Retardo na transferência do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva: impacto nos desfechos do paciente. Um estudo retrospectivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aletreby,Waleed Tharwat
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Brindley,Peter G., Balshi,Ahmed Naji, Huwait,Basim Mohammed, Alharthy,Abdulrahman Mishaal, Madi,Ahmed Fouad, Ramadan,Omar Elsayed, Noor,Alfateh Sayed Nasr, Alzayer,Wasim S., Alodat,Mohammed A., Hamido,Hend Mohammed, Mumtaz,Shahzad Ahmed, Balahmar,Abdullah, Vasillios,Papas, Mhawish,Huda, Karakitsos,Dimitrios
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2021000100125
Resumo: RESUMO Objetivo: Estudar o impacto do retardo na admissão à unidade de terapia intensiva em mais do que 4 horas nos desfechos de pacientes críticos. Métodos: Este foi um estudo observacional retrospectivo, no qual pacientes adultos admitidos diretamente do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva foram divididos em dois grupos: Tempo Adequado, se admitidos dentro de 4 horas, e Admissão Retardada, nos casos em que a admissão demorou mais do que 4 horas para ocorrer. Compararam-se, entre os grupos, o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e a taxa de mortalidade na unidade de terapia intensiva e no hospital. Foi realizado pareamento por escore de propensão para correção de desequilíbrios. Utilizou-se uma análise de regressão logística para explorar retardo da admissão como fator independente de risco para mortalidade na unidade de terapia intensiva. Resultados: Durante o período do estudo, 1.887 pacientes foram admitidos diretamente do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva, sendo que 42% dessas admissões foram retardadas. Os pacientes com retardo tiveram permanências na unidade de terapia intensiva significantemente mais longas e maior mortalidade na unidade de terapia intensiva e no hospital. Esses resultados persistiram após pareamento dos grupos por escore de propensão. O retardo da admissão foi fator independente de risco para mortalidade na unidade de terapia intensiva (RC = 2,6; IC95% 1,9 - 3,5; p < 0,001). A associação de retardo e mortalidade na unidade de terapia intensiva surgiu após período de retardo de 2 horas e foi mais alta após período de retardo de 4 horas. Conclusão: O retardo da admissão do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva é fator de risco independente para mortalidade na unidade de terapia intensiva, sendo a associação mais forte após retardo de 4 horas.
id AMIB-1_b9e56a7fff1751a46e65093bbec5d843
oai_identifier_str oai:scielo:S0103-507X2021000100125
network_acronym_str AMIB-1
network_name_str Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
repository_id_str
spelling Retardo na transferência do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva: impacto nos desfechos do paciente. Um estudo retrospectivoServiço hospitalar de emergênciaMortalidade hospitalarTempo de internaçãoFatores de riscoUnidades de terapia intensivaRESUMO Objetivo: Estudar o impacto do retardo na admissão à unidade de terapia intensiva em mais do que 4 horas nos desfechos de pacientes críticos. Métodos: Este foi um estudo observacional retrospectivo, no qual pacientes adultos admitidos diretamente do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva foram divididos em dois grupos: Tempo Adequado, se admitidos dentro de 4 horas, e Admissão Retardada, nos casos em que a admissão demorou mais do que 4 horas para ocorrer. Compararam-se, entre os grupos, o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e a taxa de mortalidade na unidade de terapia intensiva e no hospital. Foi realizado pareamento por escore de propensão para correção de desequilíbrios. Utilizou-se uma análise de regressão logística para explorar retardo da admissão como fator independente de risco para mortalidade na unidade de terapia intensiva. Resultados: Durante o período do estudo, 1.887 pacientes foram admitidos diretamente do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva, sendo que 42% dessas admissões foram retardadas. Os pacientes com retardo tiveram permanências na unidade de terapia intensiva significantemente mais longas e maior mortalidade na unidade de terapia intensiva e no hospital. Esses resultados persistiram após pareamento dos grupos por escore de propensão. O retardo da admissão foi fator independente de risco para mortalidade na unidade de terapia intensiva (RC = 2,6; IC95% 1,9 - 3,5; p < 0,001). A associação de retardo e mortalidade na unidade de terapia intensiva surgiu após período de retardo de 2 horas e foi mais alta após período de retardo de 4 horas. Conclusão: O retardo da admissão do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva é fator de risco independente para mortalidade na unidade de terapia intensiva, sendo a associação mais forte após retardo de 4 horas.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2021-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2021000100125Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.33 n.1 2021reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.5935/0103-507x.20210014info:eu-repo/semantics/openAccessAletreby,Waleed TharwatBrindley,Peter G.Balshi,Ahmed NajiHuwait,Basim MohammedAlharthy,Abdulrahman MishaalMadi,Ahmed FouadRamadan,Omar ElsayedNoor,Alfateh Sayed NasrAlzayer,Wasim S.Alodat,Mohammed A.Hamido,Hend MohammedMumtaz,Shahzad AhmedBalahmar,AbdullahVasillios,PapasMhawish,HudaKarakitsos,Dimitriospor2021-04-14T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2021000100125Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2021-04-14T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false
dc.title.none.fl_str_mv Retardo na transferência do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva: impacto nos desfechos do paciente. Um estudo retrospectivo
title Retardo na transferência do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva: impacto nos desfechos do paciente. Um estudo retrospectivo
spellingShingle Retardo na transferência do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva: impacto nos desfechos do paciente. Um estudo retrospectivo
Aletreby,Waleed Tharwat
Serviço hospitalar de emergência
Mortalidade hospitalar
Tempo de internação
Fatores de risco
Unidades de terapia intensiva
title_short Retardo na transferência do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva: impacto nos desfechos do paciente. Um estudo retrospectivo
title_full Retardo na transferência do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva: impacto nos desfechos do paciente. Um estudo retrospectivo
title_fullStr Retardo na transferência do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva: impacto nos desfechos do paciente. Um estudo retrospectivo
title_full_unstemmed Retardo na transferência do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva: impacto nos desfechos do paciente. Um estudo retrospectivo
title_sort Retardo na transferência do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva: impacto nos desfechos do paciente. Um estudo retrospectivo
author Aletreby,Waleed Tharwat
author_facet Aletreby,Waleed Tharwat
Brindley,Peter G.
