Estoques de carbono pelo método de pedotransferência e do anel volumétrico em diferentes classes de solos sob sistemas agroflorestais e na floresta nativa.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: OLIVEIRA, G. B. da S.
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da EMBRAPA (Repository Open Access to Scientific Information from EMBRAPA - Alice)
Texto Completo: http://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/handle/doc/1157447
Resumo: Os sistemas agroflorestais (SAFs) surgem como práticas alternativas de uso dos recursos naturais, pois além de gerar diversos produtos de origem animal e vegetal são promotores em potencial, de serviços ecossistêmicos, como captação de carbono (C) através da biomassa e do solo. Diversos estudos vêm sendo difundidos a fim de consolidar a eficiências destes sistemas como objetos captadores e armazenadores de C no solo. Metodologias que se adequem a medição dos estoques de carbono para os diversos tipos de solos e sistemas de uso da terra são importantes para gerar parâmetros confiáveis. Porém, muitas vezes a obtenção deste parâmetro é dispendioso, desde aspectos operacionais, financeiros e tempo investido. Equações de pedotransferência podem ser usadas para estimar a densidade do solo e consequentemente o estoque de carbono do solo, pois são de fácil aplicabilidade por utilizar atributos físicos e químicos obtidos com maior facilidade. Este trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar e comparar o estoque de C obtido por meio de diferentes métodos em sistemas agroflorestais aos 28 anos de idade e áreas de floresta adjacentes, em três classes de solo: PLINTOSSOLO ARGILÚVICO Distrófico argissólico (FTd), ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico plintossólico (PVAd) e LATOSSOLO VERMELHO Distrófico típico (LVd), no ramal Baixa Verde, Nova Califórnia (Rondônia). Em cada área foram abertas trincheiras de 1 x 1,5 x 1,5 m para descrição dos perfis e classificação dos solos e para coleta das amostras de solo. Na trincheira o solo foi coletado em seis profundidades de 0-10, 10-20, 20-40, 40-60, 60-80 e 80-100 cm. A densidade do solo foi calculada pelo método do anel volumétrico (MAV) e estimada pela equação de pedotransferência (PTF) proposta por Benites et al. (2007). Ambos valores foram utilizados nas estimativas do estoque no solo. Outros dois métodos contaram com a correção do teor de C no solo (Moraes et al., 1996) e a espessura da camada amostrada (adaptada de Fernandes e Fernandes, 2013), que relaciona a densidade do solo do tratamento com a da vegetação nativa. A densidade estimada do solo por PTF não variou em comparação com a obtida pelo MAV, até 20 cm de profundidade. Os métodos de obtenção do estoque de C no solo foram similares estatisticamente. Nas estimativas por PTF sem correção, a área de Floresta LVd obteve maior valor absoluto de C: 120,36 Mg.ha-1, até 1 m de profundidade. Para valores corrigidos de carbono o SAF 2 LVd obteve maior estoque: 121,81 Mg.ha-1 em valores absolutos, porém, não houve diferença estatística entre eles (p>0,05). A classe dos LATOSSOLOS foi a que obteve maior média de carbono estocado corrigido até 1 m: 115,64 Mg.ha-1 , seguido de PLINTOSSOLO ARGILÚVICO com 82,21 Mg.ha-1 e ARGISSOLO VERMELHOAMARELO com 69,28 Mg.ha-1 . Entre as áreas de uso os SAFs estocaram carbono de forma similar ao de uma floresta nativa, demonstrando seu potencial como captadores e armazenadores de C.
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OLIVEIRA, G. B. da S.
Sistemas agroflorestais (SAF)
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