Bem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leonardi, Fabrício Gobetti [UNIFESP]
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Assumpção, Raiane Patrícia Severino [UNIFESP]
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50952
Resumo: Esta publicação foi elaborada com o objetivo de reafirmar a contribuição da Educação Popular, fundamentada no referencial teórico-metodológico freiriano, para o contexto atual: o início do século XXI, marcado pelo questionamento sobre a capacidade dos paradigmas científicos hegemônicos, das instituições sociais vigentes e dos instrumentos legitimados para a ação política, de responderem as questões e expressões que emergem da realidade social constituída por imensas desigualdades, decorrentes do conflito de classe, das relações étnico-raciais, do conflito geracional, das relações de gênero e da forma de exercício do poder político e econômico. Dante este cenário, os questionamentos também são estendidos para a universidade, ou seja, qual capacidade desta em desempenhar sua função sui generis: que conhecimento a universidade está sendo capaz de gerar (como, para quem e para que o conhecimento tem sido produzido)? Tem sua produção (os novos conhecimentos e a formação profissional) referenciada nas questões postas pela realidade social, sem se submeter à mesma, articulando saberes por meio de um diálogo crítico, fecundo e propositivo? A sua dinâmica político-institucional e didático-pedagógica tem sido sustentada pelos princípios da autonomia do saber e da liberdade de expressão, como também tem preservado a sua natureza pública, laica e democrática? As respostas a essas indagações serão formuladas de acordo com as concepções de educação e de projetos societários que disputam o sentido atribuído à formação dos sujeitos, as formas e as estratégias utilizadas para desenvolver o processo de ensino-aprendizagem e a intencionalidade da produção do conhecimento. Assim, a universidade cumprirá com a sua função social a partir da sua capacidade de organizar e articular os saberes existentes, avançar as fronteiras culturais, produzir conhecimento, gerar pensamento crítico, propor pautas e agendas, formar profissionais e intelectuais. Ou seja, sua capacidade de ser socialmente referenciada, ter a sua existência dinamizada historicamente, promovendo um diálogo crítico, fecundo e propositivo com as questões postas pela realidade social, garantindo a autonomia do saber e a liberdade de expressão. A tarefa é bastante complexa e exigente, pois a universidade é uma instituição dinamizada por interesses, demandas e expectativas variadas, podendo coexistir propostas pedagógicas que tenham intencionalidades distintas e até antagônicas, que tomam materialidade no ensino, na pesquisa, na extensão e nas instâncias deliberativas. Em defesa de uma universidade que tenha como intencionalidade a construção da autonomia dos sujeitos, na perspectiva da emancipação humana, é que a Educação Popular é apresentada como uma concepção que, ao promover a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, constrói uma formação acadêmica constituída por saberes específicos (técnico-científico) de um dado campo do conhecimento e por saberes construídos a partir de vivências em determinada realidade (priorizando os produzidos pelos movimentos sociais, comunitários e pelas instituições públicas). Os textos organizados para este livro expressam, a partir das experiências e das reflexões de diferentes sujeitos, argumentos que possibilitam reconhecer a contribuição da Educação Popular para uma formação acadêmica fundada em princípios éticos, na autonomia, na capacidade crítica e propositiva, como também comprometida com a defesa dos direitos humanos e a luta pela emancipação humana. Assim, o primeiro capítulo contém um artigo construído por várias mãos e a partir da práxis (ação-reflexao-ação) vivenciada no Programa de Extensão “Educação Popular - criando e recriando a realidade social”, UNIFESP/BS, em parceria com o grupo do Programa de Educação Tutorial (PET) em Educação Popular (convênio UNIFESP e MEC/Sesu) O segundo capítulo traz, através de um trabalho de iniciação científica, uma análise crítica sobre o sistema prisional paulista e as intervenções profissionais dos assistentes sociais na perspectiva de sua direção social e política. O estudo traz reflexões gestadas na parceria com o GEPEX (Grupo Estudos, Pesquisa e Extensão em Segurança Pública, Justiça Criminal e Direitos Humanos na UNIFESP/BS). O terceiro capítulo surge num cenário de violação dos direitos humanos, o bairro Quarentenário, em que a parceria entre a ONG Camará e o CRDH Unifesp/BS (Centro de Referência em Direitos Humanos da Unifesp Baixada Santista) propôs espaços de diálogos abertos sobre os temas emergentes daquela realidade. Este texto sistematiza a aprendizagem acumulada na graduação em Serviço Social e na experiência de estágio supervisionado realizado no local. No quarto capítulo, a dimensão religiosa no cotidiano das mulheres encarceradas é analisada à luz de duas religiões que