Santa Inês foi a melhor adaptada às condições de estresse térmico, enquanto animais lanados foram menos adaptados. Cada raça respondeu de uma forma diferente, dado mostrado com limites de temperatura e umidade para cada raça. Sugerimos que condições ambientais controladas no galpão de alojamento possam garantir conforto climático aos animais, principalmente durante a tarde e à noite quando o estresse foi maior.Livestock production is very important for Brazilian economy, and the sheep industry stands out in Rio Grande do Sul (RS). Despite the reduction of the flock of 14 million sheep in the 1970s to just under four million today, the state still has the largest sheep flock in Brazil. Among the problems that affect the sheep industry, many are directly related to poor conditions of animal welfare. Pain associated with inflammation is a frequent cause of stress and impairment of animal welfare in extensive farming systems. This situation is observed in sheep flocks affected by footrot and described in the first study. Footrot is a contagious disease of sheep that causes severe economic losses to producers and compromises the welfare of animals. In two sheep flocks affected by footrot, animals were evaluated and foot scores compared with the temperature of interdigital skin of the hooves. Significant difference (P <0.05) was found between the temperature of hooves healthy and affected by the disease in herds, but there was no difference in temperature of different foot scores. Animals were assessed for respiratory rate (RR), heart rate (HR) and rectal temperature (RT) as indicators of stress caused by the disease. There was no statistical difference in RR, HR and TR between healthy and affected sheep. It was shown that infrared thermography is a useful tool to aid in the diagnosis of lesions of footrot in sheep, but is not useful to predict the severity of the injury. In the second study, agricultural fairs environment and sheep welfare are discussed. Observations (1097) were made on 60 sheep from 11 breeds in the State Exhibition Park Assis Brazil, Rio Grande do Sul, from August 30 to September 4, 2011. We measured the temperature and relative humidity of the air as well as eye temperature using an infrared camera, and respiratory rate by inspection of the animal. The climatic conditions changed throughout the day and during the observation period. There were significant differences between breeds, especially during the afternoon and evening when the air temperature was higher, and when sheep suffered more heat stress. High positive correlations were found between air temperature and physiological parameters of animals but negative and intermediate with relative humidity. The Santa Ines sheep were best adapted to stress, while wool animals were less well adapted. Each breed responded differently, as shown with ranges of temperature and humidity for each breed. We suggest that environmental conditions in the shed where the animals are housed should be controlled to ensure comfort.application/pdfporBem-estar animalOvinos : Rio Grande do SulTermografiaOvinoculturaCascos : AfecçõesSheep productionStressInfrared thermographyBem-estar em ovinos no Rio Grande do Sul: Termografia na avaliação de podridão dos cascos e estresse por calorinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de VeterináriaPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasPorto Alegre, BR-RS2012mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000866153.pdf000866153.pdfTexto completoapplication/pdf763962http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61718/1/000866153.pdf88213beec1b88c59660d16aed910a168MD51TEXT000866153.pdf.txt000866153.pdf.txtExtracted Texttext/plain127741http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61718/2/000866153.pdf.txt9603dc27609045c537fdd096832cb905MD52THUMBNAIL000866153.pdf.jpg000866153.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1005http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/61718/3/000866153.pdf.jpg7dc2de0a78cbd3bd880cf62f830fc0abMD5310183/617182018-10-16 08:23:42.91oai:www.lume.ufrgs.br:10183/61718Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-16T11:23:42Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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