A invenção do inexperiente: dos classificados de emprego no Brasil do século XX ao jogo de classificações curriculares do(s) presente(s)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcel Francis D\'Angio Engelberg
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.48.2023.tde-01112023-145851
Resumo: ENGELBERG, Marcel Francis D\'Angio. A invenção do inexperiente: dos classificados de emprego no Brasil do século XX ao jogo de classificações curriculares do(s) presente(s). 2023. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023. É possível que um dia a palavra experiência se aposente. Assim, com ela e de uma vez só, todos os atuais experientes talvez saíssem de cena. Na tagarelice humana, esse parece ser o destino, mais cedo ou mais tarde, de todas as palavras: des-aparecer. Já aconteceu uma vez com a experiência. Mas não há nisso premonição nem atualidades. Foi na história. A experiência foi inventada. E o experiente também. Deu até nos jornais: saiu publicado em suas próprias páginas. De lá para cá não se parou mais de trabalhar e dar o que falar. Faltaria agora aposentar. A invenção do inexperiente faz parte dessa história e será contada a seguir. Pelo menos em partes e na história presente do Brasil. Do século XX para cá. Entre as áreas da educação e do trabalho. A partir das linhas dos classificados de emprego num longevo e conhecido jornal. Nesse período, uma escola moderna nasceu e se expandiu, bem como surgiu, e rapidamente evoluiu, um mercado formal de trabalho livre no país. O inexperiente, por sua parte, parece que nesses campos floriu e não se diminuiu. Filósofos e outros pensadores como o francês Michel Foucault (1926-1984) foram aqui convidados para entender melhor essa história. Os floristas, a propósito, fiquem aqui igualmente à vontade: nesses campos da educação e do trabalho formal, a arte também pode ocupar sua parte. Ou \"poderria\": mesmo por meio dessa palavra inventada que tenta reunir em si poder e riso. É que a política, o humor e outras possibilidades dos (res)sentidos, mais do que somente envelhecidos insentAtos e bom (in)senso, podem ser aqui igualmente (in)esperados. Acenda os seus. E os (in)experientes presentes, mais ou menos im-pacientes, quem sabe possam, na loteria desse jogo vocabular da vida, imaginar os planos da (hipó)tese também de uma espécie de \"aposentadorria\". Por fim, esta tese não contém manifestos senão aqueles das peri-patéticas peri-pécias que são as disputas por palavras - desde as filosofias mais antigas aos mais simples dos artísticos picadeiros. Em tempo (já remoto, mas sempre de luta possível): este resumo não foi e-laborado por nenhuma Inteligência Artificial, como seria qualquer outra inteligência; foi extraído dos im-pulsos que bateram ao teclado(r), assim como todas as demais linhas que se seguem.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis A invenção do inexperiente: dos classificados de emprego no Brasil do século XX ao jogo de classificações curriculares do(s) presente(s) The Invention of the Inexperienced: from the classified job ads in 20th century Brazil to the game of curriculum classifications of the present(s) 2023-09-01Cecilia Hanna MateRicardo Santos ChiquitoLuiza Helena da Silva ChristovSidmar Silveira GomesFlavia Ines SchillingMarcel Francis D\'Angio EngelbergUniversidade de São PauloEducaçãoUSPBR Classificados de emprego Currículo Curriculum Discursive Practices Educational Reforms Experience Experiência Foucault, Michel (1926-1984) Foucault, Michel (1926-1984) História do Brasil History of Brazil Inexperienced Inexperiente Job Listings Power Relations Práticas discursivas Reformas Educacionais Relações de poder ENGELBERG, Marcel Francis D\'Angio. A invenção do inexperiente: dos classificados de emprego no Brasil do século XX ao jogo de classificações curriculares do(s) presente(s). 2023. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2023. É possível que um dia a palavra experiência se aposente. Assim, com ela e de uma vez só, todos os atuais experientes talvez saíssem de cena. Na tagarelice humana, esse parece ser o destino, mais cedo ou mais tarde, de todas as palavras: des-aparecer. Já aconteceu uma vez com a experiência. Mas não há nisso premonição nem atualidades. Foi na história. A experiência foi inventada. E o experiente também. Deu até nos jornais: saiu publicado em suas próprias páginas. De lá para cá não se parou mais de trabalhar e dar o que falar. Faltaria agora aposentar. A invenção do inexperiente faz parte dessa história e será contada a seguir. Pelo