Origem do HTLV-1aA no Brasil: Contribuição da população africana na introdução do vírus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amoussa, Adjile Edjide Roukiyath
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27126
Resumo: INTRODUÇÃO: Até o momento quatro tipos de HTLV foram isolados e descritos na literatura, sendo que somente o HTLV tipo 1 foi considerado endêmico em várias regiões do mundo, principalmente na África, Japão, Caribe e em ambos continentes americanos. No Brasil, esta infecção é mais comum entre os descendentes de imigrantes originados dos países endêmicos, por exemplo, o Japão e países da África Subsaariana. O Subgrupo ``A´´ do HTLV-1 subtipo ``a´´ (HTLV-1 aA) é o mais frequente de todos subgrupos e possui disponíveis, um número maior de sequências LTR no Genbank e nos bancos de dados secundários. Para entender a origem do HTLV-1 aA no Brasil vários estudos de análises filogenéticas da região LTR do vírus, juntamente à caracterização dos haplótipos do gene da β-globina dos indivíduos infectados foram realizados. Alguns desses estudos sugeriram que houve múltiplas introduções durante o período pós-colombiano, principalmente, através da migração da população africana para o Brasil. Segundo os dados históricos a maioria dos africanos que foram trazidos para o Brasil são originados da região oeste da África. Portanto para esclarecer a ausência até o momento de agrupamento monofiletico dos genótipos ``aA´´ isolados no Brasil com os genotipos isolados na região oeste da África, seria importante a obtenção das sequências isoladas em Benim, um país que participou com muitos africanos trazidos para o Brasil durante o tráfico negreiro de acordo com dados históricos. OBJETIVO: Investigar as possíveis origens do HTLV-1aA no Brasil a partir da população infectada da África. MATERIAL E MÉTODOS: Primeiramente, para confirmar a introdução do HTLV-1aA no Brasil, durante o período pós-colombiano, foram estudadas 390 sequências LTR de diferentes regiões do mundo previamente publicadas no banco de dados: HTLV-1 Molecular Epidemiology Database. Em seguida foi realizado a caracterização de novos isolados de HTLV-1 circulando em Salvador, Bahia. Por fim, os doadores voluntarios de sangue do Benim foram testados na triagem do HTLV por ELISA para avaliar a soroprevalência da infeção pelo HTLV. RESULTADO E CONCLUSÕES: Nosso estudo mostrou que há um agrupamento monofilético entre as sequências isoladas no Brasil com as sequências do sul da África, não sendo observada um agrupamento monofilético entre as sequências isoladas no Brasil e na região oeste da África, como já foi mostrado por estudos anteriores. Todas as sequências do genótipo ``aA´´ se agruparam dentro do subtipo Transcontinental e foram identificados três grupos monofiléticos de interesse com valor de confiabilidade acima de 70%, confirmando a hipótese de múltiplas introduções do HTLV-1aA no Brasil. As análises de datação molecular dos grupos monofiléticos identificados mostraram uma introdução durante o período pós-colombiano do HTLV-1 aA no Brasil no ano de 1500. Neste estudo, 16 novas sequências LTR foram caracterizadas como pertencendo ao subtipo HTLV-1aA e uma introdução do HTLV-1 durante o período pós-colombiano foi confirmada, com o valor do tamanho efetivo da amostragem superior a 200. No total, 2035 doadores de sangue foram testados na triagem do HTLV onde 12 indivíduos foram identificados positivos, que foi estatisticamente significativo (IC95% 0.00259-0.00919; p<0.05) e 7 foram indeterminadas (DO/CO 1<<1.23) para a infecção pelo HTLV. Nossos achados revelaram também a informação de que o sangue desses indivíduos positivos já foram transfusionados para alguns receptores, devido à falta do teste da triagem para o HTLV nos bancos de sangue em Benim. Os dados de epidemiologia do HTLV em Benim, obtidos neste estudo são extremamente relevantes para gerar as sequências do HTLV-1 isolados no Benim, afim de entender melhor a origem do HTLV-1aA no Brasil. A presença de casos com sorologia positivos entre os doadores de sangue em Benim, nos chama atenção para a importância da inclusão da triagem do teste para HTLV, buscando evitar a disseminação desta infecção dentro da população deste país.
