Bater não educa ninguém!práticas educativas parentais coercitivas e suas repercussões no contexto escolar
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Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Educação e Pesquisa |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/47920 |
Resumo: | O objetivo deste artigo é refletir sobre os efeitos das práticas educativas coercitivas para o desenvolvimento da criança e do adolescente, buscando compreender sua influência no comportamento e na aprendizagem em ambiente escolar. A partir da análise assistemática de estudos sobre o tema, foi possível compreender que as estratégias coercitivas que se utilizam da força física para educar estão associadas a resultados negativos no desenvolvimento humano da criança e do adolescente, como comportamentos agressivos e baixa autoestima, constituindo-se em risco ao desenvolvimento saudável. Contudo, tais práticas são compartilhadas socialmente e consideradas naturais pelas famílias, não havendo, muitas vezes, o conhecimento de outras formas de educar. Sendo a escola um importante ambiente de interação das crianças, ela tem sido chamada a engajar-se nessa temática. Assim, discutem-se formas de instrumentalizar os profissionais da educação para a identificação dos casos de uso de estratégias coercitivas e violência física na educação dos filhos, como também ações preventivas junto aos estudantes e à comunidade. Para que o propósito seja alcançado, órgãos responsáveis pela defesa dos direitos da criança e psicólogo escolar poderão atuar juntamente com a escola, auxiliando-a nesse processo. O psicólogo pode trabalhar com os pais no sentido de apresentar formas de educar que não passem pela perspectiva da violência, prevenindo, assim, danos ao desenvolvimento e comportamentos que dificultam a aprendizagem. Fomentar reflexões sobre essa problemática fará com que os valores da educação sem violência tomem espaço nas famílias, contribuindo para que as crianças tornem-se adultos saudáveis no futuro. |
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Bater não educa ninguém!práticas educativas parentais coercitivas e suas repercussões no contexto escolarHitting does not educate!coercive parental education practices and their repercussions in the school contextEducationFamilySchoolCoercive practiceEducaçãoFamíliaEscolaPrática coercitivaO objetivo deste artigo é refletir sobre os efeitos das práticas educativas coercitivas para o desenvolvimento da criança e do adolescente, buscando compreender sua influência no comportamento e na aprendizagem em ambiente escolar. A partir da análise assistemática de estudos sobre o tema, foi possível compreender que as estratégias coercitivas que se utilizam da força física para educar estão associadas a resultados negativos no desenvolvimento humano da criança e do adolescente, como comportamentos agressivos e baixa autoestima, constituindo-se em risco ao desenvolvimento saudável. Contudo, tais práticas são compartilhadas socialmente e consideradas naturais pelas famílias, não havendo, muitas vezes, o conhecimento de outras formas de educar. Sendo a escola um importante ambiente de interação das crianças, ela tem sido chamada a engajar-se nessa temática. Assim, discutem-se formas de instrumentalizar os profissionais da educação para a identificação dos casos de uso de estratégias coercitivas e violência física na educação dos filhos, como também ações preventivas junto aos estudantes e à comunidade. Para que o propósito seja alcançado, órgãos responsáveis pela defesa dos direitos da criança e psicólogo escolar poderão atuar juntamente com a escola, auxiliando-a nesse processo. O psicólogo pode trabalhar com os pais no sentido de apresentar formas de educar que não passem pela perspectiva da violência, prevenindo, assim, danos ao desenvolvimento e comportamentos que dificultam a aprendizagem. Fomentar reflexões sobre essa problemática fará com que os valores da educação sem violência tomem espaço nas famílias, contribuindo para que as crianças tornem-se adultos saudáveis no futuro.The objective of this article is to reflect upon the effects of coercive education practices on the development of the child and the adolescent, seeking to understand their influence on behavior and learning within the school context. Based on the unsystematic analysis of studies on the theme, it was possible to understand that the coercive strategies that made use of physical force to educate are associated to negative results for the human development of the child and the adolescent, such as aggressive behavior and low self-esteem, constituting thereby a risk to their healthy development. Nevertheless, these practices are socially shared and regarded as natural by families, with other forms of educating often being unknown. With the school being regarded as an important space for the interaction of children, it has been called upon to join in this issue. Thus, forms are discussed of giving instruments to the professionals of education to help them identify cases where coercive strategies and physical violence are being used in the education of children, as well as to help them with preventive actions with students and with the community. In order to allow this purpose to be fulfilled, the bodies responsible for the defense of the rights of children, as well as the school psychologist, can act alongside the school, helping it in this process. The psychologist can work with parents to introduce them to forms of education that avoid the perspective of violence, thereby preventing future developmental damage and behavior that will hinder learning. Fostering reflections about this problem will allow the values of non-violence education to flourish among families, contributing to turn children into future healthy adults.Universidade de São Paulo. Faculdade de Educação2012-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ep/article/view/4792010.1590/S1517-97022012000400013Educação e Pesquisa; v. 38 n. 4 (2012); 981-996Educação e Pesquisa; Vol. 38 No. 4 (2012); 981-996Educação e Pesquisa; Vol. 38 Núm. 4 (2012); 981-9961678-46341517-9702reponame:Educação e Pesquisainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ep/article/view/47920/51660Copyright (c) 2017 Educação e Pesquisainfo:eu-repo/semantics/openAccessPatias, Naiana DapieveSiqueira, Aline CardosoDias, Ana Cristina Garcia2012-12-13T10:00:40Zoai:revistas.usp.br:article/47920Revistahttps://www.revistas.usp.br/ep/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/ep/oai||revedu@usp.br1678-46341517-9702opendoar:2012-12-13T10:00:40Educação e Pesquisa - Universidade de São Paulo (USP)false |
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