Balshi,Ahmed Naji
Huwait,Basim Mohammed
Alharthy,Abdulrahman Mishaal
Madi,Ahmed Fouad
Ramadan,Omar Elsayed
Noor,Alfateh Sayed Nasr
Alzayer,Wasim S.
Alodat,Mohammed A.
Hamido,Hend Mohammed
Mumtaz,Shahzad Ahmed
Balahmar,Abdullah
Vasillios,Papas
Mhawish,Huda
Karakitsos,Dimitrios
author_role author
author2 Brindley,Peter G.
Balshi,Ahmed Naji
Huwait,Basim Mohammed
Alharthy,Abdulrahman Mishaal
Madi,Ahmed Fouad
Ramadan,Omar Elsayed
Noor,Alfateh Sayed Nasr
Alzayer,Wasim S.
Alodat,Mohammed A.
Hamido,Hend Mohammed
Mumtaz,Shahzad Ahmed
Balahmar,Abdullah
Vasillios,Papas
Mhawish,Huda
Karakitsos,Dimitrios
author2_role author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Aletreby,Waleed Tharwat
Brindley,Peter G.
Balshi,Ahmed Naji
Huwait,Basim Mohammed
Alharthy,Abdulrahman Mishaal
Madi,Ahmed Fouad
Ramadan,Omar Elsayed
Noor,Alfateh Sayed Nasr
Alzayer,Wasim S.
Alodat,Mohammed A.
Hamido,Hend Mohammed
Mumtaz,Shahzad Ahmed
Balahmar,Abdullah
Vasillios,Papas
Mhawish,Huda
Karakitsos,Dimitrios
dc.subject.por.fl_str_mv Serviço hospitalar de emergência
Mortalidade hospitalar
Tempo de internação
Fatores de risco
Unidades de terapia intensiva
topic Serviço hospitalar de emergência
Mortalidade hospitalar
Tempo de internação
Fatores de risco
Unidades de terapia intensiva
description RESUMO Objetivo: Estudar o impacto do retardo na admissão à unidade de terapia intensiva em mais do que 4 horas nos desfechos de pacientes críticos. Métodos: Este foi um estudo observacional retrospectivo, no qual pacientes adultos admitidos diretamente do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva foram divididos em dois grupos: Tempo Adequado, se admitidos dentro de 4 horas, e Admissão Retardada, nos casos em que a admissão demorou mais do que 4 horas para ocorrer. Compararam-se, entre os grupos, o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e a taxa de mortalidade na unidade de terapia intensiva e no hospital. Foi realizado pareamento por escore de propensão para correção de desequilíbrios. Utilizou-se uma análise de regressão logística para explorar retardo da admissão como fator independente de risco para mortalidade na unidade de terapia intensiva. Resultados: Durante o período do estudo, 1.887 pacientes foram admitidos diretamente do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva, sendo que 42% dessas admissões foram retardadas. Os pacientes com retardo tiveram permanências na unidade de terapia intensiva significantemente mais longas e maior mortalidade na unidade de terapia intensiva e no hospital. Esses resultados persistiram após pareamento dos grupos por escore de propensão. O retardo da admissão foi fator independente de risco para mortalidade na unidade de terapia intensiva (RC = 2,6; IC95% 1,9 - 3,5; p < 0,001). A associação de retardo e mortalidade na unidade de terapia intensiva surgiu após período de retardo de 2 horas e foi mais alta após período de retardo de 4 horas. Conclusão: O retardo da admissão do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva é fator de risco independente para mortalidade na unidade de terapia intensiva, sendo a associação mais forte após retardo de 4 horas.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2021000100125
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2021000100125
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.5935/0103-507x.20210014
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
publisher.none.fl_str_mv Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.33 n.1 2021
reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron:AMIB
instname_str Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
instacron_str AMIB
institution AMIB
reponame_str Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
collection Revista brasileira de terapia intensiva (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
repository.mail.fl_str_mv diretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br
_version_ 1754212868330356736