Aspectos biológicos e não-preferência para alimentação e oviposição de Ascia monuste orseis (Godart, 1819) (Lep., Pieridae) em cultivares de couve (Brassica oleracea L. var. acephala DC.)

• Autor(a) principal: Marilene Fancelli
• Data de Publicação: 1990
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.11.2019.tde-20191218-171714

No presente trabalho, estudou-se o efeito de 15 cultivares de couve sobre o desenvolvimento e longevidade de Ascia monuste orseis (Godart, 1819). Com base nos resultados desse estudo, avaliou-se a não-preferência do inseto para alimentação (com e sem livre chance de escolha) e para oviposição (com livre chance de escolha) nos três genótipos menos adequados ao desenvolvimento do inseto e nos três mais adequados. Com exceção do teste de não-preferência para oviposição, que foi realizado em casa-de-vegetação, os demais estudos foram conduzidos no Laboratório de Resistência de Plantas a Insetos do Departamento de Entomologia da ESALQ/USP, Piracicaba, SP. Constatou-se efeito das cultivares testadas sobre a duração da fase larval, viabilidade das fases larval e pupal e peso das lagartas com 8 dias de idade. A duração da fase pupal, o peso das pupas e a longevidade dos adultos não foram afetados pelos genótipos utilizados na alimentação das lagartas. Na fase pupal, os machos foram mais pesados do que as fêmeas. Em termos biológicos, as três cultivares menos adequadas ao desenvolvimento do inseto foram Manteiga Tupi, Roxa Monte Alegre e Verde Escura, enquanto Crespa 918, Crespa Capão Bonito e Manteiga 916 foram as mais adequadas. Não foram constatadas diferenças significativas entre os genótipos, em relação à preferência para alimentação de lagartas de 1º e 4º instar e em relação a preferência para oviposição. As cultivares afetaram a preferência para alimentação de lagartas de 5º instar, sendo 'Crespa Capão Bonito', de modo geral, a menos preferida.