A estreia da arte brasileira na Exposição Internacional de Arte de Veneza (1950)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roquetti, Dunia
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: ARS (São Paulo. Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ars/article/view/205384
Resumo: Após uma falida tentativa de estreia na 24ª Bienal de Veneza (1948), o Brasil fez seu debuto na 25ª edição (1950), sob gestão e financiamento de Francisco Matarazzo Sobrinho. Reconstruindo o percurso de afirmação de Matarazzo junto à entidade italiana e à luz dos registros históricos referentes à recepção deste debuto, este artigo examina o duplo lugar concedido à arte brasileira pela mídia internacional: um, repleto de descaso, ao reproduzir exaustivamente o texto do catálogo expositivo produzido pelos próprios brasileiros, ao posto de uma análise personificada e séria do conjunto; outro, propagador de estereótipos, como “espírito primitivo indígena”, “truculência popularesca”, “iconografia exótica e violenta” e “primitivismo selvagem”.  
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spelling A estreia da arte brasileira na Exposição Internacional de Arte de Veneza (1950)El debut del arte brasileño en la Exhibición Internacional de Arte de Venecia (1950)The Debut of Brazilian Art at the Venice International Art Exhibition (1950)Brazilian Modern ArtVenice BiennaleStereotypesFrancisco Matarazzo SobrinhoArte moderna brasileiraBienal de VenezaEstereótiposFrancisco Matarazzo SobrinhoArte moderno brasileñoBienal de VeneciaEstereotiposFrancisco Matarazzo Sobrinho Após uma falida tentativa de estreia na 24ª Bienal de Veneza (1948), o Brasil fez seu debuto na 25ª edição (1950), sob gestão e financiamento de Francisco Matarazzo Sobrinho. Reconstruindo o percurso de afirmação de Matarazzo junto à entidade italiana e à luz dos registros históricos referentes à recepção deste debuto, este artigo examina o duplo lugar concedido à arte brasileira pela mídia internacional: um, repleto de descaso, ao reproduzir exaustivamente o texto do catálogo expositivo produzido pelos próprios brasileiros, ao posto de uma análise personificada e séria do conjunto; outro, propagador de estereótipos, como “espírito primitivo indígena”, “truculência popularesca”, “iconografia exótica e violenta” e “primitivismo selvagem”.   Después de un intento fallido de estrenar en la 24ª Bienal de Venecia de la posguerra (1948), Brasil hizo su debut en la 25ª edición (1950), con un conjunto de 12 artistas y 58 obras reunidas por el antiguo Museo de Arte Moderno de São Paulo, bajo la gestión y financiamiento de Francisco Matarazzo Sobrinho. Reconstruyendo el camino de afirmación de Matarazzo en la entidad italiana y a la luz de los registros históricos referentes a la recepción de este debut, este artículo examina el doble lugar concedido al arte brasileño por los medios de comunicación internacionales: uno lleno de desdén, al reproducir exhaustivamente el texto del catálogo expositivo producido por los propios brasileños, al puesto de un análisis personificado y serio del conjunto; otro propagador de estereotipos, como “espíritu primitivo indígena”, “truculencia popularesca”, “iconografía exótica y violenta” y “primitivismo salvaje”.Following a failed attempt to participate in the 24th Venice Biennale (1948), Brazil made its premiere at the 25th Venice Biennale (1950), under the management and financed by Francisco Matarazzo Sobrinho. Reconstructing the path leading to the affirmation of Matarazzo with the aforementioned Italian entity and in accordance with the historical records referring to the reception of this debut, this article shall examine the duality of the placing attributed to Brazilian art by the international media: one displaying negligence in exhaustively reproducing the exhibition catalogue text written by the Brazilians themselves, subject to personified and serious analysis of the group, and another propagating stereotypes, such as the “primitive indigenous spirit”, “popular truculence”, “exotic and violent iconography” and “savage primitivism”.Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes2023-04-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ars/article/view/20538410.11606/issn.2178-0447.ars.2023.205384ARS (São Paulo); v. 21 n. 47 (2023); 164-197ARS; Vol. 21 Núm. 47 (2023); 164-197ARS; Vol. 21 No. 47 (2023); 164-1972178-04471678-5320reponame:ARS (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ars/article/view/205384/193606Copyright (c) 2023 Dunia Roquettihttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessRoquetti, Dunia2023-05-10T00:32:15Zoai:revistas.usp.br:article/205384Revistahttp://www.scielo.br/arsPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||ars@usp.br2178-04471678-5320opendoar:2023-05-10T00:32:15ARS (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
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