Mortality from gastroschisis in the state of Rio de Janeiro: a 10-year series
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng por |
Título da fonte: | Revista de Saúde Pública |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/172383 |
Resumo: | OBJETIVO: Analisar a mortalidade e fatores associados em uma série de nascimentos com gastrosquise no estado do Rio de Janeiro em 10 anos (2005 a 2014). MÉTODO: Estudo de coorte retrospectiva, no qual foram relacionadas as bases de dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos e do Sistema de Informação sobre Mortalidade por linkage probabilístico. A base de dados final foi construída em duas etapas, que consistiram em: preparo das duas bases de dados iniciais e estabelecimento de relações entre elas. RESULTADOS: Os recém-nascidos pré-termo e os com baixo peso ao nascer tiveram maior chance de óbito, com significância estatística (p = 0,03 e p = 0,006, respectivamente). Em relação ao local de nascimento, embora a frequência de óbito tenha sido maior nas maternidades do que em hospitais gerais (p = 0,04; OR = 0,5; IC95% 0,3–1,0), foi observado que uma unidade caracterizada como hospital geral apresentou uma frequência alta de nascimentos (61,2%) e, na análise comparativa da chance de óbito dessa unidade com as demais, encontrou-se uma chance de morrer 7,5 maior em hospitais gerais e 3,2 maior em maternidades, com significância estatística (p < 0,001). Além disso, nascer em unidades de terapia intensiva tipo II aumentou a chance de óbito em 3,9 vezes em comparação com as do tipo III (p < 0,001). CONCLUSÃO: Este estudo dá subsídios para a discussão de duas possíveis estratégias no tratamento de recém-nascidos com gastrosquise. A primeira seria a centralização do cuidado em unidades terciárias, possibilitando que o cuidado à malformação seja analisado de forma mais minuciosa e padronizada. A segunda, e talvez mais factível, seria a elaboração de diretrizes clínicas que padronizem o cuidado imediato aos bebês com gastrosquise nascidos fora de centros terciários, bem como a padronização do transporte deles até a chegada ao centro terciário. |
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Mortality from gastroschisis in the state of Rio de Janeiro: a 10-year seriesMortalidade por gastrosquise no estado do Rio de Janeiro: uma série de 10 anosGastroschisis, mortalityMortality, trendsRisk FactorsHealth Information SystemsTertiary Health CareRetrospective StudiesGastrosquise, mortalidadeMortalidade, tendênciasFatores de RiscoSistemas de Informação em SaúdeAtenção Terciária à SaúdeEstudos RetrospectivosOBJETIVO: Analisar a mortalidade e fatores associados em uma série de nascimentos com gastrosquise no estado do Rio de Janeiro em 10 anos (2005 a 2014). MÉTODO: Estudo de coorte retrospectiva, no qual foram relacionadas as bases de dados do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos e do Sistema de Informação sobre Mortalidade por linkage probabilístico. A base de dados final foi construída em duas etapas, que consistiram em: preparo das duas bases de dados iniciais e estabelecimento de relações entre elas. RESULTADOS: Os recém-nascidos pré-termo e os com baixo peso ao nascer tiveram maior chance de óbito, com significância estatística (p = 0,03 e p = 0,006, respectivamente). Em relação ao local de nascimento, embora a frequência de óbito tenha sido maior nas maternidades do que em hospitais gerais (p = 0,04; OR = 0,5; IC95% 0,3–1,0), foi observado que uma unidade caracterizada como hospital geral apresentou uma frequência alta de nascimentos (61,2%) e, na análise comparativa da chance de óbito dessa unidade com as demais, encontrou-se uma chance de morrer 7,5 maior em hospitais gerais e 3,2 maior em maternidades, com significância estatística (p < 0,001). Além disso, nascer em unidades de terapia intensiva tipo II aumentou a chance de óbito em 3,9 vezes em comparação com as do tipo III (p < 0,001). CONCLUSÃO: Este estudo dá subsídios para a discussão de duas possíveis estratégias no tratamento de recém-nascidos com gastrosquise. A primeira seria a centralização do cuidado em unidades terciárias, possibilitando que o cuidado à malformação seja analisado de forma mais minuciosa e padronizada. A segunda, e talvez mais factível, seria a elaboração de diretrizes clínicas que padronizem o cuidado imediato aos bebês com gastrosquise nascidos fora de centros terciários, bem como a padronização do transporte deles até a chegada ao centro terciário.OBJECTIVE: To analyze mortality and associated factors in a series of gastroschisis at birth in the state of Rio de Janeiro in a 10-year period (2005 to 2014). METHOD: A retrospective cohort study, which related the databases of the Live Births Information System and the Mortality Information System by probabilistic linkage. Final database was constructed in two stages: preparation of the two initial databases and establishment of relationships between them. RESULTS: Preterm newborns and those with low birthweight had higher risk of death, with statistical significance (p = 0.03 and p = 0.006, respectively). Regarding place of birth, although death frequency was higher in maternity units than in general hospitals (p = 0.04; OR = 0.5; 95%CI 0.3–1.0), it was observed that a unit characterized as a general hospital had a high birth frequency (61.2%). Furthermore, the comparative analysis of the risk of death between this unit and others showed a 7.5 higher risk of death in general hospitals and 3.2 higher in maternity units, with statistical significance (p < 0.001). Moreover, births in level II intensive care units had 3.9 times more risk of death compared with level III (p < 0.001). CONCLUSION: This study foments the discussion of two possible strategies in the treatment of gastroschisis in newborns. First, the centralization of care in tertiary units, enabling malformation care to be analyzed in a more detailed and standardized manner. Second, and perhaps more feasible, the elaboration of clinical guidelines to standardize immediate care for gastroschisis in babies born outside tertiary centers, as well as the standardization of their transportation until arrival at the tertiary center.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2020-07-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/xmlhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/17238310.11606/s1518-8787.2020054001757Revista de Saúde Pública; Vol. 54 (2020); 63Revista de Saúde Pública; Vol. 54 (2020); 63Revista de Saúde Pública; v. 54 (2020); 631518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/172383/161997https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/172383/161998https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/172383/161999Copyright (c) 2020 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessBarreiros, Camilla Ferreira CatarinoGomes, Maria Auxiliadora de Souza MendesGomes Júnior, Saint Clair dos Santos2020-08-15T20:35:38Zoai:revistas.usp.br:article/172383Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2020-08-15T20:35:38Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false |
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