Dermatoses em pacientes infectados pelo HIV com a contagem de linfócitos CD4

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Main Author: Michelim,Lessandra
Publication Date: 2004
Other Authors: Atti,José Luiz, Panarotto,Daniel, Lovatto,Louise, Boniatti,Márcio Manozzo
Format: Article
Language: por
Source: Revista de Saúde Pública
Download full: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102004000600002
Summary: OBJETIVO: Correlacionar a prevalência das doenças dermatológicas entre pacientes infectados pelo HIV com a contagem de linfócitos CD4. MÉTODOS: Estudo de série de casos realizado na região de Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul. Os dados foram coletados por meio da revisão de prontuários de pacientes com infecção pelo HIV internados em hospital público (198 pacientes, período de março de 1998 a junho de 2002) ou atendidos no ambulatório central universitário (40 pacientes, período de março a junho de 2002). As variáveis analisadas foram: idade, sexo, contagem de linfócitos CD4, carga viral e doenças dermatológicas apresentadas pelo paciente. Os testes estatísticos utilizados foram o Teste t de Student, o de Spearman e o do qui-quadrado. RESULTADOS: A freqüência de doença dermatológica foi de 67,2% entre os pacientes hospitalizados e de 75,0% entre os pacientes ambulatoriais. Candidíase oral foi a doença dermatológica mais prevalente. Na população hospitalar, a média de células CD4 foi menor entre os pacientes com doença dermatológica dos sem doença dermatológica (142,34 células/mm³ vs 512,35 células/mm³, respectivamente; p=0,018). O mesmo fenômeno foi observado na população ambulatorial (138,88 células/mm³ e 336,21 células/mm³, respectivamente; p=0,001). Verificou-se, em ambas as populações, uma correlação negativa entre a contagem de CD4 e o número total de doenças dermatológicas apresentadas pelo paciente (p=0,000, população hospitalar; p=0,000, população ambulatorial). CONCLUSÕES: As doenças dermatológicas são altamente prevalentes entre os pacientes infectados pelo HIV, sendo que a freqüência e o número dessas manifestações correlacionam-se bem com o status imunológico do paciente e com a progressão da doença.
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