Iatrogeny in intensive care nursing: multidimensional analysis: previous note
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1988 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Escola de Enfermagem da USP (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/135932 |
Resumo: | A meta principal da assistência de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é atingir o pronto restabelecimento das funções vitais do paciente, dentro de um sistema que lhe proporcione o máximo de segurança. Esta segurança, entretanto, fica severamente comprometida quando ocorrem acidentes iatrogênicos que podem trazer conseqüência danosa ao paciente. No entanto, há indícios de que o número de ocorrências registradas é inferior à sua incidência, o que pressupõe a existência de fatores de risco que interferem na assistência ao paciente crítico. A palavra iatrogênese deriva-se do grego e é composta por "iatros", que significa médico, e "gênese", origem \ Apesar de ter morfológicamente significado específico, o termo tem sido empregado largamente para identificar uma ação prejudicial. Segundo LACAZ et alii3, "doença iatrógena" é a doença despertada pelo próprio médico, por um de seus assistentes, pelos farmacêuticos e também pelos enfermeiros. A participação dos enfermeiros na incidência de ocorrências iatro-gênicas tem sido apontada como decorrente de várias situações: administração de medicamentos em concentração incorreta, omissão de doses, aplicação em horários e vias impróprias, queimaduras provocadas por bolsa de água quente, hemorragias por desconexão de catéteres, asfixia por obstrução de cánula endotraqueal, fraturas e traumas resultantes de queda, entre outros12. OGUISSO5, em estudo realizado sobre os aspectos legais das anotações de enfermagem, constatou as seguintes ocorrências listadas em ordem decrescente, segundo a freqüência obtida: queda do leito, administração de medicação trocada queimaduras, hemorragia por falta de vigilancia, passagem de sonda nasogástrica ectópica e troca de crianças. Conclui ainda que, apesar da gravidade dos eventos, as anotações são incorretas, incompletas e sem rubrica. Ocorrências conforme as acima citadas podem acontecer em qualquer unidade hospitalar, e levam a pensar inclusive nas unidades especializadas que, atendendo apenas a pacientes graves e de alto risco, os tornam sujeitos a terapêuticas sofisticadas e de grande complexidade, como é o caso das UTIs. A exposição dos pacientes a maior diversidade de procedimentos invasivos, o fato de estar ligado a fios e aparelhos, que lhes são muitas vezes vitais, e a própria dependência, quase sempre total da enfermagem, os caracterizam como mais suscetíveis a riscos? Qual seria a freqüência de incidentes nessas unidades? Quais seriam os fatores de risco associados a essas ocorrências? Parece evidente, no entanto, que não basta apenas conhecer a incidência das iatrogenias e as conseqüências delas advindas; é necessário antes, explorar as condições nas quais ocorrem e, sobretudo, determinar os fatores de risco geradores do problema, para que se possa atuar efetivamente sobre eles. Assim sendo, este trabalho tem por finalidade estudar a iatrogenia em enfermagem na UTI, sob enfoque sistêmico, de modo a proporcionar análise mais abrangente do problema, dos fatores de risco que lhe são inerentes, bem como estabelecer as possíveis interligações entre eles. |
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Iatrogeny in intensive care nursing: multidimensional analysis: previous noteIATROGENIA EM ENFERMAGEM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: ANÁLISE MULDIMENCIONAL DO PROBLEMAA meta principal da assistência de enfermagem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é atingir o pronto restabelecimento das funções vitais do paciente, dentro de um sistema que lhe proporcione o máximo de segurança. Esta segurança, entretanto, fica severamente comprometida quando ocorrem acidentes iatrogênicos que podem trazer conseqüência danosa ao paciente. No entanto, há indícios de que o número de ocorrências registradas é inferior à sua incidência, o que pressupõe a existência de fatores de risco que interferem na assistência ao paciente crítico. A palavra iatrogênese deriva-se do grego e é composta por "iatros", que significa médico, e "gênese", origem \ Apesar de ter morfológicamente significado específico, o termo tem sido empregado largamente para identificar uma ação prejudicial. Segundo LACAZ et alii3, "doença iatrógena" é a doença despertada pelo próprio médico, por um de seus assistentes, pelos farmacêuticos e também pelos enfermeiros. A participação dos enfermeiros na incidência de ocorrências iatro-gênicas tem sido apontada como decorrente de várias situações: administração de medicamentos em concentração incorreta, omissão