Sobrevivência de Erwinia psidii em condições de filoplano, solo e restos foliares de eucalipto

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bieler, Fabiane Laís
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/233198
Resumo: A seca-de-ponteiros do eucalipto, causada por Erwinia psidii, é uma das doenças mais importantes da eucaliptocultura. No entanto, não há estudos da sobrevivência do patógeno sobre possível comportamento epifítico ou saprofítico. Assim, esse estudo teve como objetivo geral monitorar o período de sobrevivência da fitobactéria E. psidii em condições epifíticas, de solo e restos foliares. A CR01R (E. psidii resistente à rifampicina) foi isolada de folhas jovens com anasarca e necrose da nervura central. O mutante foi obtido pelo método da placa gradiente por crescimento espontâneo a 100 mg L−1 de rifampicina. A estabilidade do mutante foi testada por repicagens sucessivas em meio 523 com e sem antibiótico. Em adição, a CR01R foi comparada à estirpe CR01, quanto à patogenicidade, agressividade e crescimento. No filoplano, células vivas da CR01R foram inoculadas sobre os clones 32864 e 37350 de eucalipto. A população fitobacteriana foi monitorada semanalmente. A sobrevivência da fitobactéria foi monitorada em solo esterilizado (SE) e não- esterilizado (SNE), após infestação artificial por rega. Em restos foliares, folhas destacadas dos clones foram inoculadas com a CR01R e, após sintomas, picotadas e colocadas dentro de sacos de nylon. Em seguida, depositadas sobre SE e SNE, bem como nos estratos de 5 e 15 cm. Em todos os ensaios, a quantificação da população fitobacteriana foi determinada pela contagem da UFC g−1/cm-1 de tecido foliar/solo/restos foliares, mediante diluição seriada e semeadura em meio 523 suplementado com rifampicina e azoxistrobina. Os resultados mostraram que, em filoplano dos clones 37350 e 32864, células vivas da CR01R foram detectadas até 30 e 60 dias, respectivamente. Em SNE e SE a CR01R sobreviveu até os 5 e 120 dias, respectivamente.Em restos foliares, a CR01R foi detectada em todos os estratos do SE e SNE em até 120 e 180 dias, respectivamente. Em todos os ensaios supracitados, quando a CR01R não foi detectada em meio de cultura, a confirmação se deu pelo uso da PCR com primers específicos. Os estudos demonstraram que, a fitobactéria pode sobreviver por dias ou meses na ausência do hospedeiro e servir como fonte de inóculo para o incremento ou introdução do patógeno em florestas com a presença ou ausência da doença.
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No filoplano, células vivas da CR01R foram inoculadas sobre os clones 32864 e 37350 de eucalipto. A população fitobacteriana foi monitorada semanalmente. A sobrevivência da fitobactéria foi monitorada em solo esterilizado (SE) e não- esterilizado (SNE), após infestação artificial por rega. Em restos foliares, folhas destacadas dos clones foram inoculadas com a CR01R e, após sintomas, picotadas e colocadas dentro de sacos de nylon. Em seguida, depositadas sobre SE e SNE, bem como nos estratos de 5 e 15 cm. Em todos os ensaios, a quantificação da população fitobacteriana foi determinada pela contagem da UFC g−1/cm-1 de tecido foliar/solo/restos foliares, mediante diluição seriada e semeadura em meio 523 suplementado com rifampicina e azoxistrobina. Os resultados mostraram que, em filoplano dos clones 37350 e 32864, células vivas da CR01R foram detectadas até 30 e 60 dias, respectivamente. Em SNE e SE a CR01R sobreviveu até os 5 e 120 dias, respectivamente.Em restos foliares, a CR01R foi detectada em todos os estratos do SE e SNE em até 120 e 180 dias, respectivamente. Em todos os ensaios supracitados, quando a CR01R não foi detectada em meio de cultura, a confirmação se deu pelo uso da PCR com primers específicos. Os estudos demonstraram que, a fitobactéria pode sobreviver por dias ou meses na ausência do hospedeiro e servir como fonte de inóculo para o incremento ou introdução do patógeno em florestas com a presença ou ausência da doença.Erwinia psidii is an airborne bacterium causal agent of eucalyptus bacterial blight in Brazil. However, there are no studies on the survival of the pathogen under endophytic or saprophytic conditions. Therefore, the aim of this study was to obtain a rifampicin-resistant E. psidii CR01 strain and o determine the survival of the pathogen under phylloplane, soil and eucalyptus debris conditions. The CR01 strain was isolated from young leaves with water- soaking and midrib necrosis. Rifampin-resistant mutant (CR01R) was obtained by the gradient plate method by spontaneous growth at 100 μL mL−1 of rifampicin. Mutant stability was tested by successive subcultures on 523- medium with and without rifampicin. In addition, the CR01 and CR01R strains were compared for pathogenicity, aggressiveness and growth. On the phylloplane of 32864 and 37350 clones, the mutant was inoculated. The bacterial population were monitored weekly. Phytobacteria survival was also monitored in sterile (SS) and non-sterile (NS) soil, after artificial infestation by irrigation. In the leaf debris study, leaves from 37350 and 32864 clones were inoculated with CR01R and, after symptons, cuted and puted in nylon bags. Afterwards, it were puted above SS and NS, well as 5 and 15cm depth. In all studies, bacterial population size was estimated from plate counts made after 2 to 3 days’ incubation at 28 °C and expressed as CFU g-1 leaf tissue/soil/ leaf debris, by means of serial dilution and plating on 523-medium supplemented with rifampicin and azoxystrobin. The results showed that on phylloplane of 37350 and 32864 clones, live cells from CR01R strain were detected up to 30 and 60 days, respectively. In NS and SS soil, CR01R survived up to 5 and 120 days, respectively. In eucalyptus leaf debris, the CR01R strain was recovered on the soil surface or buried 5 or 15 cm deep under SS and SN conditions up to 120 and 180 days, respectively. In all studies, samples were discontinued after the CR01R strain was not recovered. An analysis by PCR using specific- primers was performed to confirm the result. Studies have shown that E. psidii can survive for days or months on absence of the host. Notably, it can serve as a primary inoculum of dieback disease for the increase or introduction of dieback disease on forests with the presence or absence of the pathogen.application/pdfporEucaliptoDoença de plantaSeca dos ponteirosSobrevivência de Erwinia psidii em condições de filoplano, solo e restos foliares de eucaliptoSurvival of Erwinia psidii in phylloplane, soil and Eucalyptus debris conditions info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaPorto Alegre, BR-RS2020mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001130797.pdf.txt001130797.pdf.txtExtracted Texttext/plain83228http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/233198/2/001130797.pdf.txt34e009bee17ad344bb86542503decaeeMD52ORIGINAL001130797.pdfTexto completoapplication/pdf1962222http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/233198/1/001130797.pdf985a86b7d40d80030230a15959a1b34bMD5110183/2331982022-01-07 05:31:07.389595oai:www.lume.ufrgs.br:10183/233198Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-01-07T07:31:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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