Bem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitária
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Livro |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Texto Completo: | http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50952 |
Resumo: | Esta publicação foi elaborada com o objetivo de reafirmar a contribuição da Educação Popular, fundamentada no referencial teórico-metodológico freiriano, para o contexto atual: o início do século XXI, marcado pelo questionamento sobre a capacidade dos paradigmas científicos hegemônicos, das instituições sociais vigentes e dos instrumentos legitimados para a ação política, de responderem as questões e expressões que emergem da realidade social constituída por imensas desigualdades, decorrentes do conflito de classe, das relações étnico-raciais, do conflito geracional, das relações de gênero e da forma de exercício do poder político e econômico. Dante este cenário, os questionamentos também são estendidos para a universidade, ou seja, qual capacidade desta em desempenhar sua função sui generis: que conhecimento a universidade está sendo capaz de gerar (como, para quem e para que o conhecimento tem sido produzido)? Tem sua produção (os novos conhecimentos e a formação profissional) referenciada nas questões postas pela realidade social, sem se submeter à mesma, articulando saberes por meio de um diálogo crítico, fecundo e propositivo? A sua dinâmica político-institucional e didático-pedagógica tem sido sustentada pelos princípios da autonomia do saber e da liberdade de expressão, como também tem preservado a sua natureza pública, laica e democrática? As respostas a essas indagações serão formuladas de acordo com as concepções de educação e de projetos societários que disputam o sentido atribuído à formação dos sujeitos, as formas e as estratégias utilizadas para desenvolver o processo de ensino-aprendizagem e a intencionalidade da produção do conhecimento. Assim, a universidade cumprirá com a sua função social a partir da sua capacidade de organizar e articular os saberes existentes, avançar as fronteiras culturais, produzir conhecimento, gerar pensamento crítico, propor pautas e agendas, formar profissionais e intelectuais. Ou seja, sua capacidade de ser socialmente referenciada, ter a sua existência dinamizada historicamente, promovendo um diálogo crítico, fecundo e propositivo com as questões postas pela realidade social, garantindo a autonomia do saber e a liberdade de expressão. A tarefa é bastante complexa e exigente, pois a universidade é uma instituição dinamizada por interesses, demandas e expectativas variadas, podendo coexistir propostas pedagógicas que tenham intencionalidades distintas e até antagônicas, que tomam materialidade no ensino, na pesquisa, na extensão e nas instâncias deliberativas. Em defesa de uma universidade que tenha como intencionalidade a construção da autonomia dos sujeitos, na perspectiva da emancipação humana, é que a Educação Popular é apresentada como uma concepção que, ao promover a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, constrói uma formação acadêmica constituída por saberes específicos (técnico-científico) de um dado campo do conhecimento e por saberes construídos a partir de vivências em determinada realidade (priorizando os produzidos pelos movimentos sociais, comunitários e pelas instituições públicas). Os textos organizados para este livro expressam, a partir das experiências e das reflexões de diferentes sujeitos, argumentos que possibilitam reconhecer a contribuição da Educação Popular para uma formação acadêmica fundada em princípios éticos, na autonomia, na capacidade crítica e propositiva, como também comprometida com a defesa dos direitos humanos e a luta pela emancipação humana. Assim, o primeiro capítulo contém um artigo construído por várias mãos e a partir da práxis (ação-reflexao-ação) vivenciada no Programa de Extensão “Educação Popular - criando e recriando a realidade social”, UNIFESP/BS, em parceria com o grupo do Programa de Educação Tutorial (PET) em Educação Popular (convênio UNIFESP e MEC/Sesu) O segundo capítulo traz, através de um trabalho de iniciação científica, uma análise crítica sobre o sistema prisional paulista e as intervenções profissionais dos assistentes sociais na perspectiva