Territory, neglected diseases and the action of community and endemic combat agents

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: García, Gabriela Soledad Márdero
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Souza, Eliana Amorim de, Araújo, Vigna Maria de, Macedo, Mariana Sousa Santos, Andrade, Rosélly Mascarenhas Amaral de, Ferreira, Paulo Rogers da Silva, Guimarães, Maria Cristina Soares, Silva, José Alexandre Menezes da, Ramos Júnior, Alberto Novaes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/197562
Resumo: OBJETIVO Caracterizar conhecimentos, práticas e experiência profissional de agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de controle de endemias (ACE) sobre hanseníase e doença de Chagas (DC), durante participação em oficina de formação integrada no projeto IntegraDTNs-Bahia. MÉTODOS Estudo de caso descritivo e exploratório, envolvendo comunitários de saúde e agentes de controle de endemias, participantes de oficina de formação sobre o papel compartilhado desses profissionais no processo de vigilância e atenção à saúde. Projeto desenvolvido nos municípios de Anagé, Tremedal e Vitória da Conquista, no Sudoeste do Estado da Bahia, 2019–2020. Aplicou-se instrumento específico prévio com questões relativas a conhecimentos e práticas de vigilância e atenção para hanseníase e doença de Chagas. Análise descritiva dos dados, além de consolidação da análise léxica. RESULTADOS Do total de 135 participantes (107 ACS e 28 ACE), 80,7% deles atuam há pelo menos 12 anos, sem participação prévia em processos de formação conjunta. Apenas 17,9% dos agentes de controle de endemias relataram ter participado de capacitações sobre hanseníase e nenhum informou desenvolver ações específicas de controle da doença. Para a doença de Chagas, 36,4% dos agentes comunitários de saúde participaram de capacitações há mais de uma década, enquanto para 60,7% dos agentes de controle de endemias a última capacitação foi realizada nos últimos cinco anos. O desenvolvimento de ações educativas para a doença de Chagas foi mais frequente para agentes de controle de endemias (64,3%). Quando perguntados sobre formas de reconhecimento das doenças, a palavra “manchas na pele” foi a mais relatada (38 vezes) para hanseníase e, para a doença de Chagas, a palavra “não sei” (17 vezes). CONCLUSÃO Os processos de atuação de agentes comunitários de saúde e agentes de controle de endemias em realidades endêmicas para hanseníase e doença de Chagas no interior da Bahia revelaram-se desintegrados nos territórios. Para essas doenças, reforça-se o distanciamento entre ações de vigilância e de atenção à saúde, inclusive nos processos de capacitação. Reitera-se a importância de ações inovadoras de educação permanentes e integradas para promover de fato mudanças nas práticas.
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spelling Territory, neglected diseases and the action of community and endemic combat agentsTerritório, doenças negligenciadas e ação de agentes comunitários e de combate a endemiasAgentes Comunitários de SaúdeDoença de Chagas, prevenção & controleHanseníase prevenção & controleConhecimentos, Atitudes e Prática em SaúdeAtenção Primária à SaúdeCommunity Health WorkersNeglected Diseases, prevention & controlLeprosy, prevention & controlHealth Knowledge, Attitudes, PracticePrimary Health CareOBJETIVO Caracterizar conhecimentos, práticas e experiência profissional de agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de controle de endemias (ACE) sobre hanseníase e doença de Chagas (DC), durante participação em oficina de formação integrada no projeto IntegraDTNs-Bahia. MÉTODOS Estudo de caso descritivo e exploratório, envolvendo comunitários de saúde e agentes de controle de endemias, participantes de oficina de formação sobre o papel compartilhado desses profissionais no processo de vigilância e atenção à saúde. Projeto desenvolvido nos municípios de Anagé, Tremedal e Vitória da Conquista, no Sudoeste do Estado da Bahia, 2019–2020. Aplicou-se instrumento específico prévio com questões relativas a conhecimentos e práticas de vigilância e atenção para hanseníase e doença de Chagas. Análise descritiva dos dados, além de consolidação da análise léxica. RESULTADOS Do total de 135 participantes (107 ACS e 28 ACE), 80,7% deles atuam há pelo menos 12 anos, sem participação prévia em processos de formação conjunta. Apenas 17,9% dos agentes de controle de endemias relataram ter participado de capacitações sobre hanseníase e nenhum informou desenvolver ações específicas de controle