oferecem assistência religiosa dentro dos presídios, a evangélica e a católica. Este estudo qualitativo também surge das reflexões e parcerias junto ao GEPEX (Grupo Estudos, Pesquisa e Extensão em Segurança Pública, Justiça Criminal e Direitos Humanos na UNIFESP/BS). O quinto capítulo coloca uma reflexão sobre a metodologia da Educação Popular Freiriana, a partir de sua concepção de sociedade, de ser humano e de conhecimento. Nele, será possível entrar em contato com termos como: conscientização, círculo de cultura, práxis, leitura de mundo, etc. O sexto capítulo oferece reflexões sobre uma experiência protagonizada pelo Centro de Referência em Direitos Humanos em parceria com o Núcleo de Estudos Heleieth Saffioti (NEHS): relações de gênero, sexualidades e movimentos sociais da UNIFESP/Baixada Santista, através da realização da Oficina “Gênero, Diversidade e Direitos” com profissionais da Secretaria Municipal de Educação do município de Santos. O desafio foi introduzir mecanismos capazes de causar rupturas com significados essencialistas presentes na sociedade e reproduzidos nas escolas, além de tentar deixar, a partir dos(as) educadores(as), o terreno fértil para transformações no modo de compreender as relações de gênero e a sexualidade. Desejamos uma ótima leitura e que os textos aqui apresentados possam estimular o debate, reflexões para qualificar a prática e gerar provações sobre nossa capacidade de construirmos a História, sermos sujeitos nos processos sociais em que estamos inseridos, possibilitam que outros, que não se fizeram presentes, tenham a possibilidade de estarem comprometido com construção de uma sociedade que negue qualquer forma de desigualdade.
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Bem-Vindos à Educação Popular: relatos e reflexões a partir da extensão universitária / organizadores Raiane Patrícia Severino Assumpção e Fabrício Gobetti Leonardi. 1ª Edição – Santos, SP:Editora Pet educação Popular: 2014. 60 p.9788591746903http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50952Esta publicação foi elaborada com o objetivo de reafirmar a contribuição da Educação Popular, fundamentada no referencial teórico-metodológico freiriano, para o contexto atual: o início do século XXI, marcado pelo questionamento sobre a capacidade dos paradigmas científicos hegemônicos, das instituições sociais vigentes e dos instrumentos legitimados para a ação política, de responderem as questões e expressões que emergem da realidade social constituída por imensas desigualdades, decorrentes do conflito de classe, das relações étnico-raciais, do conflito geracional, das relações de gênero e da forma de exercício do poder político e econômico. Dante este cenário, os questionamentos também são estendidos para a universidade, ou seja, qual capacidade desta em desempenhar sua função sui generis: que conhecimento a universidade está sendo capaz de gerar (como, para quem e para que o conhecimento tem sido produzido)? Tem sua produção (os novos conhecimentos e a formação profissional) referenciada nas questões postas pela realidade social, sem se submeter à mesma, articulando saberes por meio de um diálogo crítico, fecundo e propositivo? A sua dinâmica político-institucional e didático-pedagógica tem sido sustentada pelos princípios da autonomia do saber e da liberdade de expressão, como também tem preservado a sua natureza pública, laica e democrática? 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Leonardi, Fabrício Gobetti [UNIFESP]
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description Esta publicação foi elaborada com o objetivo de reafirmar a contribuição da Educação Popular, fundamentada no referencial teórico-metodológico freiriano, para o contexto atual: o início do século XXI, marcado pelo questionamento sobre a capacidade dos paradigmas científicos hegemônicos, das instituições sociais vigentes e dos instrumentos legitimados para a ação política, de responderem as questões e expressões que emergem da realidade social constituída por imensas desigualdades, decorrentes do conflito de classe, das relações étnico-raciais, do conflito geracional, das relações de gênero e da forma de exercício do poder político e econômico. Dante este cenário, os questionamentos também são estendidos para a universidade, ou seja, qual capacidade desta em desempenhar sua função sui generis: que conhecimento a universidade está sendo capaz de gerar (como, para quem e para que o conhecimento tem sido produzido)? Tem sua produção (os novos conhecimentos e a formação profissional) referenciada nas questões postas pela realidade social, sem se submeter à mesma, articulando saberes por meio de um diálogo crítico, fecundo e propositivo? A sua dinâmica político-institucional e didático-pedagógica tem sido sustentada pelos princípios da autonomia do saber e da liberdade de expressão, como também tem preservado a sua natureza pública, laica e democrática? As respostas a essas indagações serão formuladas de acordo com as concepções de educação e de projetos societários que