de sua direção social e política. O estudo traz reflexões gestadas na parceria com o GEPEX (Grupo Estudos, Pesquisa e Extensão em Segurança Pública, Justiça Criminal e Direitos Humanos na UNIFESP/BS). O terceiro capítulo surge num cenário de violação dos direitos humanos, o bairro Quarentenário, em que a parceria entre a ONG Camará e o CRDH Unifesp/BS (Centro de Referência em Direitos Humanos da Unifesp Baixada Santista) propôs espaços de diálogos abertos sobre os temas emergentes daquela realidade. Este texto sistematiza a aprendizagem acumulada na graduação em Serviço Social e na experiência de estágio supervisionado realizado no local. No quarto capítulo, a dimensão religiosa no cotidiano das mulheres encarceradas é analisada à luz de duas religiões que oferecem assistência religiosa dentro dos presídios, a evangélica e a católica. Este estudo qualitativo também surge das reflexões e parcerias junto ao GEPEX (Grupo Estudos, Pesquisa e Extensão em Segurança Pública, Justiça Criminal e Direitos Humanos na UNIFESP/BS). O quinto capítulo coloca uma reflexão sobre a metodologia da Educação Popular Freiriana, a partir de sua concepção de sociedade, de ser humano e de conhecimento. Nele, será possível entrar em contato com termos como: conscientização, círculo de cultura, práxis, leitura de mundo, etc. O sexto capítulo oferece reflexões sobre uma experiência protagonizada pelo Centro de Referência em Direitos Humanos em parceria com o Núcleo de Estudos Heleieth Saffioti (NEHS): relações de gênero, sexualidades e movimentos sociais da UNIFESP/Baixada Santista, através da realização da Oficina “Gênero, Diversidade e Direitos” com profissionais da Secretaria Municipal de Educação do município de Santos. O desafio foi introduzir mecanismos capazes de causar rupturas com significados essencialistas presentes na sociedade e reproduzidos nas escolas, além de tentar deixar, a partir dos(as) educadores(as), o terreno fértil para transformações no modo de compreender as relações de gênero e a sexualidade. Desejamos uma ótima leitura e que os textos aqui apresentados possam estimular o debate, reflexões para qualificar a prática e gerar provações sobre nossa capacidade de construirmos a História, sermos sujeitos nos processos sociais em que estamos inseridos, possibilitam que outros, que não se fizeram presentes, tenham a possibilidade de estarem comprometido com construção de uma sociedade que negue qualquer forma de desigualdade. |
id |
UFSP_783f719a373e7cd91ab6d73e5a732f21 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.unifesp.br:11600/50952 |
network_acronym_str |
UFSP |
network_name_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
repository_id_str |
3465 |
spelling |
Leonardi, Fabrício Gobetti [UNIFESP]Assumpção, Raiane Patrícia Severino [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/3004028271204597http://lattes.cnpq.br/28994477032197192019-07-04T18:34:49Z2019-07-04T18:34:49Z2014LEONARDI, Fabricio Gobetti; ASSUMPÇÃO, Raiane Patrícia Severino. Bem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitária / organizadores Raiane Patrícia Severino Assumpção e Fabrício Gobetti Leonardi. 1ª Edição – Santos, SP:Editora Pet educação Popular: 2014. 60 p.9788591746903http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50952Esta publicação foi elaborada com o objetivo de reafirmar a contribuição da Educação Popular, fundamentada no referencial teórico-metodológico freiriano, para o contexto atual: o início do século XXI, marcado pelo questionamento sobre a capacidade dos paradigmas científicos hegemônicos, das instituições sociais vigentes e dos instrumentos legitimados para a ação política, de responderem as questões e expressões que emergem da realidade social constituída por imensas desigualdades, decorrentes do conflito de classe, das relações étnico-raciais, do conflito geracional, das relações de gênero e da forma de exercício do poder político e econômico. Dante este cenário, os questionamentos também são estendidos para a universidade, ou seja, qual capacidade desta em desempenhar sua função sui generis: que conhecimento a universidade está sendo capaz de gerar (como, para quem e para que o conhecimento tem sido produzido)? Tem sua produção (os novos conhecimentos e a formação profissional) referenciada nas questões