menos em partes e na história presente do Brasil. Do século XX para cá. Entre as áreas da educação e do trabalho. A partir das linhas dos classificados de emprego num longevo e conhecido jornal. Nesse período, uma escola moderna nasceu e se expandiu, bem como surgiu, e rapidamente evoluiu, um mercado formal de trabalho livre no país. O inexperiente, por sua parte, parece que nesses campos floriu e não se diminuiu. Filósofos e outros pensadores como o francês Michel Foucault (1926-1984) foram aqui convidados para entender melhor essa história. Os floristas, a propósito, fiquem aqui igualmente à vontade: nesses campos da educação e do trabalho formal, a arte também pode ocupar sua parte. Ou \"poderria\": mesmo por meio dessa palavra inventada que tenta reunir em si poder e riso. É que a política, o humor e outras possibilidades dos (res)sentidos, mais do que somente envelhecidos insentAtos e bom (in)senso, podem ser aqui igualmente (in)esperados. Acenda os seus. E os (in)experientes presentes, mais ou menos im-pacientes, quem sabe possam, na loteria desse jogo vocabular da vida, imaginar os planos da (hipó)tese também de uma espécie de \"aposentadorria\". Por fim, esta tese não contém manifestos senão aqueles das peri-patéticas peri-pécias que são as disputas por palavras - desde as filosofias mais antigas aos mais simples dos artísticos picadeiros. Em tempo (já remoto, mas sempre de luta possível): este resumo não foi e-laborado por nenhuma Inteligência Artificial, como seria qualquer outra inteligência; foi extraído dos im-pulsos que bateram ao teclado(r), assim como todas as demais linhas que se seguem. ENGELBERG, Marcel Francis D\'Angio. The Invention of the Inexperienced: from the classified job ads in 20th century Brazil to the game of curriculum classifications of the present(s). 2023. Thesis (Doctorate in Education) - Faculty of Education, University of São Paulo, São Paulo, 2023. It is possible that one day the word \"experience\" will be retired. In doing so, all the current experienced individuals might also follow. As human chatter goes, this seems to be the fate, sooner or later, of all words: to dis-appear. It has already happened once with \"experience\". However, there is no premonition or timelines in this statement. It occurred in history. Experience was invented, and so was the experienced. It even made it to the headlines. Since then, it has not stopped working and giving something to talk about. What is left now is for it to be retired. The invention of the inexperienced is part of this story and will be told below. At least in parts and within the current history of Brazil, from the 20th century on, bridging the fields of education and employment. From the lines of job listings of a long-standing and well-known newspaper. During this period, a modern school emerged and expanded as also did a free labor formal market in the country. The inexperienced, on its part, seems to have flourished in these fields and did not diminish. Philosophers and other thinkers, such as the French Michel Foucault (1926-1984), have been invited here to better understand this story. By the way, florists are also welcome here: in the realms of education and formal employment, art can also play its part. Or \"poderria\": even through this invented word which, in Portuguese, tries to combine power (\"poder\") and laugh (\"rir\"). Politics, humor, and other possibilities of the (re)sented, more than just outdated (in)censActes and good (in)sciense, can be (un)expected here too. Light yours. Those (in)experienced present, more or less im-patient, may, in the lottery of this vocabular game of life, also imagine the plans for this kind of \"retirement\" (hypo)thesis. Finally, this thesis contains no manifestos other than those of peri-pathetic peri-peties, which are the disputes over words - from ancient philosophies to the simplest of artistic arenas. Right on time (now remote, but always plausible of confrontation): it is worth noting that this abstract was not e-laborated by any Artificial Intelligence, just as any other intelligence would be; it was extracted from the im-pulses that struck the keyboard and the typer just like all the following lines. https://doi.org/10.11606/T.48.2023.tde-01112023-145851info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:03:30Zoai:teses.usp.br:tde-01112023-145851Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T11:59:02.334436Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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