da doença. Para a doença de Chagas, 36,4% dos agentes comunitários de saúde participaram de capacitações há mais de uma década, enquanto para 60,7% dos agentes de controle de endemias a última capacitação foi realizada nos últimos cinco anos. O desenvolvimento de ações educativas para a doença de Chagas foi mais frequente para agentes de controle de endemias (64,3%). Quando perguntados sobre formas de reconhecimento das doenças, a palavra “manchas na pele” foi a mais relatada (38 vezes) para hanseníase e, para a doença de Chagas, a palavra “não sei” (17 vezes). CONCLUSÃO Os processos de atuação de agentes comunitários de saúde e agentes de controle de endemias em realidades endêmicas para hanseníase e doença de Chagas no interior da Bahia revelaram-se desintegrados nos territórios. Para essas doenças, reforça-se o distanciamento entre ações de vigilância e de atenção à saúde, inclusive nos processos de capacitação. Reitera-se a importância de ações inovadoras de educação permanentes e integradas para promover de fato mudanças nas práticas.OBJECTIVE To characterize knowledge, practices, and professional experience of community health agents (ACS) and endemic combat agents (ACE) on leprosy and Chagas disease (DC), during participation in an integrated training workshop in the IntegraDTNs-Bahia project. METHODS Descriptive and exploratory case study, involving health agents and endemic combat agents participating in a training workshop on the shared role of these professionals in health care and surveillance processes. The project was developed in the municipalities of Anagé, Tremedal and Vitória da Conquista, in the southwestern State of Bahia, 2019–2020. A specific instrument was applied, with questions related to knowledge and practices of surveillance and care for leprosy and Chagas disease. Descriptive analysis of the data, in addition to consolidation of the lexical analysis, was performed. RESULTS Out of a total of 135 participants (107 ACS and 28 ACE), 80.7% of them have been working for at least 12 years, without previous participation in joint training processes. Only 17.9% of endemic combat agentes reported having participated in training on leprosy and none reported developing specific actions to control the disease. For Chagas disease, 36.4% of community health agents participated in training more than a decade before, while for 60.7% of endemic combat agents the last training was carried out in the last five years. The development of educational actions for Chagas disease was more frequent for endemic combat agents (64.3%). When asked about ways of recognizing diseases, the term “skin spots” was the most reported (38 times) for leprosy and, for Chagas disease, the term “I don’t know” (17 times). CONCLUSION Processes of health agents and endemic combat agents action in realities endemic for leprosy and Chagas disease in the interior of Bahia proved to be fragmented in the territories. For these diseases, the distance between surveillance and health care actions is reinforced, including in training processes. The importance of innovative permanent and integrated education actions is reiterated to actually promote changes in practices.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2022-04-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/19756210.11606/s1518-8787.2022056003730Revista de Saúde Pública; Vol. 56 (2022); 27Revista de Saúde Pública; Vol. 56 (2022); 27Revista de Saúde Pública; v. 56 (2022); 271518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/197562/181834https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/197562/181833https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/197562/181831Copyright (c) 2022 Gabriela Soledad Márdero García, Eliana Amorim de Souza, Vigna Maria de Araújo, Mariana Sousa Santos Macedo, Rosélly Mascarenhas Amaral de Andrade, Paulo Rogers da Silva Ferreira, Maria Cristina Soares Guimarães, José Alexandre Menezes da Silva, Alberto Novaes Ramos Júniorhttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessGarcía, Gabriela Soledad Márdero Souza, Eliana Amorim de Araújo, Vigna Maria de Macedo, Mariana Sousa SantosAndrade, Rosélly Mascarenhas Amaral de Ferreira, Paulo Rogers da SilvaGuimarães, Maria Cristina Soares Silva, José Alexandre Menezes da Ramos Júnior, Alberto Novaes2022-05-10T18:18:32Zoai:revistas.usp.br:article/197562Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2022-05-10T18:18:32Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
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