postas pela realidade social, sem se submeter à mesma, articulando saberes por meio de um diálogo crítico, fecundo e propositivo? A sua dinâmica político-institucional e didático-pedagógica tem sido sustentada pelos princípios da autonomia do saber e da liberdade de expressão, como também tem preservado a sua natureza pública, laica e democrática? As respostas a essas indagações serão formuladas de acordo com as concepções de educação e de projetos societários que disputam o sentido atribuído à formação dos sujeitos, as formas e as estratégias utilizadas para desenvolver o processo de ensino-aprendizagem e a intencionalidade da produção do conhecimento. Assim, a universidade cumprirá com a sua função social a partir da sua capacidade de organizar e articular os saberes existentes, avançar as fronteiras culturais, produzir conhecimento, gerar pensamento crítico, propor pautas e agendas, formar profissionais e intelectuais. Ou seja, sua capacidade de ser socialmente referenciada, ter a sua existência dinamizada historicamente, promovendo um diálogo crítico, fecundo e propositivo com as questões postas pela realidade social, garantindo a autonomia do saber e a liberdade de expressão. A tarefa é bastante complexa e exigente, pois a universidade é uma instituição dinamizada por interesses, demandas e expectativas variadas, podendo coexistir propostas pedagógicas que tenham intencionalidades distintas e até antagônicas, que tomam materialidade no ensino, na pesquisa, na extensão e nas instâncias deliberativas. Em defesa de uma universidade que tenha como intencionalidade a construção da autonomia dos sujeitos, na perspectiva da emancipação humana, é que a Educação Popular é apresentada como uma concepção que, ao promover a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, constrói uma formação acadêmica constituída por saberes específicos (técnico-científico) de um dado campo do conhecimento e por saberes construídos a partir de vivências em determinada realidade (priorizando os produzidos pelos movimentos sociais, comunitários e pelas instituições públicas). Os textos organizados para este livro expressam, a partir das experiências e das reflexões de diferentes sujeitos, argumentos que possibilitam reconhecer a contribuição da Educação Popular para uma formação acadêmica fundada em princípios éticos, na autonomia, na capacidade crítica e propositiva, como também comprometida com a defesa dos direitos humanos e a luta pela emancipação humana. Assim, o primeiro capítulo contém um artigo construído por várias mãos e a partir da práxis (ação-reflexao-ação) vivenciada no Programa de Extensão “Educação Popular - criando e recriando a realidade social”, UNIFESP/BS, em parceria com o grupo do Programa de Educação Tutorial (PET) em Educação Popular (convênio UNIFESP e MEC/Sesu) O segundo capítulo traz, através de um trabalho de iniciação científica, uma análise crítica sobre o sistema prisional paulista e as intervenções profissionais dos assistentes sociais na perspectiva de sua direção social e política. O estudo traz reflexões gestadas na parceria com o GEPEX (Grupo Estudos, Pesquisa e Extensão em Segurança Pública, Justiça Criminal e Direitos Humanos na UNIFESP/BS). O terceiro capítulo surge num cenário de violação dos direitos humanos, o bairro Quarentenário, em que a parceria entre a ONG Camará e o CRDH Unifesp/BS (Centro de Referência em Direitos Humanos da Unifesp Baixada Santista) propôs espaços de diálogos abertos sobre os temas emergentes daquela realidade. Este texto sistematiza a aprendizagem acumulada na graduação em Serviço Social e na experiência de estágio supervisionado realizado no local. No quarto capítulo, a dimensão religiosa no cotidiano das mulheres encarceradas é analisada à luz de duas religiões que oferecem assistência religiosa dentro dos presídios, a evangélica e a católica. Este estudo qualitativo também surge das reflexões e parcerias junto ao GEPEX (Grupo Estudos, Pesquisa e Extensão em Segurança Pública, Justiça Criminal e Direitos Humanos na UNIFESP/BS). O quinto capítulo coloca uma reflexão sobre a metodologia da Educação Popular Freiriana, a partir de sua concepção de sociedade, de ser humano e de conhecimento. Nele, será possível entrar em contato com termos como: conscientização, círculo de