Physical Education in the Portuguese educational system: reaffirming hegemonic masculinity

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Paula
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Botelho-Gomes, Paula, Goellner, Silvana Vilodre
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16697
Resumo: Estudar as questões de gênero implica análises à construção das masculinidades e feminilidades, cientes de que estas são históricas, mutantes e provisórias. O modo adequado de se tornar homem adulto, numa determinada sociedade, é uma construção cultural que pode implicar em vivências mais ou menos dramáticas. “Ser homem", nunca se reduz aos caracteres sexuais, mas sim a um conjunto de atributos morais de condutas socialmente sancionadas e constantemente reavaliadas, negociadas, relembradas, ou seja, em constante processo de construção (VALE DE ALMEIDA, 2000). O desporto, considerado como um território de prevalência masculina tem sido palco privilegiado para a construção de determinadas representações de masculinidade, seja no alto rendimento, no lazer ou na escola. Identificando-o como um espaço de generificação dos corpos, este estudo tem como objetivo analisar representações de masculinidade hegemónica no âmbito da disciplina curricular Educação Física no sistema educativo português. Os dados analisados provêm de entrevistas semi-estruturadas feitas a 10 docentes e 40 discentes e da observação de 60 aulas. O processo de análise dos dados orientou-se pela abordagem qualitativa onde foi utilizada a aplicação indutiva de conceitos 'sensitizing' (PATTON, 2002). As entrevistas foram sujeitas a uma análise interpretativa decorrente do tratamento da informação pelo programa QSRNVivo. A análise dos dados empíricos permitem identificar que as práticas desportivas parecem ser propagadoras de uma masculinização hegemônica, com uma implicita aprendizagem e reconhecimento do necessário código 'masculino' imprescindível a uma plena afirmação e aceitação do ser homem.
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