disputam o sentido atribuído à formação dos sujeitos, as formas e as estratégias utilizadas para desenvolver o processo de ensino-aprendizagem e a intencionalidade da produção do conhecimento. Assim, a universidade cumprirá com a sua função social a partir da sua capacidade de organizar e articular os saberes existentes, avançar as fronteiras culturais, produzir conhecimento, gerar pensamento crítico, propor pautas e agendas, formar profissionais e intelectuais. Ou seja, sua capacidade de ser socialmente referenciada, ter a sua existência dinamizada historicamente, promovendo um diálogo crítico, fecundo e propositivo com as questões postas pela realidade social, garantindo a autonomia do saber e a liberdade de expressão. A tarefa é bastante complexa e exigente, pois a universidade é uma instituição dinamizada por interesses, demandas e expectativas variadas, podendo coexistir propostas pedagógicas que tenham intencionalidades distintas e até antagônicas, que tomam materialidade no ensino, na pesquisa, na extensão e nas instâncias deliberativas. Em defesa de uma universidade que tenha como intencionalidade a construção da autonomia dos sujeitos, na perspectiva da emancipação humana, é que a Educação Popular é apresentada como uma concepção que, ao promover a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, constrói uma formação acadêmica constituída por saberes específicos (técnico-científico) de um dado campo do conhecimento e por saberes construídos a partir de vivências em determinada realidade (priorizando os produzidos pelos movimentos sociais, comunitários e pelas instituições públicas). Os textos organizados para este livro expressam, a partir das experiências e das reflexões de diferentes sujeitos, argumentos que possibilitam reconhecer a contribuição da Educação Popular para uma formação acadêmica fundada em princípios éticos, na autonomia, na capacidade crítica e propositiva, como também comprometida com a defesa dos direitos humanos e a luta pela emancipação humana. Assim, o primeiro capítulo contém um artigo construído por várias mãos e a partir da práxis (ação-reflexao-ação) vivenciada no Programa de Extensão “Educação Popular - criando e recriando a realidade social”, UNIFESP/BS, em parceria com o grupo do Programa de Educação Tutorial (PET) em Educação Popular (convênio UNIFESP e MEC/Sesu) O segundo capítulo traz, através de um trabalho de iniciação científica, uma análise crítica sobre o sistema prisional paulista e as intervenções profissionais dos assistentes sociais na perspectiva de sua direção social e política. O estudo traz reflexões gestadas na parceria com o GEPEX (Grupo Estudos, Pesquisa e Extensão em Segurança Pública, Justiça Criminal e Direitos Humanos na UNIFESP/BS). O terceiro capítulo surge num cenário de violação dos direitos humanos, o bairro Quarentenário, em que a parceria entre a ONG Camará e o CRDH Unifesp/BS (Centro de Referência em Direitos Humanos da Unifesp Baixada Santista) propôs espaços de diálogos abertos sobre os temas emergentes daquela realidade. Este texto sistematiza a aprendizagem acumulada na graduação em Serviço Social e na experiência de estágio supervisionado realizado no local. No quarto capítulo, a dimensão religiosa no cotidiano das mulheres encarceradas é analisada à luz de duas religiões que oferecem assistência religiosa dentro dos presídios, a evangélica e a católica. Este estudo qualitativo também surge das reflexões e parcerias junto ao GEPEX (Grupo Estudos, Pesquisa e Extensão em Segurança Pública, Justiça Criminal e Direitos Humanos na UNIFESP/BS). O quinto capítulo coloca uma reflexão sobre a metodologia da Educação Popular Freiriana, a partir de sua concepção de sociedade, de ser humano e de conhecimento. Nele, será possível entrar em contato com termos como: conscientização, círculo de cultura, práxis, leitura de mundo, etc. O sexto capítulo oferece reflexões sobre uma experiência protagonizada pelo Centro de Referência em Direitos Humanos em parceria com o Núcleo de Estudos Heleieth Saffioti (NEHS): relações de gênero, sexualidades e movimentos sociais da UNIFESP/Baixada Santista, através da realização da Oficina “Gênero, Diversidade e Direitos” com profissionais da Secretaria Municipal de Educação do município de Santos. O desafio foi introduzir mecanismos capazes de causar rupturas com significados essencialistas presentes na sociedade e reproduzidos nas escolas, além de tentar deixar, a partir dos(as) educadores(as), o terreno fértil para transformações no modo de compreender as relações de gênero e a sexualidade. Desejamos uma ótima leitura e que os textos aqui apresentados possam estimular o debate, reflexões para qualificar a prática e gerar provações sobre nossa capacidade de construirmos a História, sermos sujeitos nos processos sociais em que estamos inseridos, possibilitam que outros, que não se fizeram presentes, tenham a possibilidade de estarem comprometido com construção de uma sociedade que negue qualquer forma de desigualdade.
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