Retardo na transferência do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva: impacto nos desfechos do paciente. Um estudo retrospectivo
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista brasileira de terapia intensiva (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2021000100125 |
Resumo: | RESUMO Objetivo: Estudar o impacto do retardo na admissão à unidade de terapia intensiva em mais do que 4 horas nos desfechos de pacientes críticos. Métodos: Este foi um estudo observacional retrospectivo, no qual pacientes adultos admitidos diretamente do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva foram divididos em dois grupos: Tempo Adequado, se admitidos dentro de 4 horas, e Admissão Retardada, nos casos em que a admissão demorou mais do que 4 horas para ocorrer. Compararam-se, entre os grupos, o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e a taxa de mortalidade na unidade de terapia intensiva e no hospital. Foi realizado pareamento por escore de propensão para correção de desequilíbrios. Utilizou-se uma análise de regressão logística para explorar retardo da admissão como fator independente de risco para mortalidade na unidade de terapia intensiva. Resultados: Durante o período do estudo, 1.887 pacientes foram admitidos diretamente do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva, sendo que 42% dessas admissões foram retardadas. Os pacientes com retardo tiveram permanências na unidade de terapia intensiva significantemente mais longas e maior mortalidade na unidade de terapia intensiva e no hospital. Esses resultados persistiram após pareamento dos grupos por escore de propensão. O retardo da admissão foi fator independente de risco para mortalidade na unidade de terapia intensiva (RC = 2,6; IC95% 1,9 - 3,5; p < 0,001). A associação de retardo e mortalidade na unidade de terapia intensiva surgiu após período de retardo de 2 horas e foi mais alta após período de retardo de 4 horas. Conclusão: O retardo da admissão do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva é fator de risco independente para mortalidade na unidade de terapia intensiva, sendo a associação mais forte após retardo de 4 horas. |
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Retardo na transferência do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva: impacto nos desfechos do paciente. Um estudo retrospectivoServiço hospitalar de emergênciaMortalidade hospitalarTempo de internaçãoFatores de riscoUnidades de terapia intensivaRESUMO Objetivo: Estudar o impacto do retardo na admissão à unidade de terapia intensiva em mais do que 4 horas nos desfechos de pacientes críticos. Métodos: Este foi um estudo observacional retrospectivo, no qual pacientes adultos admitidos diretamente do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva foram divididos em dois grupos: Tempo Adequado, se admitidos dentro de 4 horas, e Admissão Retardada, nos casos em que a admissão demorou mais do que 4 horas para ocorrer. Compararam-se, entre os grupos, o tempo de permanência na unidade de terapia intensiva e a taxa de mortalidade na unidade de terapia intensiva e no hospital. Foi realizado pareamento por escore de propensão para correção de desequilíbrios. Utilizou-se uma análise de regressão logística para explorar retardo da admissão como fator independente de risco para mortalidade na unidade de terapia intensiva. Resultados: Durante o período do estudo, 1.887 pacientes foram admitidos diretamente do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva, sendo que 42% dessas admissões foram retardadas. Os pacientes com retardo tiveram permanências na unidade de terapia intensiva significantemente mais longas e maior mortalidade na unidade de terapia intensiva e no hospital. Esses resultados persistiram após pareamento dos grupos por escore de propensão. O retardo da admissão foi fator independente de risco para mortalidade na unidade de terapia intensiva (RC = 2,6; IC95% 1,9 - 3,5; p < 0,001). A associação de retardo e mortalidade na unidade de terapia intensiva surgiu após período de retardo de 2 horas e foi mais alta após período de retardo de 4 horas. Conclusão: O retardo da admissão do pronto-socorro para a unidade de terapia intensiva é fator de risco independente para mortalidade na unidade de terapia intensiva, sendo a associação mais forte após retardo de 4 horas.Associação de Medicina Intensiva Brasileira - AMIB2021-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2021000100125Revista Brasileira de Terapia Intensiva v.33 n.1 2021reponame:Revista brasileira de terapia intensiva (Online)instname:Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)instacron:AMIB10.5935/0103-507x.20210014info:eu-repo/semantics/openAccessAletreby,Waleed TharwatBrindley,Peter G.Balshi,Ahmed NajiHuwait,Basim MohammedAlharthy,Abdulrahman MishaalMadi,Ahmed FouadRamadan,Omar ElsayedNoor,Alfateh Sayed NasrAlzayer,Wasim S.Alodat,Mohammed A.Hamido,Hend MohammedMumtaz,Shahzad AhmedBalahmar,AbdullahVasillios,PapasMhawish,HudaKarakitsos,Dimitriospor2021-04-14T00:00:00Zoai:scielo:S0103-507X2021000100125Revistahttp://www.scielo.br/rbtihttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpdiretoria@amib.org.br||rbti.artigos@amib.org.br1982-43350103-507Xopendoar:2021-04-14T00:00Revista brasileira de terapia intensiva (Online) - Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)false |
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