de doses, aplicação em horários e vias impróprias, queimaduras provocadas por bolsa de água quente, hemorragias por desconexão de catéteres, asfixia por obstrução de cánula endotraqueal, fraturas e traumas resultantes de queda, entre outros12. OGUISSO5, em estudo realizado sobre os aspectos legais das anotações de enfermagem, constatou as seguintes ocorrências listadas em ordem decrescente, segundo a freqüência obtida: queda do leito, administração de medicação trocada queimaduras, hemorragia por falta de vigilancia, passagem de sonda nasogástrica ectópica e troca de crianças. Conclui ainda que, apesar da gravidade dos eventos, as anotações são incorretas, incompletas e sem rubrica. Ocorrências conforme as acima citadas podem acontecer em qualquer unidade hospitalar, e levam a pensar inclusive nas unidades especializadas que, atendendo apenas a pacientes graves e de alto risco, os tornam sujeitos a terapêuticas sofisticadas e de grande complexidade, como é o caso das UTIs. A exposição dos pacientes a maior diversidade de procedimentos invasivos, o fato de estar ligado a fios e aparelhos, que lhes são muitas vezes vitais, e a própria dependência, quase sempre total da enfermagem, os caracterizam como mais suscetíveis a riscos? Qual seria a freqüência de incidentes nessas unidades? Quais seriam os fatores de risco associados a essas ocorrências? Parece evidente, no entanto, que não basta apenas conhecer a incidência das iatrogenias e as conseqüências delas advindas; é necessário antes, explorar as condições nas quais ocorrem e, sobretudo, determinar os fatores de risco geradores do problema, para que se possa atuar efetivamente sobre eles. Assim sendo, este trabalho tem por finalidade estudar a iatrogenia em enfermagem na UTI, sob enfoque sistêmico, de modo a proporcionar análise mais abrangente do problema, dos fatores de risco que lhe são inerentes, bem como estabelecer as possíveis interligações entre eles.The nursing care in intensive care unit is to recover vital functions with maximum security. Iatrogenic accidents may occur and they will bring many injuries to patient. The number of registered occurence is lower than the incidence that implies on risk factor with interference in the care of critical patient. Iatrogenesis is derived from "iatros" as doctor and "genesis" as original. The term has been used amply to identify harmful actions. LACAZ et alii3 wrote iatrogenic illness is propagated by doctors, assistants, pharmaceutical and nurses. In relation to nursing the iatrogenic illness is derived to: drug administration in incorrect administration, burn by hot pouch, hemorrhage because disconnection of catheters, asphyxia by endotraqueal obstruction, fractures and trauma consequece of fall and others1,2. OGUISSO5 studied legal aspects of nursing record and obtained, in decrescent order: fall of bed, change drug administration, burn, hemorhage as vigilance fault, nasogastric ectopic catheter, change of children. She concluded that the events are grave, there were incorrect recording and without rubric. These incidents will be more possible to occur in special units where there are critical patients with sophisticated procedures like the intensive care units. Many questions will be asked: how many times the incidents occured in those units? What are risk factors associated with these occurence? In this projects, we will study the conditions that they occured, analysis with sistemic approach and determine risk factors inherent in the iatrogenic illness and other connections.Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem1988-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/13593210.1590/0080-6234198802200100141Revista da Escola de Enfermagem da USP; v. 22 n. 1 (1988); 141-143Revista da Escola de Enfermagem da USP; Vol. 22 No. 1 (1988); 141-143Revista da Escola de Enfermagem da USP; Vol. 22 Núm. 1 (1988); 141-1431980-220X0080-6234reponame:Revista da Escola de Enfermagem da USP (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/135932/131748http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPadilha, Kátia Grillo2017-08-11T17:50:59Zoai:revistas.usp.br:article/135932Revistahttps://www.revistas.usp.br/reeuspPUBhttps://www.revistas.usp.br/reeusp/oai||nursingscholar@usp.br1980-220X0080-6234opendoar:2017-08-11T17:50:59Revista da Escola de Enfermagem da USP (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Revista da Escola de Enfermagem da USP; v. 22 n. 1 (1988); 141-143 Revista da Escola de Enfermagem da USP; Vol. 22 No. 1 (1988); 141-143 Revista da Escola de Enfermagem da USP; Vol. 22 Núm. 1 (1988); 141-143 1980-220X 0080-6234 reponame:Revista da Escola de Enfermagem da USP (Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
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