Epidemiologia genômica de Bordetella pertussis no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cambuy, Diego Duque
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
Texto Completo: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13349
Resumo: A coqueluche, ou pertússis, é uma doença do trato respiratório causada principalmente pela bactéria Bordetella pertussis. Após 50 anos de vacinação, pertussis reemergiu, passando a ser a doença imunoprevinível mais frequente mesmo em países desenvolvidos. Várias são as hipóteses para a reemergência de pertússis, uma delas é a adaptação do patógeno frente à vacinação. Linhagens contemporâneas de B. pertussis diferem de linhagens do período pré-vacinal, especialmente em genes codificadores de proteínas usadas na produção de vacinas acelular. Esta re-emergência também tem sido observada no Brasil, assim, realizamos a caracterização genética por MLST baseado nesses genes, de 26 isolados B. pertussis de surtos de três regiões brasileiras (Norte, Sul e Nordeste). Foram identificados dois perfis alélicos, em 24 isolados: prn2-ptxS1A-fim3B-ptxP3, de surtos (2008-2013) de Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Sul - e o perfil prn2-ptxS1A-fim3A-ptxP3 , em dois isolados de Pará/2004. Análises filogenéticas agruparam esses perfis com isolados do período pós vacinal de outras partes do globo. Deste conjunto, três do perfil mais frequente e um do perfil menos frequente, tiveram seus genomas sequenciados na plataforma GS 454 Junior. A comparação desses genomas com outros genomas de B. pertussis disponíveis em dados públicos não identificou SNPs ou genes únicos que caracterizassem os isolados do Brasil Este estudo desenvolveu uma metodologia que permitiu definir a posição da IS481 nos genomas, e uma delas corresponde a um gene relacionado a regulação da transcrição da família MarR, Análise filogenômica, baseada em 826 SNPs, demonstrou que os isolados recentes do Brasil da linhagem pandêmica que presente em todos os continentes, exceto a África. Foi observado também que as relações filogenéticas inferidas pelo MLST são semelhantes àquelas inferidas quando se utiliza o genoma completo, isso denota a pressão seletiva sobre esses genes. Sendo assim, a cepa utilizada na produção da vacina no Brasil, que apresenta o perfil alélico prn1-ptxS1D - fim3A-ptxP2, pode não ser capaz de gerar uma resposta imune protetora frente às linhagens circulantes no país. Este estudo traz, pela primeira vez, informações genéticas e genômicas de isolados de B. pertussis do Brasil, país que apresenta cobertura vacinal bastante heterogênea, que utiliza, oficialmente, a vacina celular, mas que, também, aplica a vacina acelular. As informações reveladas neste estudo podem auxiliar a tomada de ações para o controle de pertússis no Brasil, além do conhecimento sobre epidemiologia e evolução de B. pertussis
id CRUZ_e7e713e1338c196a16d06a8362fe8f1e
oai_identifier_str oai:www.arca.fiocruz.br:icict/13349
network_acronym_str CRUZ
network_name_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
repository_id_str 2135
spelling Cambuy, Diego DuqueSouza, Marcos Paulo Catanho deMiranda, Antônio Basílio deThompson, Cristiane CarneiroPassetti, FábioMarin, Michel Francisco AbantoVicente, Ana Carolina Paulo2016-03-28T12:41:00Z2016-03-28T12:41:00Z2014CAMBUY, D. D. Epidemiologia genômica de Bordetella pertussis no Brasil. 2014. 85f. Dissertação (Mestrado em Biologia Computacional e Sistemas) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, 2014.https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13349A coqueluche, ou pertússis, é uma doença do trato respiratório causada principalmente pela bactéria Bordetella pertussis. Após 50 anos de vacinação, pertussis reemergiu, passando a ser a doença imunoprevinível mais frequente mesmo em países desenvolvidos. Várias são as hipóteses para a reemergência de pertússis, uma delas é a adaptação do patógeno frente à vacinação. Linhagens contemporâneas de B. pertussis diferem de linhagens do período pré-vacinal, especialmente em genes codificadores de proteínas usadas na produção de vacinas acelular. Esta re-emergência também tem sido observada no Brasil, assim, realizamos a caracterização genética por MLST baseado nesses genes, de 26 isolados B. pertussis de surtos de três regiões brasileiras (Norte, Sul e Nordeste). Foram identificados dois perfis alélicos, em 24 isolados: prn2-ptxS1A-fim3B-ptxP3, de surtos (2008-2013) de Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Sul - e o perfil prn2-ptxS1A-fim3A-ptxP3 , em dois isolados de Pará/2004. Análises filogenéticas agruparam esses perfis com isolados do período pós vacinal de outras partes do globo. Deste conjunto, três do perfil mais frequente e um do perfil menos frequente, tiveram seus genomas sequenciados na plataforma GS 454 Junior. A comparação desses genomas com outros genomas de B. pertussis disponíveis em dados públicos não identificou SNPs ou genes únicos que caracterizassem os isolados do Brasil Este estudo desenvolveu uma metodologia que permitiu definir a posição da IS481 nos genomas, e uma delas corresponde a um gene relacionado a regulação da transcrição da família MarR, Análise