Estresse e sono em estudantes de medicina / Stress and sleep in medical students

Bibliographic Details
Main Author: Pereira, Felipe Zibetti
Publication Date: 2020
Other Authors: Feitosa, Dâmaris Hanna Venâncio, Ribeiro, Lucas Silva, Vaz, Marcos Augusto Ferreira, Siqueira, Murilo de Paiva, Lopes, Paulo Victor, Rabahi, Marcelo Fouad, Soares, Viviane, Ribeiro, Fabiane Alves de Carvalho
Format: Article
Language: por
Source: Brazilian Journal of Health Review
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Summary: Introdução: O vestibular extremamente competitivo, a metodologia de ensino que é distinta da usada no ensino médio, o ritmo dos plantões, a falta de atividades sociais, o contato precoce com doenças graves e com a morte podem desencadear sintomas estressores e depressivos no estudante, interferindo diretamente no estado psicológico do acadêmico e, por consequência, em seu padrão de sono. Com isso, o principal comprometimento é a privação do sono REM (Movimentos Oculares Rápidos), sendo esse importante para a consolidação da memória, no processo de aprendizagem e na tomada de decisões. Objetivos: Avaliar a prevalência de estresse, sonolência excessiva diurna (SED) e a qualidade do sono entre estudantes de medicina, além de comparar os acadêmicos do ciclo inicial (CI) com os do ciclo intermediário (CIT) para identificar quem está mais predisposto a desenvolver transtornos relacionados. Métodos: Estudo transversal analítico, realizado entre agosto e outubro de 2017, com discentes de Medicina de uma faculdade que utiliza Metodologias Ativas de Aprendizagem. Foram utilizados os questionários Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh (PSQI), a Escala de Sonolência de Epworth (ESE) e o Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp (ISSL). A amostra foi recrutada por conveniência e todos os alunos foram convidados a participar. O nível de significância adotado foi p < 0,05. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Science (SPSS) para Windows, versão 21.0. Resultados: Foram avaliados 426 estudantes, sendo 60,8% (n=259) do CI e 39,2% (n=167) do CIT. Além disso, 58,7% (n=250) eram do sexo feminino e a média de idade foi de 20,83 anos. A maioria se encontrou na fase de resistência do estresse, com qualidade de sono ruim, e a ocorrência de SED predominou entre os do CI. Na regressão logística, encontrou-se relação significativa no aumento de risco de SED em acadêmicos do CI em 5 dos 9 modelos, além de aumento no risco de desenvolver Alarme, em apenas 1 destes. Conclusões: Alunos do CI apresentaram risco aumentado para desenvolver estresse na fase de Alarme e SED comparados com o CIT, sugerindo as alterações do ciclo circadiano e potenciais estressores como responsáveis. A sonolência diurna foi a principal variável relacionada ao maior risco de desenvolvimento entre os acadêmicos do ciclo inicial.  A análise dos dados do PSQI identificou elevada prevalência de sono ruim em ambos períodos analisados. Assim, são necessários novos estudos para identificar fatores de risco relacionados aos achados.
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