Prevalência da incontinência urinária na mulher atleta: revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Thais Regina de Mattos Lourenço
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.5.2021.tde-23092021-125053
Resumo: Introdução: Exercícios físicos, profissionais ou não, geram impactos que interferem na musculatura do assoalho pélvico. O tipo de atividade, movimentos realizados, frequência e intensidade de treinamento podem ser fatores determinantes. Porém, ainda é controverso se esse impacto fortalece ou enfraquece o tônus ou altera a função nesses músculos, determinando proteção, aparecimento ou piora de incontinência urinária (IU). Objetivos: determinar a prevalência de incontinência urinária em mulheres atletas e como o impacto no solo durante o esporte pode influenciar a IU. Métodos: Foi realizada revisão sistemática utilizando-se as bases PubMed, Cochrane Library e Lilacs até 31 de julho de 2020. A estratégica de busca utilizou os descritores Pelvic Floor Disorders, Urinary Incontinence, Athletes, Sports e sinônimos. Incluíram-se estudos com mulheres que praticam qualquer tipo de atividade física que mostravam prevalência de IU. Os sujeitos eram mulheres atletas, independentemente da idade, tipo de atividade ou frequência de treino. O desfecho principal foi prevalência de incontinência. Resultados: A busca retornou 471 estudos, 40 deles de acordo com o critério metodológico para a análise de acordo com o PRISMA. Identificamos 9902 mulheres entre 12 e 71 anos. Apenas 6 estudos compararam mulheres fisicamente ativas com grupo-controle. No total, 26 modalidades esportivas foram analisadas. A prevalência de IU variou de 0% em atividades de baixo ou sem impacto (patinação e golfe) a 80% em trampolinistas. Fatores como uso de hormônio, tabagismo ou estado menopausal não puderam ser acessados, pois, na maioria dos estudos, essas características não foram detalhadas. Houve alta heterogeneidade entre os estudos incluídos. A prevalência de IU em esportes de alto impacto foi 47,52%. Esportes de médio e baixo impacto apresentaram prevalência de IU de 33,41% e 20,28%; respectivamente. Em estudos com grupo-controle, houve aumento do risco de IU em atletas (OR 2,83). Conclusão: Identificamos aumento do risco de IU nas atletas em relação à população geral, porém estudos mais homogêneos são necessários para estabelecer uma relação entre as diferentes intensidades de impacto e IU
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis Prevalência da incontinência urinária na mulher atleta: revisão sistemática Urinary incontinence in female athlete: systematic review 2021-05-25Jorge Milhem HaddadJosé Maria Soares JúniorEmerson de OliveiraAparecida Maria PacettaThais Regina de Mattos LourençoUniversidade de São PauloMedicina (Obstetrícia e Ginecologia)USPBR Assoalho pélvico Athletes Atletas Disfunção do assoalho pélvico Esportes Incontinência urinária Pelvic floor Pelvic floor disorders Revisão sistemática Sports Systematic review Urinary incontinence Introdução: Exercícios físicos, profissionais ou não, geram impactos que interferem na musculatura do assoalho pélvico. O tipo de atividade, movimentos realizados, frequência e intensidade de treinamento podem ser fatores determinantes. Porém, ainda é controverso se esse impacto fortalece ou enfraquece o tônus ou altera a função nesses músculos, determinando proteção, aparecimento ou piora de incontinência urinária (IU). Objetivos: determinar a prevalência de incontinência urinária em mulheres atletas e como o impacto no solo durante o esporte pode influenciar a IU. Métodos: Foi realizada revisão sistemática utilizando-se as bases PubMed, Cochrane Library e Lilacs até 31 de julho de 2020. A estratégica de busca utilizou os descritores Pelvic Floor Disorders, Urinary Incontinence, Athletes, Sports e sinônimos. Incluíram-se estudos com mulheres que praticam qualquer tipo de atividade física que mostravam prevalência de IU. Os sujeitos eram mulheres atletas, independentemente da idade, tipo de atividade ou frequência de treino. O desfecho principal foi prevalência de incontinência. Resultados: A busca retornou 471 estudos, 40 deles de acordo com o critério metodológico para a análise de acordo com o PRISMA. 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Conclusão: Identificamos aumento do risco de IU nas atletas em relação à população geral, porém estudos mais homogêneos são necessários para estabelecer uma relação entre as diferentes intensidades de impacto e IU Background: Physical exercises, professional or not, generate impacts that interfere with the pelvic floor musculature. Type of activity, movements, frequency and intensity of training can be determining factors. It is still controversial as to whether this impact strengthens or weakens the tone or changes muscle function for determining the protection, onset, or worsening of urinary incontinence (UI). Through a systematic review, our objective is to determine the prevalence of UI in women who exercise, according to the impact of various sports on the pelvic floor. Methods: An updated systematic review was carried out using the PubMed, Cochrane Library, and Lilacs databases until July 31, 2020 for studies with women who practiced any physical activity and showed prevalence of UI. Results: We found 471 studies, 40 of which follow the methodological criteria for analysis according to PRISMA. A total of 9902 women, between 12 and 71 years of age, were identified, and a total of 26 sports modalities were analyzed. The prevalence of UI ranged from 0% in low or no impact activities (skating and golf) to 80% in trampolinists. There was high heterogeneity among the included studies, and the prevalence of UI for high-impact sports was 47.52%. For medium and low impact UI, the prevalence was 33.41% and 20.28%, respectively. Additionally, in studies with a control group, there was an increased risk of developing UI in athletes (OR 2.83). Conclusion: We identified an increased risk for UI in athletes in relation to the general population, but more homogeneous studies are necessary to establish a relationship between the different impact intensities https://doi.org/10.11606/D.5.2021.tde-23092021-125053info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T19:59:44Zoai:teses.usp.br:tde-23092021-125053Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T13:12:27.928314Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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