filogenômica, baseada em 826 SNPs, demonstrou que os isolados recentes do Brasil da linhagem pandêmica que presente em todos os continentes, exceto a África. Foi observado também que as relações filogenéticas inferidas pelo MLST são semelhantes àquelas inferidas quando se utiliza o genoma completo, isso denota a pressão seletiva sobre esses genes. Sendo assim, a cepa utilizada na produção da vacina no Brasil, que apresenta o perfil alélico prn1-ptxS1D - fim3A-ptxP2, pode não ser capaz de gerar uma resposta imune protetora frente às linhagens circulantes no país. Este estudo traz, pela primeira vez, informações genéticas e genômicas de isolados de B. pertussis do Brasil, país que apresenta cobertura vacinal bastante heterogênea, que utiliza, oficialmente, a vacina celular, mas que, também, aplica a vacina acelular. As informações reveladas neste estudo podem auxiliar a tomada de ações para o controle de pertússis no Brasil, além do conhecimento sobre epidemiologia e evolução de B. pertussisPertussis more commonly referred as whooping cough is respiratory tract disease mainly caused by the bacteria B. pertussis. After 50 years of vaccination pert ussis remerged, becoming the most frequent vaccine preventable disease in developed countries. Many hypotheses have been proposed for the re - emergence of pertussis, one being the pathogen adaptation in a vaccinated environment. Current pertussis strains ar e different than those from the prevaccination era, especially in genes that code for proteins used in acelluar pertussis vaccines. This re - emergence is also observed in Brazil, therefore we characterized 26 isolates from 3 regions of Brazil (North,South,N ortheast) using an MLST approach based on these genes. We identified two allelic profiles, 24 isolates from the states of Rio Grande do Sul (2008 - 2009), Alagoas (2008 - 2009), Pernambuco (2013) and Pará (2004) presented the prn2 - ptxS1A - fim3B - ptxP3 allelic pr ofile, while 2 isolates from Pará (2004) presented the prn2 - ptxS1A - fim3A - ptxP3 allelic profile. Phylogenetic analysis branch these two allelic profiles along with other post vaccination isolates around the globe. Four isolates, three from the dominant prof ile and one from the less frequent profile, had their genomes completed sequenced on the GS 454 Junior Platform. We compared these genomes with others available in public databases and no SNP or unique genes were identified in the Brazilian genomes. This s tudy also developed a methodology that identifies the location of the repetitive region IS481, and what genes it interrupted. One of them was the MarR transcriptional regulator gene. Phylogenomic analysis based on 826 SNPs revealed that Brazilian B. pertus sis lineages are part of the current pandemic linage present in all continents, except Africa. We also observed that phylogenomic relationships are similar to MLST’s. Therefore, strain used for pertussis vaccine in Brazil, that presents the prn1 - ptxS1D - f im3A - ptxP2 allelic profile, might not be able to induce immune response to the current linage circulating in the country. This is the first study with genetic and genomic informations of B. pertussis isolates in Brazil, which is a country with heterogeneou s vaccine coverage and mixed and has both cellular and acellular vaccine administrated to the population. Information brought with this study can help the decision making on the control of pertussis in Brazil and gives new insights on the epidemiology and evolution of B. pertussisFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, RJ, BrasilporEpidemiologia genômica de Bordetella pertussis no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis2014Pós-Graduação em Biologia Computacional e SistemasFundação Oswaldo Cruz. Instituto Oswaldo CruzRio de Janeiro/RJPrograma de Pós-Graduação em Biologia Computacional e SistemasVacina contra CoquelucheGenomaEpidemiologiaBordetella pertussisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)instacron:FIOCRUZORIGINALdiego_cambuy_ioc_mest_2014.pdfapplication/pdf2689625https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13349/1/diego_cambuy_ioc_mest_2014.pdf9a0d86cf1fe73771c946b0bd687aec4bMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13349/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTdiego_cambuy_ioc_mest_2014.pdf.txtdiego_cambuy_ioc_mest_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain121324https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13349/3/diego_cambuy_ioc_mest_2014.pdf.txt3f8d2bd42c10ff4a0805e625725632b8MD53icict/133492022-06-24 12:17:43.023oai:www.arca.fiocruz.br:icict/13349Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://www.arca.fiocruz.br/oai/requestrepositorio.arca@fiocruz.bropendoar:21352022-06-24T15:17:43Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Epidemiologia genômica de Bordetella pertussis no Brasil
title Epidemiologia genômica de Bordetella pertussis no Brasil
spellingShingle Epidemiologia genômica de Bordetella pertussis no Brasil
Cambuy, Diego Duque
Vacina contra Coqueluche
Genoma
Epidemiologia
Bordetella pertussis
title_short Epidemiologia genômica de Bordetella pertussis no Brasil
