A BICICLETA QUE TINHA BIGODES’ E A CARTA DO MENINO N
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2022 |
Format: | Article |
Language: | por |
Source: | Caderno Seminal Digital |
Download full: | https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/60261 |
Summary: | O presente texto propõe desvelar o lugar da infância a partir das crianças narradoras apresentadas pelo escritor angolano Ondjaki. O estudo propõe-se a um diálogo com a obra literária A Bicicleta Que Tinha Bigodes(2012) e a pluralidade da infância presente nas discussões de Larrosa (2004), Kohan (2010), Kramer (2009). Nesse sentido, ancorou-se em uma escolha metodológica a partir das contribuições das diferentes áreas do conhecimento e suas relações com a infância. Ressalta-se, também, as contribuições do pensamento africano acerca do cuidado de si e do outro, ou seja, uma ética da sensibilidade, constituída pelo equilíbrio das relações de existência, pois há seres coisas e há seres humanos que se harmonizam em convivência plena. Ainda por este estudo, evidenciou-se o que a literatura provoca-nos a pensar acerca das infâncias, da alteridade e da ancestralidade. A ideia central deste texto pauta-se em uma permeabilidade conceitual que possa ser aporte para pensar qual é o lugar da infância, a partir das imagens literárias da obra mencionada e do contexto angolano de resgate de afetos e defesa de um poder político pós-independência que se assentava como hostil e belicoso. Talvez também seja possível pensar que a importância da infância seja equivalente a um resgate da utopia, tal como a revolução foi a utopia da geração anterior aos anos 80. Essas escolhas, em busca de entrecruzar literatura e infância, permitiram um olhar ao que diz o Menino N, ou menino narrador, em narrativas de uma infância vivida em Angola, em um momento histórico marcado pela guerra civil e pela presença soviética e cubana em Angola. Importa dizer de um narrar a vida ainda em estado de infância.Palavras-chave: Infância. Menino N. Ondjaki. |
id |
UERJ-7_24a8534f8cbd31f2ce4b8ab5acb7c6d6 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/60261 |
network_acronym_str |
UERJ-7 |
network_name_str |
Caderno Seminal Digital |
repository_id_str |
|
spelling |
A BICICLETA QUE TINHA BIGODES’ E A CARTA DO MENINO NInfância. Menino N. Ondjaki.O presente texto propõe desvelar o lugar da infância a partir das crianças narradoras apresentadas pelo escritor angolano Ondjaki. O estudo propõe-se a um diálogo com a obra literária A Bicicleta Que Tinha Bigodes(2012) e a pluralidade da infância presente nas discussões de Larrosa (2004), Kohan (2010), Kramer (2009). Nesse sentido, ancorou-se em uma escolha metodológica a partir das contribuições das diferentes áreas do conhecimento e suas relações com a infância. Ressalta-se, também, as contribuições do pensamento africano acerca do cuidado de si e do outro, ou seja, uma ética da sensibilidade, constituída pelo equilíbrio das relações de existência, pois há seres coisas e há seres humanos que se harmonizam em convivência plena. Ainda por este estudo, evidenciou-se o que a literatura provoca-nos a pensar acerca das infâncias, da alteridade e da ancestralidade. A ideia central deste texto pauta-se em uma permeabilidade conceitual que possa ser aporte para pensar qual é o lugar da infância, a partir das imagens literárias da obra mencionada e do contexto angolano de resgate de afetos e defesa de um poder político pós-independência que se assentava como hostil e belicoso. Talvez também seja possível pensar que a importância da infância seja equivalente a um resgate da utopia, tal como a revolução foi a utopia da geração anterior aos anos 80. Essas escolhas, em busca de entrecruzar literatura e infância, permitiram um olhar ao que diz o Menino N, ou menino narrador, em narrativas de uma infância vivida em Angola, em um momento histórico marcado pela guerra civil e pela presença soviética e cubana em Angola. Importa dizer de um narrar a vida ainda em estado de infância.Palavras-chave: Infância. Menino N. Ondjaki.Universidade do Estado do Rio de Janeiro2022-02-10info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/6026110.12957/seminal.2022.60261Caderno Seminal; n. 41 (2022): Imagens de infâncias em literaturas africanas e/ou das diásporas africanas1806-91421414-4298reponame:Caderno Seminal Digitalinstname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)instacron:UERJporhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/60261/41348Copyright (c) 2022 Caderno Seminalinfo:eu-repo/semantics/openAccessSantos, Izabel Cristina da Rosa Gomes dos2023-11-30T18:58:42Zoai:ojs.www.e-publicacoes.uerj.br:article/60261Revistahttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/cadernoseminalPUBhttps://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/cadernoseminal/oaidarciliasimoes@gmail.com||flavgarc@gmail.com||flavgarc@gmail.com||darciliasimoes@gmail.com|| flavgarc@gmail.com|| flavgarc@gmail.com1806-91421806-9142opendoar:2023-11-30T18:58:42Caderno Seminal Digital - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A BICICLETA QUE TINHA BIGODES’ E A CARTA DO MENINO N |
