Feuerbach e Espinosa: deus e natureza, dualismo ou unidade?

• Autor(a) principal: Chagas, Eduardo Ferreira
• Data de Publicação: 2006
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Trans/Form/Ação (Online)
• DOI: 10.1590/S0101-31732006000200007
• Texto Completo: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/transformacao/article/view/915
• topic: Deus e Natureza em Espinosa; Crítica a Espinosa; Feuerbach

: O presente artigo evidencia, por um lado, o mérito da filosofia de Espinosa, pelo fato de haver submetido a oposição das partes e do todo, do corpo e da alma, da matéria e do espírito, à unidade da substância, já que toda parte singular da substância pertence à sua natureza. Por outro lado, destaca a crítica de Feuerbach a Espinosa, porque a filosofia deste é, na verdade, uma filosofia da identidade, que não reconhece, como Hegel também assinala, a substância como espírito e o espírito como substância, e não determina suficientemente a unidade da matéria e do espírito, já que falta a ela a realidade da diferença, da determinidade. Enquanto Espinosa identifica Deus com a natureza (Deus sive natura) e, mediante a natureza divina (a substância), supera a contradição de Descartes entre matéria (res extensa) e espírito (res cogitans), Feuerbach quer, em oposição ao panteísmo, a diferença entre natureza e Deus (aut Deus aut natura).