title_full Epidemiologia genômica de Bordetella pertussis no Brasil
title_fullStr Epidemiologia genômica de Bordetella pertussis no Brasil
title_full_unstemmed Epidemiologia genômica de Bordetella pertussis no Brasil
title_sort Epidemiologia genômica de Bordetella pertussis no Brasil
author Cambuy, Diego Duque
author_facet Cambuy, Diego Duque
author_role author
dc.contributor.member.pt_BR.fl_str_mv Souza, Marcos Paulo Catanho de
Miranda, Antônio Basílio de
Thompson, Cristiane Carneiro
Passetti, Fábio
Marin, Michel Francisco Abanto
dc.contributor.author.fl_str_mv Cambuy, Diego Duque
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Vicente, Ana Carolina Paulo
contributor_str_mv Vicente, Ana Carolina Paulo
dc.subject.decs.pt_BR.fl_str_mv Vacina contra Coqueluche
Genoma
Epidemiologia
Bordetella pertussis
topic Vacina contra Coqueluche
Genoma
Epidemiologia
Bordetella pertussis
description A coqueluche, ou pertússis, é uma doença do trato respiratório causada principalmente pela bactéria Bordetella pertussis. Após 50 anos de vacinação, pertussis reemergiu, passando a ser a doença imunoprevinível mais frequente mesmo em países desenvolvidos. Várias são as hipóteses para a reemergência de pertússis, uma delas é a adaptação do patógeno frente à vacinação. Linhagens contemporâneas de B. pertussis diferem de linhagens do período pré-vacinal, especialmente em genes codificadores de proteínas usadas na produção de vacinas acelular. Esta re-emergência também tem sido observada no Brasil, assim, realizamos a caracterização genética por MLST baseado nesses genes, de 26 isolados B. pertussis de surtos de três regiões brasileiras (Norte, Sul e Nordeste). Foram identificados dois perfis alélicos, em 24 isolados: prn2-ptxS1A-fim3B-ptxP3, de surtos (2008-2013) de Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Sul - e o perfil prn2-ptxS1A-fim3A-ptxP3 , em dois isolados de Pará/2004. Análises filogenéticas agruparam esses perfis com isolados do período pós vacinal de outras partes do globo. Deste conjunto, três do perfil mais frequente e um do perfil menos frequente, tiveram seus genomas sequenciados na plataforma GS 454 Junior. A comparação desses genomas com outros genomas de B. pertussis disponíveis em dados públicos não identificou SNPs ou genes únicos que caracterizassem os isolados do Brasil Este estudo desenvolveu uma metodologia que permitiu definir a posição da IS481 nos genomas, e uma delas corresponde a um gene relacionado a regulação da transcrição da família MarR, Análise filogenômica, baseada em 826 SNPs, demonstrou que os isolados recentes do Brasil da linhagem pandêmica que presente em todos os continentes, exceto a África. Foi observado também que as relações filogenéticas inferidas pelo MLST são semelhantes àquelas inferidas quando se utiliza o genoma completo, isso denota a pressão seletiva sobre esses genes. Sendo assim, a cepa utilizada na produção da vacina no Brasil, que apresenta o perfil alélico prn1-ptxS1D - fim3A-ptxP2, pode não ser capaz de gerar uma resposta imune protetora frente às linhagens circulantes no país. Este estudo traz, pela primeira vez, informações genéticas e genômicas de isolados de B. pertussis do Brasil, país que apresenta cobertura vacinal bastante heterogênea, que utiliza, oficialmente, a vacina celular, mas que, também, aplica a vacina acelular. As informações reveladas neste estudo podem auxiliar a tomada de ações para o controle de pertússis no Brasil, além do conhecimento sobre epidemiologia e evolução de B. pertussis
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-03-28T12:41:00Z
dc.date.available.fl_str_mv 2016-03-28T12:41:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv CAMBUY, D. D. Epidemiologia genômica de Bordetella pertussis no Brasil. 2014. 85f. Dissertação (Mestrado em Biologia Computacional e Sistemas) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, 2014.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13349
identifier_str_mv CAMBUY, D. D. Epidemiologia genômica de Bordetella pertussis no Brasil. 2014. 85f. Dissertação (Mestrado em Biologia Computacional e Sistemas) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ, 2014.
url https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/13349
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
instname:Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron:FIOCRUZ
instname_str Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
instacron_str FIOCRUZ
institution FIOCRUZ
reponame_str Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
collection Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13349/1/diego_cambuy_ioc_mest_2014.pdf
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13349/2/license.txt
https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/13349/3/diego_cambuy_ioc_mest_2014.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 9a0d86cf1fe73771c946b0bd687aec4b
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
3f8d2bd42c10ff4a0805e625725632b8
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da FIOCRUZ (ARCA) - Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
repository.mail.fl_str_mv repositorio.arca@fiocruz.br
_version_ 1794075682186199040