id CRUZ_dea5f3ec63983f014bc0aee77feb19f7
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/27126
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Amoussa, Adjile Edjide RoukiyathCunha, Antonio Ricardo KhouriCarvalho, Lucas Pedreira deCunha, Joana Paixão MonteiroSiqueira, Isadora Cristina deAlcantara, Luiz Carlos JúniorAlcantara, Luiz Carlos Júnior2018-06-26T17:19:12Z2018-06-26T17:19:12Z2018AMOUSSA, A. E. R. Origem do HTLV-1aA no Brasil: Contribuição da população africana na introdução do vírus. 2018. 97 il. Tese (Doutorado em Patologia Humana) - Universidade Federal da Bahia. Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Gonçalo Moniz, Salvador, 2018.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27126INTRODUÇÃO: Até o momento quatro tipos de HTLV foram isolados e descritos na literatura, sendo que somente o HTLV tipo 1 foi considerado endêmico em várias regiões do mundo, principalmente na África, Japão, Caribe e em ambos continentes americanos. No Brasil, esta infecção é mais comum entre os descendentes de imigrantes originados dos países endêmicos, por exemplo, o Japão e países da África Subsaariana. O Subgrupo ``A´´ do HTLV-1 subtipo ``a´´ (HTLV-1 aA) é o mais frequente de todos subgrupos e possui disponíveis, um número maior de sequências LTR no Genbank e nos bancos de dados secundários. Para entender a origem do HTLV-1 aA no Brasil vários estudos de análises filogenéticas da região LTR do vírus, juntamente à caracterização dos haplótipos do gene da β-globina dos indivíduos infectados foram realizados. Alguns desses estudos sugeriram que houve múltiplas introduções durante o período pós-colombiano, principalmente, através da migração da população africana para o Brasil. Segundo os dados históricos a maioria dos africanos que foram trazidos para o Brasil são originados da região oeste da África. Portanto para esclarecer a ausência até o momento de agrupamento monofiletico dos genótipos ``aA´´ isolados no Brasil com os genotipos isolados na região oeste da África, seria importante a obtenção das sequências isoladas em Benim, um país que participou com muitos africanos trazidos para o Brasil durante o tráfico negreiro de acordo com dados históricos. OBJETIVO: Investigar as possíveis origens do HTLV-1aA no Brasil a partir da população infectada da África. MATERIAL E MÉTODOS: Primeiramente, para confirmar a introdução do HTLV-1aA no Brasil, durante o período pós-colombiano, foram estudadas 390 sequências LTR de diferentes regiões do mundo previamente publicadas no banco de dados: HTLV-1 Molecular Epidemiology Database. Em seguida foi realizado a caracterização de novos isolados de HTLV-1 circulando em Salvador, Bahia. Por fim, os doadores voluntarios de sangue do Benim foram testados na triagem do HTLV por ELISA para avaliar a soroprevalência da infeção pelo HTLV. RESULTADO E CONCLUSÕES: Nosso estudo mostrou que há um agrupamento monofilético entre as sequências isoladas no Brasil com as sequências do sul da África, não sendo observada um agrupamento monofilético entre as sequências isoladas no Brasil e na região oeste da África, como já foi mostrado por estudos anteriores. Todas as sequências do genótipo ``aA´´ se agruparam dentro do subtipo Transcontinental e foram identificados três grupos monofiléticos de interesse com valor de confiabilidade acima de 70%, confirmando a hipótese de múltiplas introduções do HTLV-1aA no Brasil. As análises de datação molecular dos grupos monofiléticos identificados mostraram uma introdução durante o período pós-colombiano do HTLV-1 aA no Brasil no ano de 1500. Neste estudo, 16 novas sequências LTR foram caracterizadas como pertencendo ao subtipo HTLV-1aA e uma introdução do HTLV-1 