O Ensino da Patologia e Sua Influência na Atuação de Patologistas e Infectologistas no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira,Patricia Fonseca
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Souza,Claudia Teresa Vieira de, Hora,Dinair Leal da, Possas,Cristina de Albuquerque, Menezes,Rodrigo Caldas
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Médica (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022018000100216
Resumo: RESUMO Estudos sobre o ensino da patologia no Brasil são escassos e mostram um cenário desmotivador para estudantes e professores. Embora essa disciplina seja fundamental à formação médica, o distanciamento entre o seu ensino e o das demais disciplinas clínicas leva ao não reconhecimento, por parte dos estudantes, da importância da patologia para a formação profissional, especialmente na área de doenças infecciosas. O objetivo deste estudo foi investigar o processo de formação e produção do conhecimento em patologia em três faculdades de Medicina com ensino tradicional no Estado do Rio de Janeiro e seu impacto na atuação de patologistas e infectologistas. Trata-se de um estudo qualitativo com utilização da técnica do discurso do sujeito coletivo em entrevistas semiestruturadas. Foram entrevistados sete professores de patologia de duas faculdades públicas e de uma particular e dez médicos - cinco patologistas que atuavam no Rio de Janeiro e cinco infectologistas de um centro de referências em doenças infecciosas no Rio de Janeiro. A disciplina de patologia é oferecida de forma descontextualizada em períodos específicos. Professores reconhecem que aulas descontextualizadas não estimulam o interesse pela especialidade nem preparam estudantes para interação com patologistas e serviços de anatomia patológica. Para infectologistas, falta percepção da importância da patologia na graduação, o que para patologistas gera dificuldades na interação com infectologistas, resultando em preenchimento incompleto de solicitação de exames histopatológicos, dificuldade na interpretação de laudos e envio inadequado de amostras. Infectologistas e patologistas acreditam que mais aulas práticas, maior integração com a clínica e a presença do patologista em outros cenários de aprendizagem aumentem o interesse pela patologia. Todos os professores, infectologistas e patologistas pesquisados reconheceram a existência de lacunas no ensino-aprendizagem na disciplina de patologia na graduação médica e a necessidade de reformulação para torná-la uma especialidade mais interessante e alinhada à realidade profissional.
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