A LINGUAGEM COMO UM DOS FIOS QUE TECEM A MEMÓRIA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Língua & Literatura (Online) |
Texto Completo: | http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/article/view/1639 |
Resumo: | Linguagem e memória não são funções autônomas, que atuam como arquivos executáveis por si só, são ações que se constituem mutuamente no processo dialógico e interativo da comunicação humana, no contato com o outro. A cada ação de linguagem outras ações mnemônicas são realizadas, constituindo blocos de registros que servem de amálgama para nossos discursos, pois, sempre partimos de um já-dito para a construção do dito, e projetamos o futuro por meio dessa ação referencial, que é o processo mnemônico. Por isso, iremos aqui analisar de que forma a linguagem é utilizada como fio condutor da memória e como a constituição desta memória serve de pano de fundo para o processo identitário, interativo, social, histórico e discursivo de nossa ação comunicativa e produção de sentidos. Para tanto, tomamos como base teórica, a definição clássica de memória protagonizada por Aristóteles; em seguida, levamos em consideração o pressuposto da relação entre a linguagem, a memória e a identidade, trazendo, assim, um viés sociológico sobre a importância desse estudo; por fim, remetemo-nos a concepção de memória enquanto interdiscurso, partindo dos princípios da Análise do discurso de linha francesa, inaugurada por Michel Pêcheux, e divulgada no Brasil, por Eni Orlandi. Todo esse percurso tem como finalidade mostrar até que ponto a linguagem tece nossas memórias, e como nossas memórias são as chaves para nossos discursos, para nossos ditos e não-ditos no processo interativo da comunicação humana no meio coletivo, no nosso agir na sociedade, independente da época, uma vez que só é possível se conceber a sociedade porque há sujeitos de memória. |
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A LINGUAGEM COMO UM DOS FIOS QUE TECEM A MEMÓRIALinguística; Análise do discurso.Linguagem; Memória; DiscursoLinguagem e MemóriaLinguagem e memória não são funções autônomas, que atuam como arquivos executáveis por si só, são ações que se constituem mutuamente no processo dialógico e interativo da comunicação humana, no contato com o outro. A cada ação de linguagem outras ações mnemônicas são realizadas, constituindo blocos de registros que servem de amálgama para nossos discursos, pois, sempre partimos de um já-dito para a construção do dito, e projetamos o futuro por meio dessa ação referencial, que é o processo mnemônico. Por isso, iremos aqui analisar de que forma a linguagem é utilizada como fio condutor da memória e como a constituição desta memória serve de pano de fundo para o processo identitário, interativo, social, histórico e discursivo de nossa ação comunicativa e produção de sentidos. Para tanto, tomamos como base teórica, a definição clássica de memória protagonizada por Aristóteles; em seguida, levamos em consideração o pressuposto da relação entre a linguagem, a memória e a identidade, trazendo, assim, um viés sociológico sobre a importância desse estudo; por fim, remetemo-nos a concepção de memória enquanto interdiscurso, partindo dos princípios da Análise do discurso de linha francesa, inaugurada por Michel Pêcheux, e divulgada no Brasil, por Eni Orlandi. Todo esse percurso tem como finalidade mostrar até que ponto a linguagem tece nossas memórias, e como nossas memórias são as chaves para nossos discursos, para nossos ditos e não-ditos no processo interativo da comunicação humana no meio coletivo, no nosso agir na sociedade, independente da época, uma vez que só é possível se conceber a sociedade porque há sujeitos de memória.Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missõesda Luz, Andréa FranciscaSilva, Claudemir dos SantosRamos Caiado, Roberta Varginha2016-11-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPesquisa bibliográficaapplication/pdfhttp://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/article/view/1639Revista Língua&Literatura; v. 17, n. 29 (2015): CENTENÁRIO ROLAND BARTHES; 180-193Revista Língua&Literatura; v. 17, n. 29 (2015): CENTENÁRIO ROLAND BARTHES; 180-1931984-381x1415-8817reponame:Revista Língua & Literatura (Online)instname:Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)instacron:URIporhttp://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/article/view/1639/2092info:eu-repo/semantics/openAccess2016-11-01T21:59:49Zoai:ojs.200.203.105.109:article/1639Revistahttp://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteraturahttp://revistas.fw.uri.br/index.php/revistalinguaeliteratura/oailinguaeliteratura@uri.edu.br||fachel@uri.edu.br1984-381X1415-8817opendoar:2016-11-01T21:59:49Revista Língua & Literatura (Online) - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)false |
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