durante o período pós-colombiano foi confirmada, com o valor do tamanho efetivo da amostragem superior a 200. No total, 2035 doadores de sangue foram testados na triagem do HTLV onde 12 indivíduos foram identificados positivos, que foi estatisticamente significativo (IC95% 0.00259-0.00919; p<0.05) e 7 foram indeterminadas (DO/CO 1<<1.23) para a infecção pelo HTLV. Nossos achados revelaram também a informação de que o sangue desses indivíduos positivos já foram transfusionados para alguns receptores, devido à falta do teste da triagem para o HTLV nos bancos de sangue em Benim. Os dados de epidemiologia do HTLV em Benim, obtidos neste estudo são extremamente relevantes para gerar as sequências do HTLV-1 isolados no Benim, afim de entender melhor a origem do HTLV-1aA no Brasil. A presença de casos com sorologia positivos entre os doadores de sangue em Benim, nos chama atenção para a importância da inclusão da triagem do teste para HTLV, buscando evitar a disseminação desta infecção dentro da população deste país.INTRODUCTION: To date, four types of HTLV have been isolated and described in the literature, only HTLV type 1 has been considered endemic in several regions of the world, mainly in Africa, Japan, Caribbean and in both American continents. In Brazil, this infection is most commonly found among the descendants of immigrants from countries where the infection is most endemic, for example, Japan and sub-Saharan Africa countries. The HTLV-1 subgroup "A" subtype ``a´´ (HTLV-1aA) is the most frequent of all subgroups and has a larger number of LTR sequences available in Genbank and in the secondary databases. In order to understand the origin of HTLV-1aA in Brazil, several studies of phylogenetic analyses of the virus LTR region were performed, together with the characterization of the β-globin gene haplotypes of infected individuals. Some of these studies have suggested that there were a multiple introduction during the post-colombian period mainly through the migration of the African population in Brazil. According to historical data, most of the Africans who reached out Brazil are from the West African region. Finally, to clarify the absence of monophyletic grouping of the genotype ``aA´´ isolated from Brasil with the genotypes isolated in the West region of Africa, we need to obtain sequences isolated in Benin. According to historical data, Benin is a country that brought many Africans to Brazil during the slave trade. AIM: Investigate the possible origins of HTLV-1aA in Brazil from the infected populations of Africa. MATERIAL AND METHODS: Firstly, to confirm the introduction of HTLV-1aA in Brazil, during the post-colombian period, we studied 390 LTR sequences from different regions of the world previously published in the HTLV-1 Molecular Epidemiology Database. In a second part, the characterization of new HTLV-1 isolates from Salvador, Bahia was performed. Finally, we evaluated the seroprevalence of HTLV infection in Benin in volunteer blood donors tested on HTLV screening by ELISA. RESULTS AND CONCLUSIONS: Our study showed that there is a monophyletic grouping between the sequences isolated in Brazil and those from South Africa, but no a monophyletic grouping was observed between the sequences isolated in West region of Africa and those from Brazil, as already shown in previous studies. All ``aA´´ sequences were grouped in the Transcontinental subtype cluster and three subclusters of interest with a bootstrap value above 70% were identified, confirming the hypothesis of the multiple introductions of HTLV-1aA in Brazil. The molecular dating analyses of the identified clusters showed an introduction during the post-columbian period