title |
A BICICLETA QUE TINHA BIGODES’ E A CARTA DO MENINO N |
spellingShingle |
A BICICLETA QUE TINHA BIGODES’ E A CARTA DO MENINO N Santos, Izabel Cristina da Rosa Gomes dos Infância. Menino N. Ondjaki. |
title_short |
A BICICLETA QUE TINHA BIGODES’ E A CARTA DO MENINO N |
title_full |
A BICICLETA QUE TINHA BIGODES’ E A CARTA DO MENINO N |
title_fullStr |
A BICICLETA QUE TINHA BIGODES’ E A CARTA DO MENINO N |
title_full_unstemmed |
A BICICLETA QUE TINHA BIGODES’ E A CARTA DO MENINO N |
title_sort |
A BICICLETA QUE TINHA BIGODES’ E A CARTA DO MENINO N |
author |
Santos, Izabel Cristina da Rosa Gomes dos |
author_facet |
Santos, Izabel Cristina da Rosa Gomes dos |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Santos, Izabel Cristina da Rosa Gomes dos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Infância. Menino N. Ondjaki. |
topic |
Infância. Menino N. Ondjaki. |
description |
O presente texto propõe desvelar o lugar da infância a partir das crianças narradoras apresentadas pelo escritor angolano Ondjaki. O estudo propõe-se a um diálogo com a obra literária A Bicicleta Que Tinha Bigodes(2012) e a pluralidade da infância presente nas discussões de Larrosa (2004), Kohan (2010), Kramer (2009). Nesse sentido, ancorou-se em uma escolha metodológica a partir das contribuições das diferentes áreas do conhecimento e suas relações com a infância. Ressalta-se, também, as contribuições do pensamento africano acerca do cuidado de si e do outro, ou seja, uma ética da sensibilidade, constituída pelo equilíbrio das relações de existência, pois há seres coisas e há seres humanos que se harmonizam em convivência plena. Ainda por este estudo, evidenciou-se o que a literatura provoca-nos a pensar acerca das infâncias, da alteridade e da ancestralidade. A ideia central deste texto pauta-se em uma permeabilidade conceitual que possa ser aporte para pensar qual é o lugar da infância, a partir das imagens literárias da obra mencionada e do contexto angolano de resgate de afetos e defesa de um poder político pós-independência que se assentava como hostil e belicoso. Talvez também seja possível pensar que a importância da infância seja equivalente a um resgate da utopia, tal como a revolução foi a utopia da geração anterior aos anos 80. Essas escolhas, em busca de entrecruzar literatura e infância, permitiram um olhar ao que diz o Menino N, ou menino narrador, em narrativas de uma infância vivida em Angola, em um momento histórico marcado pela guerra civil e pela presença soviética e cubana em Angola. Importa dizer de um narrar a vida ainda em estado de infância.Palavras-chave: Infância. Menino N. Ondjaki. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-02-10 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/60261 10.12957/seminal.2022.60261 |
url |
https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/60261 |
identifier_str_mv |
10.12957/seminal.2022.60261 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.e-publicacoes.uerj.br/cadernoseminal/article/view/60261/41348 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2022 Caderno Seminal info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2022 Caderno Seminal |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
Caderno Seminal; n. 41 (2022): Imagens de infâncias em literaturas africanas e/ou das diásporas africanas 1806-9142 1414-4298 reponame:Caderno Seminal Digital instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) instacron:UERJ |
instname_str |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
instacron_str |
UERJ |
institution |
UERJ |
reponame_str |
Caderno Seminal Digital |
collection |
Caderno Seminal Digital |
repository.name.fl_str_mv |
Caderno Seminal Digital - Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
darciliasimoes@gmail.com||flavgarc@gmail.com||flavgarc@gmail.com||darciliasimoes@gmail.com|| flavgarc@gmail.com|| flavgarc@gmail.com |
_version_ |
1799318409737928704 |