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A vivência do cuidador familiar de idosos com doença de Alzheimer: contribuições da Gestalt-terapia, na perspectiva fenomenológico-existencial, para cuidado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Berta Sheila de Souza
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22210
Resumo: O objeto de estudo é a vivência do cuidador familiar de idoso com doença de Alzheimer, contribuições da Gestalt-terapia para o cuidado. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo descritiva, com abordagem fenomenológica. O referencial teórico foi a teoria da Gestalt-terapia que consiste em uma abordagem da psicologia que fundamenta-se na fenomenologia, existencialismo e humanismo. O referencial metodológico foi a fenomenologia de Edmund Hurssel adaptada para o campo de pesquisa por Clark Moustakas utilizando a redução fenomenológica ( epoché) e análise intencional. Os objetivos da pesquisa foram: descrever a percepção do cuidador familiar sobre a atividade de cuidar de idosos com Alzheimer; analisar o impacto dessas atividades na vida do cuidador considerando aspectos biológicos e emocionais e discutir as modificações na vida do cuidador familiar e sua capacidade de adaptação à luz da Gestalt-Terapia. Os sujeitos da pesquisa foram os cuidadores familares de idosos com doença de Alzheimer. A coleta de dados foi realizada no período de abril a setembro de 2014, no programa de extensão EASIC, realizado no Mequinho/UFF, consistindo em análise documental ( prontuário), entrevistas fenomenológicas. Análise dos dados foi o modelo de Análise Intencional de Clark Moustakas que através da delimitação de temas que se repetissem nas falas dos participantes, identificadas na estrutura universal de redução fenomenológica: tempo, espaço, materialidade, relação com o corpo, relação com o mundo próprio, relação com os outros e relação com as coisas e mundo circundante. Foram entrevistas 10 participantes, que deveriam responder as seguintes questões: Como a sua vida se encontra desde o diagnóstico do Alzheimer para seu (a) familiar? Como se sente? Essas foram gravadas e transcritas. Para a realização da transcrição foi realizado o afastamento dos dados durante uma semana. Após a leitura foram marcadas as frases que se destacavam com grifos coloridos para facilitar a identificação e agrupamento das unidades temas. Foi realizada análise de cada participantes, procurando descrever a experiência para ele e depois agrupou-se os dados para formar as unidades tema da pesquisa. As Unidades tema que emergiram foram: cristalização da vida: a fixação temporal; espacialidade: deslocando para adaptar; corporeidade: integração corpo-mente; gratidão e dever como motivos para cuidar e a relação eu-outro-mundo: o cuidador familiar vivendo a solidão.Concluiu-se que o cuidador familiar apresenta modificação em sua vida, com comprometimento emocional e intenso sofrimento psíquico. Sua percepção do idoso é de que regride mentalmente, caracterizando o grau de dependência que terá. As relações familiares são afetadas com perda na comunicação e na qualidade dos afetos. O bloqueio de contato foi apresentado por (09) dos participantes, ratificando a necessidade de psicoterapia e rede de apoio para ajudá-los no enfrentamento da doença de Alzheimer. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética do HUAP – UFF, CAEE: 31286814.9.0000.5243, sob número 686.791 em 06/06/2014