of HTLV-1aA in Brazil in year 1500. In this study, 16 new LTR sequences were characterized as belonging to the subtype HTLV-1aA and an introduction of HTLV-1 during the post-colombian period was confirmed, with an Effective Sample Size value over 200. In total, 2035 blood donors were tested for HTLV screening with 12 individuals were identified as positive, which was statistically significant (95%CI: 0.00259-0.00919; p<0.05) and 7 were undetermined (DO/CO 1<<1.23) for HTLV infection. Our findings also revealed information that blood of these positive individuals are already being transfused to some recipients because of the lack of the HTLV screening test at blood banks in Benin. The HTLV epidemiology data from Benin, obtained in this study are extremely relevant of generating the HTLV-1 sequences isolated in Benin, in order to better understand the origin of HTLV-1aA in Brazil. In addition, the presence of HTLV positive cases within the donors in Benin, draws attention of the importance of including HTLV screening to prevent the spread of this infection within the population of this country.CNPq, FAPESB, FAPESP, FINEP, ANTS, CPMI-NFEDFundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo Moniz. Salvador, BA, BrasilporInstituto Gonçalo MonizHTLV-1LTRAnálise FilogenéticaPeríodo Pós-ColombianoDoadores de SangueHTLV TransmissãoPrevençãoHTLV-1LTRPhylogenetic AnalysisPost-Colombian PeriodBlood DonorsHTLV TransmissionPreventionOrigem do HTLV-1aA no Brasil: Contribuição da população africana na introdução do vírusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis2018-03-20Coordenação de EnsinoFundação Oswaldo Cruz. Instituto Gonçalo MonizSalvador/BaPós-Graduação em Patologia Humanainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82991https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27126/1/license.txt5a560609d32a3863062d77ff32785d58MD51ORIGINALAdjile Edjide Roukiyath Amoussa Origem do HTLV-1...2018.pdfAdjile Edjide Roukiyath Amoussa Origem do HTLV-1...2018.pdfapplication/pdf3857835https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27126/2/Adjile%20Edjide%20Roukiyath%20%20Amoussa%20Origem%20do%20HTLV-1...2018.pdfa2b2fed0f3e2843524f03204c6bf20ebMD52TEXTAdjile Edjide Roukiyath Amoussa Origem do HTLV-1...2018.pdf.txtAdjile Edjide Roukiyath Amoussa Origem do HTLV-1...2018.pdf.txtExtracted texttext/plain235680https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27126/3/Adjile%20Edjide%20Roukiyath%20%20Amoussa%20Origem%20do%20HTLV-1...2018.pdf.txt11cfc0690e0ad1561ad78c04557cc68fMD53icict/271262018-11-06 15:25:52.862oai:www.arca.fiocruz.br:icict/27126Q0VTU8ODTyBOw4NPIEVYQ0xVU0lWQSBERSBESVJFSVRPUyBBVVRPUkFJUwoKQW8gYWNlaXRhciBvcyBURVJNT1MgZSBDT05EScOHw5VFUyBkZXN0YSBDRVNTw4NPLCBvIEFVVE9SIGUvb3UgVElUVUxBUiBkZSBkaXJlaXRvcwphdXRvcmFpcyBzb2JyZSBhIE9CUkEgZGUgcXVlIHRyYXRhIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvOgoKKDEpIENFREUgZSBUUkFOU0ZFUkUsIHRvdGFsIGUgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgw6AgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaLCBlbQpjYXLDoXRlciBwZXJtYW5lbnRlLCBpcnJldm9nw6F2ZWwgZSBOw4NPIEVYQ0xVU0lWTywgdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgcGF0cmltb25pYWlzIE7Dg08KQ09NRVJDSUFJUyBkZSB1dGlsaXphw6fDo28gZGEgT0JSQSBhcnTDrXN0aWNhIGUvb3UgY2llbnTDrWZpY2EgaW5kaWNhZGEgYWNpbWEsIGluY2x1c2l2ZSBvcyBkaXJlaXRvcwpkZSB2b3ogZSBpbWFnZW0gdmluY3VsYWRvcyDDoCBPQlJBLCBkdXJhbnRlIHRvZG8gbyBwcmF6byBkZSBkdXJhw6fDo28gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBlbQpxdWFscXVlciBpZGlvbWEgZSBlbSB0b2RvcyBvcyBwYcOtc2VzOwoKKDIpIEFDRUlUQSBxdWUgYSBjZXNzw6NvIHRvdGFsIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBwZXJtYW5lbnRlIGUgaXJyZXZvZ8OhdmVsIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcwpwYXRyaW1vbmlhaXMgbsOjbyBjb21lcmNpYWlzIGRlIHV0aWxpemHDp8OjbyBkZSBxdWUgdHJhdGEgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gaW5jbHVpLCBleGVtcGxpZmljYXRpdmFtZW50ZSwKb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGUgY29tdW5pY2HDp8OjbyBww7pibGljYSBkYSBPQlJBLCBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IHZlw61jdWxvLAppbmNsdXNpdmUgZW0gUmVwb3NpdMOzcmlvcyBEaWdpdGFpcywgYmVtIGNvbW8gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgcmVwcm9kdcOnw6NvLCBleGliacOnw6NvLCBleGVjdcOnw6NvLApkZWNsYW1hw6fDo28sIHJlY2l0YcOnw6NvLCBleHBvc2nDp8OjbywgYXJxdWl2YW1lbnRvLCBpbmNsdXPDo28gZW0gYmFuY28gZGUgZGFkb3MsIHByZXNlcnZhw6fDo28sIGRpZnVzw6NvLApkaXN0cmlidWnDp8OjbywgZGl2dWxnYcOnw6NvLCBlbXByw6lzdGltbywgdHJhZHXDp8OjbywgZHVibGFnZW0sIGxlZ2VuZGFnZW0sIGluY2x1c8OjbyBlbSBub3ZhcyBvYnJhcyBvdQpjb2xldMOibmVhcywgcmV1dGlsaXphw6fDo28sIGVkacOnw6NvLCBwcm9kdcOnw6NvIGRlIG1hdGVyaWFsIGRpZMOhdGljbyBlIGN1cnNvcyBvdSBxdWFscXVlciBmb3JtYSBkZQp1dGlsaXphw6fDo28gbsOjbyBjb21lcmNpYWw7CgooMykgUkVDT05IRUNFIHF1ZSBhIGNlc3PDo28gYXF1aSBlc3BlY2lmaWNhZGEgY29uY2VkZSDDoCBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPCkNSVVogbyBkaXJlaXRvIGRlIGF1dG9yaXphciBxdWFscXVlciBwZXNzb2Eg4oCTIGbDrXNpY2Egb3UganVyw61kaWNhLCBww7pibGljYSBvdSBwcml2YWRhLCBuYWNpb25hbCBvdQplc3RyYW5nZWlyYSDigJMgYSBhY2Vzc2FyIGUgdXRpbGl6YXIgYW1wbGFtZW50ZSBhIE9CUkEsIHNlbSBleGNsdXNpdmlkYWRlLCBwYXJhIHF1YWlzcXVlcgpmaW5hbGlkYWRlcyBuw6NvIGNvbWVyY2lhaXM7CgooNCkgREVDTEFSQSBxdWUgYSBvYnJhIMOpIGNyaWHDp8OjbyBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSDDqSBvIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGFxdWkgY2VkaWRvcyBlIGF1dG9yaXphZG9zLApyZXNwb25zYWJpbGl6YW5kby1zZSBpbnRlZ3JhbG1lbnRlIHBlbG8gY29udGXDumRvIGUgb3V0cm9zIGVsZW1lbnRvcyBxdWUgZmF6ZW0gcGFydGUgZGEgT0JSQSwKaW5jbHVzaXZlIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBlIGltYWdlbSB2aW5jdWxhZG9zIMOgIE9CUkEsIG9icmlnYW5kby1zZSBhIGluZGVuaXphciB0ZXJjZWlyb3MgcG9yCmRhbm9zLCBiZW0gY29tbyBpbmRlbml6YXIgZSByZXNzYXJjaXIgYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVogZGUKZXZlbnR1YWlzIGRlc3Blc2FzIHF1ZSB2aWVyZW0gYSBzdXBvcnRhciwgZW0gcmF6w6NvIGRlIHF1YWxxdWVyIG9mZW5zYSBhIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIG91CmRpcmVpdG9zIGRlIHZveiBvdSBpbWFnZW0sIHByaW5jaXBhbG1lbnRlIG5vIHF1ZSBkaXogcmVzcGVpdG8gYSBwbMOhZ2lvIGUgdmlvbGHDp8O1ZXMgZGUgZGlyZWl0b3M7CgooNSkgQUZJUk1BIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTwpPU1dBTERPIENSVVogZSBhcyBkaXJldHJpemVzIHBhcmEgbyBmdW5jaW9uYW1lbnRvIGRvIHJlcG9zaXTDs3JpbyBpbnN0aXR1Y2lvbmFsIEFSQ0EuCgpBIFBvbMOtdGljYSBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRlIEFjZXNzbyBBYmVydG8gZGEgRklPQ1JVWiAtIEZVTkRBw4fDg08gT1NXQUxETyBDUlVaIHJlc2VydmEKZXhjbHVzaXZhbWVudGUgYW8gQVVUT1Igb3MgZGlyZWl0b3MgbW9yYWlzIGUgb3MgdXNvcyBjb21lcmNpYWlzIHNvYnJlIGFzIG9icmFzIGRlIHN1YSBhdXRvcmlhCmUvb3UgdGl0dWxhcmlkYWRlLCBzZW5kbyBvcyB0ZXJjZWlyb3MgdXN1w6FyaW9zIHJlc3BvbnPDoXZlaXMgcGVsYSBhdHJpYnVpw6fDo28gZGUgYXV0b3JpYSBlIG1hbnV0ZW7Dp8OjbwpkYSBpbnRlZ3JpZGFkZSBkYSBPQlJBIGVtIHF1YWxxdWVyIHV0aWxpemHDp8Ojby4KCkEgUG9sw610aWNhIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0byBkYSBGSU9DUlVaIC0gRlVOREHDh8ODTyBPU1dBTERPIENSVVoKcmVzcGVpdGEgb3MgY29udHJhdG9zIGUgYWNvcmRvcyBwcmVleGlzdGVudGVzIGRvcyBBdXRvcmVzIGNvbSB0ZXJjZWlyb3MsIGNhYmVuZG8gYW9zIEF1dG9yZXMKaW5mb3JtYXIgw6AgSW5zdGl0dWnDp8OjbyBhcyBjb25kacOnw7VlcyBlIG91dHJhcyByZXN0cmnDp8O1ZXMgaW1wb3N0YXMgcG9yIGVzdGVzIGluc3RydW1lbnRvcy4KRepositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352018-11-06T17:25:52Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Origem do HTLV-1aA no Brasil: Contribuição da população africana na introdução do vírus
title Origem do HTLV-1aA no Brasil: Contribuição da população africana na introdução do vírus
