"Do outside": corpo e natureza, medo e gênero no surfe universitário paulistano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bandeira, Marília Martins
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Rubio, Kátia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16799
Resumo: Ao objetivo primeiro desta pesquisa, descrever as dinâmicas do surfe e os significados de sua prática, em especial a relação ser humano/natureza estabelecida por meio do esporte, somaram-se outros objetivos: problematizar a aproximação do pesquisador de seu campo de investigação, a possibilidade de um pesquisador realizar uma investigação através de seu próprio corpo e discutir a questão de gênero no surfe. Sobre o objetivo primeiro desta pesquisa, vivendo e descrevendo as dinâmicas do surfe encontrou-se os significados da relação do surfista com o mar nas sensações corporais experimentadas nas técnicas do remar, sentar, dar o joelhinho e dropar a onda. Que ser capaz de passar a rebentação é associado a um retorno bem sucedido à comunhão do homem com a natureza, sendo as cores, formas e sensações do "outside" o privilégio daquele que vence as dificuldades do tornar-se e ser surfista. Mas, que estas sensações são tidas como possibilidades de corpos corajosos e hábeis, "a priori", entendidos como corpos masculinos. O surfe como campo em que o feminino é visto ainda como exceção dá a pensar que os esportes na natureza e a educação ao ar livre, embora tenham potencial de promover novas condutas políticas e a virtuosa sensibilidade ambiental, não estão livres de reproduzir outros padrões de dominação.
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