Déficit hídrico e ácido abscísico no crescimento, metabolismo fotossintético e antioxidante em mudas de Calophyllum brasiliense Cambess

• Autor(a) principal: Reis, Lucas Coutinho
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFGD
• Texto Completo: http://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/1031
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS; Troca gasosa; Antioxidantes; Calophyllum brasiliense; Gas exchange; Antioxidants

As plantas quando submetidas a condições de déficit hídrico podem apresentar alterações nas características morfosiológicas, as quais podem garantir a sua adaptabilidade e sobrevivência ao estresse. Além disso, o déficit hídrico aumenta a concentração de ácido abscísico (ABA), que desencadeia diversas respostas na planta. Objetivou-se neste estudo avaliar o déficit hídrico intermitente em mudas de Calophyllum brasiliense Cambess. tratadas ou não com ácido abscísico, sob as respostas morfofisiológicas, enzimáticas e estomáticos. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no delineamento interiamente casualizado com seis tratamentos, sendo eles 1) irrigação diária sem ácido abscisico (ABA) (I 0 ABA); 2) irrigação diária + ABA 10 μM (I 10 ABA); 3) irrigação diária + ABA 100 μM (I 100 ABA); 4) suspensão da irrigação diária sem ABA (E 0 ABA); 5) suspensão da irrigação diária + ABA 10 μM (E 10 ABA); 6) suspensão da irrigação diária + ABA 100 μM (E 100 ABA) e quatro repetições. As mudas de C. brasiliense quando submetidas ao déficit hídrico apresentaram redução nas trocas gasosas, potencial hídrico da folha, aumento da atividade enzimática, alterações nos parâmetros de biomassa como diâmetro do caule, índice de clorofila, crescimento do sistema radicular, aumento da área foliar e da densidade estomática. A redução da condutância estomática foi acompanhada da taxa fotossintética e transpiratória, no entanto, as mudas que receberam a dose 10 μM de ABA mantiveram a taxa fotossintética superior aos demais tratamentos do déficit hídrico. A influência da dose 10 μM de ABA também foi observada na fluorescência da clorofila a onde as mudas que receberam essa dose não apresentaram redução na eficiência do aparato fotossintético. A atividade das enzimas antioxidantes durante os períodos de suspensão hídrica variou de acordo com a enzima, dose de ABA e parte da planta. Após reirrigação das mudas e até o final das avaliações, todas as características fisiológicas e enzimáticas estudadas sob restrição hídrica se recuperam. A restrição hídrica desencadeou respostas adaptativas em mudas Calophyllum brasiliense, como aumento no crescimento das raízes e da densidade estomática. A aplicação de 10 μM de ABA nas plantas sob déficit hídrico o efeito estressante e otimiza a recuperação das plantas após reirrigação, mantendo o pontecial hídrico e o conteúdo relativo de água na folha próximo do controle bem como a manutenção da integridade e funcionamento do aparato fotossintético. Observou-se ainda que durante o período avaliação as plantas não recuperaram seu crescimento e os aspectos estomáticos após o restabelecimento da irrigação.