spellingShingle Origem do HTLV-1aA no Brasil: Contribuição da população africana na introdução do vírus
Amoussa, Adjile Edjide Roukiyath
HTLV-1
LTR
Análise Filogenética
Período Pós-Colombiano
Doadores de Sangue
HTLV Transmissão
Prevenção
HTLV-1
LTR
Phylogenetic Analysis
Post-Colombian Period
Blood Donors
HTLV Transmission
Prevention
title_short Origem do HTLV-1aA no Brasil: Contribuição da população africana na introdução do vírus
title_full Origem do HTLV-1aA no Brasil: Contribuição da população africana na introdução do vírus
title_fullStr Origem do HTLV-1aA no Brasil: Contribuição da população africana na introdução do vírus
title_full_unstemmed Origem do HTLV-1aA no Brasil: Contribuição da população africana na introdução do vírus
title_sort Origem do HTLV-1aA no Brasil: Contribuição da população africana na introdução do vírus
author Amoussa, Adjile Edjide Roukiyath
author_facet Amoussa, Adjile Edjide Roukiyath
author_role author
dc.contributor.member.none.fl_str_mv Cunha, Antonio Ricardo Khouri
Carvalho, Lucas Pedreira de
Cunha, Joana Paixão Monteiro
Siqueira, Isadora Cristina de
Alcantara, Luiz Carlos Júnior
dc.contributor.author.fl_str_mv Amoussa, Adjile Edjide Roukiyath
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Alcantara, Luiz Carlos Júnior
contributor_str_mv Alcantara, Luiz Carlos Júnior
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv HTLV-1
LTR
Análise Filogenética
Período Pós-Colombiano
Doadores de Sangue
HTLV Transmissão
Prevenção
topic HTLV-1
LTR
Análise Filogenética
Período Pós-Colombiano
Doadores de Sangue
HTLV Transmissão
Prevenção
HTLV-1
LTR
Phylogenetic Analysis
Post-Colombian Period
Blood Donors
HTLV Transmission
Prevention
dc.subject.en.pt_BR.fl_str_mv HTLV-1
LTR
Phylogenetic Analysis
Post-Colombian Period
Blood Donors
HTLV Transmission
Prevention
description INTRODUÇÃO: Até o momento quatro tipos de HTLV foram isolados e descritos na literatura, sendo que somente o HTLV tipo 1 foi considerado endêmico em várias regiões do mundo, principalmente na África, Japão, Caribe e em ambos continentes americanos. No Brasil, esta infecção é mais comum entre os descendentes de imigrantes originados dos países endêmicos, por exemplo, o Japão e países da África Subsaariana. O Subgrupo ``A´´ do HTLV-1 subtipo ``a´´ (HTLV-1 aA) é o mais frequente de todos subgrupos e possui disponíveis, um número maior de sequências LTR no Genbank e nos bancos de dados secundários. Para entender a origem do HTLV-1 aA no Brasil vários estudos de análises filogenéticas da região LTR do vírus, juntamente à caracterização dos haplótipos do gene da β-globina dos indivíduos infectados foram realizados. Alguns desses estudos sugeriram que houve múltiplas introduções durante o período pós-colombiano, principalmente, através da migração da população africana para o Brasil. Segundo os dados históricos a maioria dos africanos que foram trazidos para o Brasil são originados da região oeste da África. Portanto para esclarecer a ausência até o momento de agrupamento monofiletico dos genótipos ``aA´´ isolados no Brasil com os genotipos isolados na região oeste da África, seria importante a obtenção das sequências isoladas em Benim, um país que participou com muitos africanos trazidos para o Brasil durante o tráfico negreiro de acordo com dados históricos. OBJETIVO: Investigar as possíveis origens do HTLV-1aA no Brasil a partir da população infectada da África. MATERIAL E MÉTODOS: Primeiramente, para confirmar a introdução do HTLV-1aA no Brasil, durante o período pós-colombiano, foram estudadas 390 sequências LTR de diferentes regiões do mundo previamente publicadas no banco de dados: HTLV-1 Molecular Epidemiology Database. Em seguida foi realizado a caracterização de novos isolados