cultura, práxis, leitura de mundo, etc. O sexto capítulo oferece reflexões sobre uma experiência protagonizada pelo Centro de Referência em Direitos Humanos em parceria com o Núcleo de Estudos Heleieth Saffioti (NEHS): relações de gênero, sexualidades e movimentos sociais da UNIFESP/Baixada Santista, através da realização da Oficina “Gênero, Diversidade e Direitos” com profissionais da Secretaria Municipal de Educação do município de Santos. O desafio foi introduzir mecanismos capazes de causar rupturas com significados essencialistas presentes na sociedade e reproduzidos nas escolas, além de tentar deixar, a partir dos(as) educadores(as), o terreno fértil para transformações no modo de compreender as relações de gênero e a sexualidade. Desejamos uma ótima leitura e que os textos aqui apresentados possam estimular o debate, reflexões para qualificar a prática e gerar provações sobre nossa capacidade de construirmos a História, sermos sujeitos nos processos sociais em que estamos inseridos, possibilitam que outros, que não se fizeram presentes, tenham a possibilidade de estarem comprometido com construção de uma sociedade que negue qualquer forma de desigualdade.60 p.porRaiane Patrícia Severino AssumpçãoEducação popularEducaçãoExtensão universitáriaSexualidadeEncarceramentoGêneroMetodologiaSistema prisionalPrograma de Educação TutorialCentro de educação em Direitos HumanosBem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitáriainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bookinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPInstituto de Saúde e Sociedade (ISS)Políticas Públicas e Saúde ColetivaORIGINALBem-vindos Educação Popular com ISBN.pdfBem-vindos Educação Popular com ISBN.pdfapplication/pdf2716700${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50952/1/Bem-vindos%20Educa%c3%a7%c3%a3o%20Popular%20com%20ISBN.pdfa956717486b05e61a02052d5f5c9bc48MD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-85475${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50952/2/license.txtdf33e3ec1d0cd2ac1d5f46dba2fe8281MD52open accessTEXTBem-vindos Educação Popular com ISBN.pdf.txtBem-vindos Educação Popular com ISBN.pdf.txtExtracted texttext/plain168594${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50952/6/Bem-vindos%20Educa%c3%a7%c3%a3o%20Popular%20com%20ISBN.pdf.txt3d9b539371a74cb8078bdce5ad158620MD56open accessTHUMBNAILBem-vindos Educação Popular com ISBN.pdf.jpgBem-vindos Educação Popular com ISBN.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3751${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50952/8/Bem-vindos%20Educa%c3%a7%c3%a3o%20Popular%20com%20ISBN.pdf.jpg4dba6631771dfbfbcd20c6ec205610eeMD58open access11600/509522023-06-05 19:20:42.463open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/50952VEVSTU9TIEUgQ09OREnDh8OVRVMgUEFSQSBPIExJQ0VOQ0lBTUVOVE8gRE8gQVJRVUlWQU1FTlRPLCBSRVBST0RVw4fDg08gRSBESVZVTEdBw4fDg08gUMOaQkxJQ0EgREUgQ09OVEXDmkRPIE5PIFJFUE9TSVTDk1JJTyBJTlNUSVRVQ0lPTkFMIFVOSUZFU1AgKHZlcnPDo28gMS4wKQoKMS4gRXUsIEZhYnJpY2lvIEdvYmV0dGkgTGVvbmFyZGkgKGZhYnJpY2lvZ2xlb25hcmRpQGdtYWlsLmNvbSksIHJlc3BvbnPDoXZlbCBwZWxvIHRyYWJhbGhvIOKAnEJFTS1WSU5ET1Mgw4AgRURVQ0HDh8ODTyBQT1BVTEFSOiBSRUxBVE9TIEUgUkVGTEVYw5VFUyBBIFBBUlRJUiBEQSBFWFRFTlPDg08gVU5JVkVSU0lUw4FSSUHigJ0gZS9vdSB1c3XDoXJpby1kZXBvc2l0YW50ZSBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBVTklGRVNQLCBhc3NlZ3VybyBubyBwcmVzZW50ZSBhdG8gcXVlIHNvdSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBkaXJlaXRvcyBjb25leG9zIHJlZmVyZW50ZXMgw6AgdG90YWxpZGFkZSBkYSBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhIGVtIGZvcm1hdG8gZGlnaXRhbCwgYmVtIGNvbW8gZGUgc2V1cyBjb21wb25lbnRlcyBtZW5vcmVzLCBlbSBzZSB0cmF0YW5kbyBkZSBvYnJhIGNvbGV0aXZhLCBjb25mb3JtZSBvIHByZWNlaXR1YWRvIHBlbGEgTGVpIDkuNjEwLzk4IGUvb3UgTGVpIDkuNjA5Lzk4LiBOw6NvIHNlbmRvIGVzdGUgbyBjYXNvLCBhc3NlZ3VybyB0ZXIgb2J0aWRvIGRpcmV0YW1lbnRlIGRvcyBkZXZpZG9zIHRpdHVsYXJlcyBhdXRvcml6YcOnw6NvIHByw6l2aWEgZSBleHByZXNzYSBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIGUgcGFyYSBhIGRpdnVsZ2HDp8OjbyBkYSBPYnJhLCBhYnJhbmdlbmRvIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGUgY29uZXhvcyBhZmV0YWRvcyBwZWxhIGFzc2luYXR1cmEgZG9zIHByZXNlbnRlcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50bywgZGUgbW9kbyBhIGVmZXRpdmFtZW50ZSBpc2VudGFyIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU8OjbyBQYXVsbyAoVU5JRkVTUCkgZSBzZXVzIGZ1bmNpb27DoXJpb3MgZGUgcXVhbHF1ZXIgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBwZWxvIHVzbyBuw6NvLWF1dG9yaXphZG8gZG8gbWF0ZXJpYWwgZGVwb3NpdGFkbywgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgVU5JRkVTUCwgc2VqYSBlbSB2aW5jdWxhw6fDo28gYSBxdWFpc3F1ZXIgc2VydmnDp29zIGRlIGJ1c2NhIGUgZGUgZGlzdHJpYnVpw6fDo28gZGUgY29udGXDumRvIHF1ZSBmYcOnYW0gdXNvIGRhcyBpbnRlcmZhY2VzIGUgZXNwYcOnbyBkZSBhcm1hemVuYW1lbnRvIHByb3ZpZGVuY2lhZG9zIHBlbGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU8OjbyBQYXVsbyAoVU5JRkVTUCkgcG9yIG1laW8gZGUgc2V1cyBzaXN0ZW1hcyBpbmZvcm1hdGl6YWRvcy4KCjIuIEEgY29uY29yZMOibmNpYSBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSB0ZW0gY29tbyBjb25zZXF1w6puY2lhIGEgdHJhbnNmZXLDqm5jaWEsIGEgdMOtdHVsbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBlIG7Do28tb25lcm9zbywgaXNlbnRhIGRvIHBhZ2FtZW50byBkZSByb3lhbHRpZXMgb3UgcXVhbHF1ZXIgb3V0cmEgY29udHJhcHJlc3Rhw6fDo28sIHBlY3VuacOhcmlhIG91IG7Do28sIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhcm1hemVuYXIgZGlnaXRhbG1lbnRlLCBkZSByZXByb2R1emlyIGUgZGUgZGlzdHJpYnVpciBuYWNpb25hbCBlIGludGVybmFjaW9uYWxtZW50ZSBhIE9icmEsIGluY2x1aW5kby1zZSBvIHNldSByZXN1bW8vYWJzdHJhY3QsIHBvciBtZWlvcyBlbGV0csO0bmljb3MgYW8gcMO6YmxpY28gZW0gZ2VyYWwsIGVtIHJlZ2ltZSBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgoKMy4gQSBwcmVzZW50ZSBsaWNlbsOnYSB0YW1iw6ltIGFicmFuZ2UsIG5vcyBtZXNtb3MgdGVybW9zIGVzdGFiZWxlY2lkb3Mgbm8gaXRlbSAyLCBzdXByYSwgcXVhbHF1ZXIgZGlyZWl0byBkZSBjb211bmljYcOnw6NvIGFvIHDDumJsaWNvIGNhYsOtdmVsIGVtIHJlbGHDp8OjbyDDoCBPYnJhIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLCBpbmNsdWluZG8tc2Ugb3MgdXNvcyByZWZlcmVudGVzIMOgIHJlcHJlc2VudGHDp8OjbyBww7pibGljYSBlL291IGV4ZWN1w6fDo28gcMO6YmxpY2EsIGJlbSBjb21vIHF1YWxxdWVyIG91dHJhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBhbyBww7pibGljbyBxdWUgZXhpc3RhIG91IHZlbmhhIGEgZXhpc3Rpciwgbm9zIHRlcm1vcyBkbyBhcnRpZ28gNjggZSBzZWd1aW50ZXMgZGEgTGVpIDkuNjEwLzk4LCBuYSBleHRlbnPDo28gcXVlIGZvciBhcGxpY8OhdmVsIGFvcyBzZXJ2acOnb3MgcHJlc3RhZG9zIGFvIHDDumJsaWNvIHBlbGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgU8OjbyBQYXVsbyAoVU5JRkVTUCkuCgo0LiBFc3RhIGxpY2Vuw6dhIGFicmFuZ2UsIGFpbmRhLCBub3MgbWVzbW9zIHRlcm1vcyBlc3RhYmVsZWNpZG9zIG5vIGl0ZW0gMiwgc3VwcmEsIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbmV4b3MgZGUgYXJ0aXN0YXMgaW50w6lycHJldGVzIG91IGV4ZWN1dGFudGVzLCBwcm9kdXRvcmVzIGZvbm9ncsOhZmljb3Mgb3UgZW1wcmVzYXMgZGUgcmFkaW9kaWZ1c8OjbyBxdWUgZXZlbnR1YWxtZW50ZSBzZWphbSBhcGxpY8OhdmVpcyBlbSByZWxhw6fDo28gw6Agb2JyYSBkZXBvc2l0YWRhLCBlbSBjb25mb3JtaWRhZGUgY29tIG8gcmVnaW1lIGZpeGFkbyBubyBUw610dWxvIFYgZGEgTGVpIDkuNjEwLzk4LgoKNS4gU2UgYSBPYnJhIGRlcG9zaXRhZGEgZm9pIG91IMOpIG9iamV0byBkZSBmaW5hbmNpYW1lbnRvIHBvciBpbnN0aXR1acOnw7VlcyBkZSBmb21lbnRvIMOgIHBlc3F1aXNhIG91IHF1YWxxdWVyIG91dHJhIHNlbWVsaGFudGUsIHZvY8OqIG91IG8gdGl0dWxhciBhc3NlZ3VyYSBxdWUgY3VtcHJpdSB0b2RhcyBhcyBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgcXVlIGxoZSBmb3JhbSBpbXBvc3RhcyBwZWxhIGluc3RpdHVpw6fDo28gZmluYW5jaWFkb3JhIGVtIHJhesOjbyBkbyBmaW5hbmNpYW1lbnRvLCBlIHF1ZSBuw6NvIGVzdMOhIGNvbnRyYXJpYW5kbyBxdWFscXVlciBkaXNwb3Npw6fDo28gY29udHJhdHVhbCByZWZlcmVudGUgw6AgcHVibGljYcOnw6NvIGRvIGNvbnRlw7pkbyBvcmEgc3VibWV0aWRvIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIFVOSUZFU1AuCgo2LiBDYXNvIGEgT2JyYSBvcmEgZGVwb3NpdGFkYSBlbmNvbnRyZS1zZSBsaWNlbmNpYWRhIHNvYiB1bWEgbGljZW7Dp2EgQ3JlYXRpdmUgQ29tbW9ucyAocXVhbHF1ZXIgdmVyc8OjbyksIHNvYiBhIGxpY2Vuw6dhIEdOVSBGcmVlIERvY3VtZW50YXRpb24gTGljZW5zZSAocXVhbHF1ZXIgdmVyc8OjbyksIG91IG91dHJhIGxpY2Vuw6dhIHF1YWxpZmljYWRhIGNvbW8gbGl2cmUgc2VndW5kbyBvcyBjcml0w6lyaW9zIGRhIERlZmluaXRpb24gb2YgRnJlZSBDdWx0dXJhbCBXb3JrcyAoZGlzcG9uw612ZWwgZW06IGh0dHA6Ly9mcmVlZG9tZGVmaW5lZC5vcmcvRGVmaW5pdGlvbikgb3UgRnJlZSBTb2Z0d2FyZSBEZWZpbml0aW9uIChkaXNwb27DrXZlbCBlbTogaHR0cDovL3d3dy5nbnUub3JnL3BoaWxvc29waHkvZnJlZS1zdy5odG1sKSwgbyBhcnF1aXZvIHJlZmVyZW50ZSDDoCBPYnJhIGRldmUgaW5kaWNhciBhIGxpY2Vuw6dhIGFwbGljw6F2ZWwgZW0gY29udGXDumRvIGxlZ8OtdmVsIHBvciBzZXJlcyBodW1hbm9zIGUsIHNlIHBvc3PDrXZlbCwgdGFtYsOpbSBlbSBtZXRhZGFkb3MgbGVnw612ZWlzIHBvciBtw6FxdWluYS4gQSBpbmRpY2HDp8OjbyBkYSBsaWNlbsOnYSBhcGxpY8OhdmVsIGRldmUgc2VyIGFjb21wYW5oYWRhIGRlIHVtIGxpbmsgcGFyYSBvcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50byBvdSBzdWEgY8OzcGlhIGludGVncmFsLgoKNy4gQXRlc3RhIHF1ZSBhIE9icmEgc3VibWV0aWRhIG7Do28gY29udMOpbSBxdWFscXVlciBpbmZvcm1hw6fDo28gY29uZmlkZW5jaWFsIHN1YSBvdSBkZSB0ZXJjZWlyb3MuCgo4LiBDb25jZWRlIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFPDo28gUGF1bG8gKFVOSUZFU1ApIG8gZGlyZWl0byBuw6NvIGV4Y2x1c2l2byBkZSByZWFsaXphciBxdWFpc3F1ZXIgYWx0ZXJhw6fDtWVzIG5hIG3DrWRpYSBvdSBubyBmb3JtYXRvIGRvIGFycXVpdm8gcGFyYSBwcm9ww7NzaXRvcyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIGRpZ2l0YWwsIGRlIGFjZXNzaWJpbGlkYWRlIGUgZGUgbWVsaG9yIGlkZW50aWZpY2HDp8OjbyBkbyB0cmFiYWxobyBzdWJtZXRpZG8uCgpBbyBjb25jbHVpciBhcyBldGFwYXMgZG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8OjbyBkZSBhcnF1aXZvcyBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBVTklGRVNQLCBhdGVzdG8gcXVlIGxpIGUgY29uY29yZGVpIGludGVncmFsbWVudGUgY29tIG9zIHRlcm1vcyBhY2ltYSBkZWxpbWl0YWRvcywgc2VtIGZhemVyIHF1YWxxdWVyIHJlc2VydmEgZSBub3ZhbWVudGUgY29uZmlybWFuZG8gcXVlIGN1bXBybyBvcyByZXF1aXNpdG9zIGluZGljYWRvcyBubyBpdGVucyBtZW5jaW9uYWRvcyBhbnRlcmlvcm1lbnRlLgoKSGF2ZW5kbyBxdWFscXVlciBkaXNjb3Jkw6JuY2lhIGVtIHJlbGHDp8OjbyBhb3MgcHJlc2VudGVzIHRlcm1vcyBvdSBuw6NvIHNlIHZlcmlmaWNhbmRvIG8gZXhpZ2lkbyBub3MgaXRlbnMgYW50ZXJpb3Jlcywgdm9jw6ogZGV2ZSBpbnRlcnJvbXBlciBpbWVkaWF0YW1lbnRlIG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc8Ojby4gQSBjb250aW51aWRhZGUgZG8gcHJvY2Vzc28gZXF1aXZhbGUgw6AgY29uY29yZMOibmNpYSBlIMOgIGFzc2luYXR1cmEgZGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb20gdG9kYXMgYXMgY29uc2VxdcOqbmNpYXMgbmVsZSBwcmV2aXN0YXMsIHN1amVpdGFuZG8tc2UgbyBzaWduYXTDoXJpbyBhIHNhbsOnw7VlcyBjaXZpcyBlIGNyaW1pbmFpcyBjYXNvIG7Do28gc2VqYSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXRyaW1vbmlhaXMgZS9vdSBjb25leG9zIGFwbGljw6F2ZWlzIMOgIE9icmEgZGVwb3NpdGFkYSBkdXJhbnRlIGVzdGUgcHJvY2Vzc28sIG91IGNhc28gbsOjbyB0ZW5oYSBvYnRpZG8gcHLDqXZpYSBlIGV4cHJlc3NhIGF1dG9yaXphw6fDo28gZG8gdGl0dWxhciBwYXJhIG8gZGVww7NzaXRvIGUgdG9kb3Mgb3MgdXNvcyBkYSBPYnJhIGVudm9sdmlkb3MuCgpQYXJhIGEgc29sdcOnw6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIGTDunZpZGEgcXVhbnRvIGFvcyB0ZXJtb3MgZGUgbGljZW5jaWFtZW50byBlIHF1YW50byBhbyBwcm9jZXNzbyBkZSBzdWJtaXNzw6NvLCBlbnZpZSB1bWEgbWVuc2FnZW0gcGFyYSBvIGVuZGVyZcOnbyBkZSBlLW1haWw6IHJlcG9zaXRvcmlvLnVuaWZlc3BAZ21haWwuY29tLgoKU8OjbyBQYXVsbywgV2VkIEp1bCAwMyAxODo1NDoxMSBCUlQgMjAxOS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-05T22:20:42Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Bem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitária |
title |
Bem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitária |
spellingShingle |
Bem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitária Leonardi, Fabrício Gobetti [UNIFESP] Educação popular Educação Extensão universitária Sexualidade Encarceramento Gênero Metodologia Sistema prisional Programa de Educação Tutorial Centro de educação em Direitos Humanos |
title_short |
Bem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitária |
title_full |
Bem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitária |
title_fullStr |
Bem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitária |
title_full_unstemmed |
Bem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitária |
title_sort |
Bem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitária |
author |
Leonardi, Fabrício Gobetti [UNIFESP] |
author_facet |
Leonardi, Fabrício Gobetti [UNIFESP] Assumpção, Raiane Patrícia Severino [UNIFESP] |
author_role |
author |
author2 |
Assumpção, Raiane Patrícia Severino [UNIFESP] |
author2_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3004028271204597 http://lattes.cnpq.br/2899447703219719 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Leonardi, Fabrício Gobetti [UNIFESP] Assumpção, Raiane Patrícia Severino [UNIFESP] |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Educação popular Educação Extensão universitária Sexualidade Encarceramento Gênero Metodologia Sistema prisional Programa de Educação Tutorial Centro de educação em Direitos Humanos |
topic |
Educação popular Educação Extensão universitária Sexualidade Encarceramento Gênero Metodologia Sistema prisional Programa de Educação Tutorial Centro de educação em Direitos Humanos |
description |
