Acesso aos medicamentos pelos usuários da atenção primária no Sistema Único de Saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Álvares, Juliana
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Guerra Junior, Augusto Afonso, Araújo, Vânia Eloisa de, Almeida, Alessandra Maciel, Dias, Carolina Zampirolli, Ascef, Bruna de Oliveira, Costa, Ediná Alves, Guibu, Ione Aquemi, Soeiro, Orlando Mario, Leite, Silvana Nair, Karnikowski, Margô Gomes de Oliveira, Costa, Karen Sarmento, Acurcio, Francisco de Assis
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
por
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/139773
Resumo: OBJETIVO: Avaliar o acesso aos medicamentos na Atenção Primária em Saúde do Sistema Único de Saúde na perspectiva do usuário. MÉTODOS: Estudo transversal que utilizou dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional no Brasil – Serviços, 2015, realizado por meio de entrevistas com 8.591 usuários em municípios das cinco regiões do Brasil. A avaliação do acesso aos medicamentos utilizou conceitos propostos por Penshansky e Thomas (1981), segundo as dimensões: disponibilidade, acessibilidade geográfica, adequação, aceitabilidade e capacidade aquisitiva. Cada uma das dimensões foi avaliada por meio de indicadores próprios. RESULTADOS: Para dimensão disponibilidade, 59,8% dos usuários declararam ter acesso total aos medicamentos, sem diferença significante entre regiões. Para acessibilidade geográfica, 60% dos usuários declararam que a unidade básica de saúde não ficava longe de sua residência, 83% afirmaram ser muito fácil/fácil chegar até a unidade e a maioria dos usuários relatou caminhar (64,5%). Para adequação, a unidade foi avaliada como muito bom/bom para os itens conforto (74,2%) e limpeza (90,9%), e 70,8% dos usuários relataram não ter de esperar para retirar seus medicamentos, embora o tempo médio de espera tenha sido 32,9 minutos. Para aceitabilidade: 93,1% dos usuários relataram ser atendidos com respeito e cortesia pelos funcionários das unidades dispensadoras e 90,5% declararam ser muito bom/bom o atendimento das unidades. Para capacidade aquisitiva 13% dos usuários relataram ter deixado de comprar algo importante para cobrir gastos com problemas de saúde, 41,8% dos participantes apontaram a despesa com medicamentos. CONCLUSÕES: Os resultados mostram 70%–90% de conformidade, compatível com países desenvolvidos. No entanto, o acesso aos medicamentos continua sendo um desafio pois ainda é fortemente comprometido pela baixa disponibilidade de medicamentos essenciais em unidades públicas de saúde, demonstrando que não ocorre de forma universal, equânime e resolutiva à população
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A avaliação do acesso aos medicamentos utilizou conceitos propostos por Penshansky e Thomas (1981), segundo as dimensões: disponibilidade, acessibilidade geográfica, adequação, aceitabilidade e capacidade aquisitiva. Cada uma das dimensões foi avaliada por meio de indicadores próprios. RESULTADOS: Para dimensão disponibilidade, 59,8% dos usuários declararam ter acesso total aos medicamentos, sem diferença significante entre regiões. Para acessibilidade geográfica, 60% dos usuários declararam que a unidade básica de saúde não ficava longe de sua residência, 83% afirmaram ser muito fácil/fácil chegar até a unidade e a maioria dos usuários relatou caminhar (64,5%). Para adequação, a unidade foi avaliada como muito bom/bom para os itens conforto (74,2%) e limpeza (90,9%), e 70,8% dos usuários relataram não ter de esperar para retirar seus medicamentos, embora o tempo médio de espera tenha sido 32,9 minutos. Para aceitabilidade: 93,1% dos usuários relataram ser atendidos com respeito e cortesia pelos funcionários das unidades dispensadoras e 90,5% declararam ser muito bom/bom o atendimento das unidades. Para capacidade aquisitiva 13% dos usuários relataram ter deixado de comprar algo importante para cobrir gastos com problemas de saúde, 41,8% dos participantes apontaram a despesa com medicamentos. CONCLUSÕES: Os resultados mostram 70%–90% de conformidade, compatível com países desenvolvidos. No entanto, o acesso aos medicamentos continua sendo um desafio pois ainda é fortemente comprometido pela baixa disponibilidade de medicamentos essenciais em unidades públicas de saúde, demonstrando que não ocorre de forma universal, equânime e resolutiva à populaçãoOBJECTIVE: To evaluate the access to medicines in primary health care of the Brazilian Unified Health System (SUS), from the patients’ perspective. METHODS: This is a cross-sectional study that used data from the Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos – Services, 2015 (PNAUM – National Survey on Access, Use and Promotion of Rational Use of Medicines), conducted by interviews with 8,591 patients in cities of the five regions of Brazil. Evaluation of access to medicines used concepts proposed by Penshansky and Thomas (1981), according to the dimensions: availability, accessibility, accommodation, acceptability, and affordability. Each dimension was evaluated by its own indicators. RESULTS: For the “availability” dimension, 59.8% of patients reported having full access to medicines, without significant difference between regions. For “accessibility,” 60% of patients declared that the basic health unit (UBS) was not far from their house, 83% said it was very easy/easy to get to the UBS, and most patients reported that they go walking (64.5%). For “accommodation,” UBS was evaluated as very good/good for the items “comfort” (74.2%) and “cleanliness” (90.9%), and 70.8% of patients reported that they do not wait to receive their medicines, although the average waiting time was 32.9 minutes. For “acceptability,” 93.1% of patients reported to be served with respect and courtesy by the staff of the dispensing units and 90.5% declared that the units’ service was very good/good. For “affordability,” 13% of patients reported not being able to buy something important to cover expenses with health problems, and 41.8% of participants pointed out the expense with medicines. CONCLUSIONS: Results show 70%–90% compliance, which is compatible with developed countries. However, access to medicines remains a challenge, because it is still heavily compromised by the low availability of essential medicines in public health units, showing that it does not occur universally, equally, and decisively to the populationUniversidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2017-09-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/xmlhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/13977310.11606/S1518-8787.2017051007139Revista de Saúde Pública; Vol. 51 (2017): Suplemento 2; 20sRevista de Saúde Pública; Vol. 51 (2017): Suplemento 2; 20sRevista de Saúde Pública; v. 51 (2017): Suplemento 2; 20s1518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/139773/135051https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/139773/135052https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/139773/148270Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessÁlvares, JulianaGuerra Junior, Augusto AfonsoAraújo, Vânia Eloisa deAlmeida, Alessandra MacielDias, Carolina ZampirolliAscef, Bruna de OliveiraCosta, Ediná AlvesGuibu, Ione AquemiSoeiro, Orlando MarioLeite, Silvana NairKarnikowski, Margô Gomes de OliveiraCosta, Karen SarmentoAcurcio, Francisco de Assis2017-10-23T19:07:50Zoai:revistas.usp.br:article/139773Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2017-10-23T19:07:50Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
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