Carga de trabalho de enfermagem: preditor de infecção relacionada à assistência à saúde na terapia intensiva?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nogueira, Lilia de Souza
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Ferretti-Rebustini, Renata Eloah de Lucena, Poveda, Vanessa de Brito, Silva, Rita de Cassia Gengo e, Barbosa, Ricardo Luis, Oliveira, Elaine Machado de, Andolhe, Rafaela, Padilha, Kátia Grillo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Revista da Escola de Enfermagem da USP (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/109518
Resumo: Objetivo Analisar a influência da carga de trabalho de enfermagem na ocorrência de infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), segundo o tipo de tratamento. Método Estudo de coorte retrospectivo desenvolvido em nove UTI em São Paulo, Brasil, de setembro a dezembro de 2012. A carga de trabalho de enfermagem foi mensurada pelo Nursing Activities Score (NAS). Os testes T-Student, Exato de Fisher e regressões logísticas foram utilizados nas análises. Resultados A casuística foi composta por 835 pacientes (54,3±17,3 anos; 57,5% do sexo masculino), dentre os quais 12,5% adquiriram IRAS na UTI. O NAS dos pacientes admitidos para tratamento clínico foi de 71,3±10,9 e para cirúrgico, 71,6±9,2. O tempo de permanência na unidade e a gravidade foram fatores preditivos para ocorrência de IRAS em pacientes admitidos nas UTI para tratamento clínico ou cirúrgico e o sexo masculino apenas para pacientes cirúrgicos. Ao considerar as admissões independentes do tipo de tratamento, além das variáveis citadas, o índice de comorbidades também permaneceu no modelo de regressão. O NAS não foi fator preditivo de IRAS. Conclusão A carga de trabalho de enfermagem não exerceu influência na ocorrência de IRAS nos pacientes deste estudo.
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spelling Carga de trabalho de enfermagem: preditor de infecção relacionada à assistência à saúde na terapia intensiva? Nursing workload: is it a predictor of healthcare associated infection in intensive care unit? La carga de trabajo de enfermeira: predictor de infección hospitalaria en unidades de cuidados intensivos? Objetivo Analisar a influência da carga de trabalho de enfermagem na ocorrência de infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) em pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), segundo o tipo de tratamento. Método Estudo de coorte retrospectivo desenvolvido em nove UTI em São Paulo, Brasil, de setembro a dezembro de 2012. A carga de trabalho de enfermagem foi mensurada pelo Nursing Activities Score (NAS). Os testes T-Student, Exato de Fisher e regressões logísticas foram utilizados nas análises. Resultados A casuística foi composta por 835 pacientes (54,3±17,3 anos; 57,5% do sexo masculino), dentre os quais 12,5% adquiriram IRAS na UTI. O NAS dos pacientes admitidos para tratamento clínico foi de 71,3±10,9 e para cirúrgico, 71,6±9,2. O tempo de permanência na unidade e a gravidade foram fatores preditivos para ocorrência de IRAS em pacientes admitidos nas UTI para tratamento clínico ou cirúrgico e o sexo masculino apenas para pacientes cirúrgicos. Ao considerar as admissões independentes do tipo de tratamento, além das variáveis citadas, o índice de comorbidades também permaneceu no modelo de regressão. O NAS não foi fator preditivo de IRAS. Conclusão A carga de trabalho de enfermagem não exerceu influência na ocorrência de IRAS nos pacientes deste estudo. Objective To analyze the influence of nursing workload on the occurrence of healthcare associated infection (HAI) in patients in the intensive care unit (ICU), according to type of treatment. Method Retrospective cohort study developed in nine ICUs in São Paulo, Brazil, from September to December 2012. Nursing workload was measured by the Nursing Activities Score (NAS). The Student’s t and Fisher’s exact tests and logistic regressions were used in the analyses. Results The sample was composed of 835 patients (54.3±17.3 years; 57.5% male), of which 12.5% acquired HAI in the ICU. The NAS of the patients admitted for clinical treatment was 71.3±10.9, and for surgery 71.6±9.2. Length of stay in ICU and severity were predictive factors for occurrence of HAI in patients admitted to the unit for clinical or surgical treatment, and male sex only for surgical patients. When considering the admissions independent of type of treatment, in addition to the variables mentioned above, index of comorbidities also remained in the regression model. The NAS was not a predictive factor of HAI. Conclusion Nursing workload did not influence occurrence of HAI in the patients included in this study. Objetivo Analizar la influencia de la carga de trabajo de enfermería en caso de infección hospitalaria (IH) en pacientes en la Unidad de Cuidados Intensivos (UCI) segundo tipo de tratamiento. Método Estudio retrospectivo de cohorte realizado en nueve unidades de cuidados intensivos, en Sao Paulo, Brasil, de septiembre a diciembre de 2012. La carga de trabajo de enfermería se midió por lo Nursing Activities Score (NAS). Las pruebas t de Student, test exacto de Fisher y regresiones logísticas fueron utilizados. Resultados La muestra fue de 835 pacientes (54,3±17,3 años; 57,5% hombres), entre los cuales el 12,5% adquirió IH. El NAS de pacientes admitidos a tratamiento clínico fue de 71,3±10,9 y quirúrgico, 71,6±9,2. La duración de la estancia en la unidad y la gravedad fueron factores predictivos de la ocurrencia de IH en pacientes ingresados en la UCI para el tratamiento médico o quirúrgico y los hombres sólo para los pacientes quirúrgicos. Al considerar las admisiones independientes del tipo de tratamiento, índice de comorbilidad también se mantuvo en el modelo de regresión. El NAS no fue predictivo de IH. Conclusión La carga de trabajo de enfermería ejerce ninguna influencia sobre la ocurrencia de IH en los pacientes analizados. Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem2015-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/10951810.1590/S0080-623420150000700006Revista da Escola de Enfermagem da USP; v. 49 (2015): Número Especial; 36-42Revista da Escola de Enfermagem da USP; Vol. 49 (2015): Special Number; 36-42Revista da Escola de Enfermagem da USP; Vol. 49 (2015): Numero Especial; 36-421980-220X0080-6234reponame:Revista da Escola de Enfermagem da USP (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/109518/107995https://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/109518/107996http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessNogueira, Lilia de SouzaFerretti-Rebustini, Renata Eloah de LucenaPoveda, Vanessa de BritoSilva, Rita de Cassia Gengo eBarbosa, Ricardo LuisOliveira, Elaine Machado deAndolhe, RafaelaPadilha, Kátia Grillo2016-03-22T13:28:16Zoai:revistas.usp.br:article/109518Revistahttps://www.revistas.usp.br/reeuspPUBhttps://www.revistas.usp.br/reeusp/oai||nursingscholar@usp.br1980-220X0080-6234opendoar:2016-03-22T13:28:16Revista da Escola de Enfermagem da USP (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
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