de HTLV-1 circulando em Salvador, Bahia. Por fim, os doadores voluntarios de sangue do Benim foram testados na triagem do HTLV por ELISA para avaliar a soroprevalência da infeção pelo HTLV. RESULTADO E CONCLUSÕES: Nosso estudo mostrou que há um agrupamento monofilético entre as sequências isoladas no Brasil com as sequências do sul da África, não sendo observada um agrupamento monofilético entre as sequências isoladas no Brasil e na região oeste da África, como já foi mostrado por estudos anteriores. Todas as sequências do genótipo ``aA´´ se agruparam dentro do subtipo Transcontinental e foram identificados três grupos monofiléticos de interesse com valor de confiabilidade acima de 70%, confirmando a hipótese de múltiplas introduções do HTLV-1aA no Brasil. As análises de datação molecular dos grupos monofiléticos identificados mostraram uma introdução durante o período pós-colombiano do HTLV-1 aA no Brasil no ano de 1500. Neste estudo, 16 novas sequências LTR foram caracterizadas como pertencendo ao subtipo HTLV-1aA e uma introdução do HTLV-1 durante o período pós-colombiano foi confirmada, com o valor do tamanho efetivo da amostragem superior a 200. No total, 2035 doadores de sangue foram testados na triagem do HTLV onde 12 indivíduos foram identificados positivos, que foi estatisticamente significativo (IC95% 0.00259-0.00919; p<0.05) e 7 foram indeterminadas (DO/CO 1<<1.23) para a infecção pelo HTLV. Nossos achados revelaram também a informação de que o sangue desses indivíduos positivos já foram transfusionados para alguns receptores, devido à falta do teste da triagem para o HTLV nos bancos de sangue em Benim. Os dados de epidemiologia do HTLV em Benim, obtidos neste estudo são extremamente relevantes para gerar as sequências do HTLV-1 isolados no Benim, afim de entender melhor a origem do HTLV-1aA no Brasil. A presença de casos com sorologia positivos entre os doadores de sangue em Benim, nos chama atenção para a importância da inclusão da triagem do teste para HTLV, buscando evitar a disseminação desta infecção dentro da população deste país.
publishDate 2018
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-06-26T17:19:12Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-06-26T17:19:12Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2018
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv AMOUSSA, A. E. R. Origem do HTLV-1aA no Brasil: Contribuição da população africana na introdução do vírus. 2018. 97 il. Tese (Doutorado em Patologia Humana) - Universidade Federal da Bahia. Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Gonçalo Moniz, Salvador, 2018.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27126
identifier_str_mv AMOUSSA, A. E. R. Origem do HTLV-1aA no Brasil: Contribuição da população africana na introdução do vírus. 2018. 97 il. Tese (Doutorado em Patologia Humana) - Universidade Federal da Bahia. Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Gonçalo Moniz, Salvador, 2018.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/27126
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto Gonçalo Moniz
publisher.none.fl_str_mv Instituto Gonçalo Moniz
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27126/1/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27126/2/Adjile%20Edjide%20Roukiyath%20%20Amoussa%20Origem%20do%20HTLV-1...2018.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/27126/3/Adjile%20Edjide%20Roukiyath%20%20Amoussa%20Origem%20do%20HTLV-1...2018.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 5a560609d32a3863062d77ff32785d58
a2b2fed0f3e2843524f03204c6bf20eb
11cfc0690e0ad1561ad78c04557cc68f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1798325009522884608