Esta publicação foi elaborada com o objetivo de reafirmar a contribuição da Educação Popular, fundamentada no referencial teórico-metodológico freiriano, para o contexto atual: o início do século XXI, marcado pelo questionamento sobre a capacidade dos paradigmas científicos hegemônicos, das instituições sociais vigentes e dos instrumentos legitimados para a ação política, de responderem as questões e expressões que emergem da realidade social constituída por imensas desigualdades, decorrentes do conflito de classe, das relações étnico-raciais, do conflito geracional, das relações de gênero e da forma de exercício do poder político e econômico. Dante este cenário, os questionamentos também são estendidos para a universidade, ou seja, qual capacidade desta em desempenhar sua função sui generis: que conhecimento a universidade está sendo capaz de gerar (como, para quem e para que o conhecimento tem sido produzido)? Tem sua produção (os novos conhecimentos e a formação profissional) referenciada nas questões postas pela realidade social, sem se submeter à mesma, articulando saberes por meio de um diálogo crítico, fecundo e propositivo? A sua dinâmica político-institucional e didático-pedagógica tem sido sustentada pelos princípios da autonomia do saber e da liberdade de expressão, como também tem preservado a sua natureza pública, laica e democrática? As respostas a essas indagações serão formuladas de acordo com as concepções de educação e de projetos societários que disputam o sentido atribuído à formação dos sujeitos, as formas e as estratégias utilizadas para desenvolver o processo de ensino-aprendizagem e a intencionalidade da produção do conhecimento. Assim, a universidade cumprirá com a sua função social a partir da sua capacidade de organizar e articular os saberes existentes, avançar as fronteiras culturais, produzir conhecimento, gerar pensamento crítico, propor pautas e agendas, formar profissionais e intelectuais. Ou seja, sua capacidade de ser socialmente referenciada, ter a sua existência dinamizada historicamente, promovendo um diálogo crítico, fecundo e propositivo com as questões postas pela realidade social, garantindo a autonomia do saber e a liberdade de expressão. A tarefa é bastante complexa e exigente, pois a universidade é uma instituição dinamizada por interesses, demandas e expectativas variadas, podendo coexistir propostas pedagógicas que tenham intencionalidades distintas e até antagônicas, que tomam materialidade no ensino, na pesquisa, na extensão e nas instâncias deliberativas. Em defesa de uma universidade que tenha como intencionalidade a construção da autonomia dos sujeitos, na perspectiva da emancipação humana, é que a Educação Popular é apresentada como uma concepção que, ao promover a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, constrói uma formação acadêmica constituída por saberes específicos (técnico-científico) de um dado campo do conhecimento e por saberes construídos a partir de vivências em determinada realidade (priorizando os produzidos pelos movimentos sociais, comunitários e pelas instituições públicas). Os textos organizados para este livro expressam, a partir das experiências e das reflexões de diferentes sujeitos, argumentos que possibilitam reconhecer a contribuição da Educação Popular para uma formação acadêmica fundada em princípios éticos, na autonomia, na capacidade crítica e propositiva, como também comprometida com a defesa dos direitos humanos e a luta pela emancipação humana. Assim, o primeiro capítulo contém um artigo construído por várias mãos e a partir da práxis (ação-reflexao-ação) vivenciada no Programa de Extensão “Educação Popular - criando e recriando a realidade social”, UNIFESP/BS, em parceria com o grupo do Programa de Educação Tutorial (PET) em Educação Popular (convênio UNIFESP e MEC/Sesu) O segundo capítulo traz, através de um trabalho de iniciação científica, uma análise crítica sobre o sistema prisional paulista e as intervenções profissionais dos assistentes sociais na perspectiva de sua direção social e política. O estudo traz reflexões gestadas na parceria com o GEPEX (Grupo Estudos, Pesquisa e Extensão em Segurança Pública, Justiça Criminal e Direitos Humanos na UNIFESP/BS). O terceiro capítulo surge num cenário de violação dos direitos humanos, o bairro Quarentenário, em que a parceria entre a ONG Camará e o CRDH Unifesp/BS (Centro de Referência em Direitos Humanos da Unifesp Baixada Santista) propôs espaços de diálogos abertos sobre os temas emergentes daquela realidade. Este texto sistematiza a aprendizagem acumulada na graduação em Serviço Social e na experiência de estágio supervisionado realizado no local. No quarto capítulo, a dimensão religiosa no cotidiano das mulheres encarceradas é analisada à luz de duas religiões que oferecem assistência religiosa dentro dos presídios, a evangélica e a católica. Este estudo qualitativo também surge das reflexões e parcerias junto ao GEPEX (Grupo Estudos, Pesquisa e Extensão em Segurança Pública, Justiça Criminal e Direitos Humanos na UNIFESP/BS). O quinto capítulo coloca uma reflexão sobre a metodologia da Educação Popular Freiriana, a partir de sua concepção de sociedade, de ser humano e de conhecimento. Nele, será possível entrar em contato com termos como: conscientização, círculo de cultura, práxis, leitura de mundo, etc. O sexto capítulo oferece reflexões sobre uma experiência protagonizada pelo Centro de Referência em Direitos Humanos em parceria com o Núcleo de Estudos Heleieth Saffioti (NEHS): relações de gênero, sexualidades e movimentos sociais da UNIFESP/Baixada Santista, através da realização da Oficina “Gênero, Diversidade e Direitos” com profissionais da Secretaria Municipal de Educação do município de Santos. O desafio foi introduzir mecanismos capazes de causar rupturas com significados essencialistas presentes na sociedade e reproduzidos nas escolas, além de tentar deixar, a partir dos(as) educadores(as), o terreno fértil para transformações no modo de compreender as relações de gênero e a sexualidade. Desejamos uma ótima leitura e que os textos aqui apresentados possam estimular o debate, reflexões para qualificar a prática e gerar provações sobre nossa capacidade de construirmos a História, sermos sujeitos nos processos sociais em que estamos inseridos, possibilitam que outros, que não se fizeram presentes, tenham a possibilidade de estarem comprometido com construção de uma sociedade que negue qualquer forma de desigualdade. |
publishDate |
2014 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2014 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-07-04T18:34:49Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-07-04T18:34:49Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/book |
format |
book |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.pt_BR.fl_str_mv |
|
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
LEONARDI, Fabricio Gobetti; ASSUMPÇÃO, Raiane Patrícia Severino. Bem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitária / organizadores Raiane Patrícia Severino Assumpção e Fabrício Gobetti Leonardi. 1ª Edição – Santos, SP:Editora Pet educação Popular: 2014. 60 p. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50952 |
dc.identifier.isbn.pt_BR.fl_str_mv |
9788591746903 |
identifier_str_mv |
LEONARDI, Fabricio Gobetti; ASSUMPÇÃO, Raiane Patrícia Severino. Bem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitária / organizadores Raiane Patrícia Severino Assumpção e Fabrício Gobetti Leonardi. 1ª Edição – Santos, SP:Editora Pet educação Popular: 2014. 60 p. 9788591746903 |
url |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50952 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
60 p. |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Raiane Patrícia Severino Assumpção |
publisher.none.fl_str_mv |
Raiane Patrícia Severino Assumpção |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UNIFESP instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) instacron:UNIFESP |
instname_str |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
instacron_str |
UNIFESP |
institution |
UNIFESP |
reponame_str |
Repositório Institucional da UNIFESP |
collection |
Repositório Institucional da UNIFESP |
bitstream.url.fl_str_mv |
${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50952/1/Bem-vindos%20Educa%c3%a7%c3%a3o%20Popular%20com%20ISBN.pdf ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50952/2/license.txt ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50952/6/Bem-vindos%20Educa%c3%a7%c3%a3o%20Popular%20com%20ISBN.pdf.txt ${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50952/8/Bem-vindos%20Educa%c3%a7%c3%a3o%20Popular%20com%20ISBN.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
a956717486b05e61a02052d5f5c9bc48 df33e3ec1d0cd2ac1d5f46dba2fe8281 3d9b539371a74cb8078bdce5ad158620 4dba6631771dfbfbcd20c6ec205610ee |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1783460251113095168 |