O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL - BREVE HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Ciência & Trópico (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/article/view/1647 |
Resumo: | Este artigo tem como objetivo apresentar um breve histórico da educação superior brasileira e sua caracterização. A história das Instituições de Ensino Superior – IES teve início sob a autoridade da Igreja Católica sendo consideradas instituições elitizadas. Aos poucos ganharam o status de Instituições profissionalizantes e de pesquisa, disseminando ideias e adequando-se aos processos de desenvolvimento econômico e social. As universidades públicas no Brasil foram criadas a partir dos anos 1930, com a junção de escolas superiores de formação profissional e com a transformação das escolas confessionais existentes, expandindo-se em todos os grandes centros. A partir dos anos 1970, observa-se o aumento na quantidade de universidades estaduais, assim como de IES privadas e o ensino superior particular ganha força. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei 9394/96, possibilitou a existência de IES com finalidades lucrativas e surgem, no Brasil, grupos educacionais de capital aberto. Entretanto, o Brasil apresenta, ainda, baixos índices de escolarização no Ensino Superior. Para mensurar a qualidade dos Cursos de Graduação no Brasil, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e o Ministério da Educação (MEC) conceberam o Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado uma vez por ano, logo após a publicação dos resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE). O IGC é obtido por meio da média dos conceitos dos Cursos de Graduação da Instituição e pela média ponderada a partir do número de matrículas de cada IES. O Ensino Superior no Brasil pode ser público ou privado, e, atualmente é oferecido por Universidades, Centros Universitários, Faculdades, Institutos Superiores e Centros de Educação Tecnológica. Em tais Instituições podem ser oferecidos três tipos de Graduação: Bacharelado, Licenciatura e Formação Tecnológica; além dos Cursos de Pós-graduação, divididos em Lato sensu - Especializações e Master of Business Administrations - MBAs; e, Stricto sensu - Mestrados e Doutorados. Além da modalidade presencial é oferecido também o Ensino a Distância (EAD), tanto para a graduação quanto para a pós-graduação, com o uso de tecnologias de comunicação diversificadas. A abertura do Ensino Superior privado a partir de LDBEN propiciou a expansão no número de Instituições e de alunos ingressantes, configurando grande influência da sociedade capitalista globalizada sobre a educação superior brasileira, dando origem ao fenômeno de mercantilização. A mercantilização do Ensino Superior no Brasil é constatada por meio do crescimento das IES com finalidades lucrativas e da adoção de estratégias de mercado, rumo à financeirização, oligopolização e internacionalização. Assim, em virtude da concorrência acirrada, as organizações educacionais passaram a adotar novas estratégias na busca por alunos, dentre elas, a diversificação de Cursos, a profissionalização da gestão, as fusões e as aquisições, e, a abertura de capital na Bolsa de Valores. Tal mercantilização é questionada por alguns autores que enxergam incompatibilidade entre os objetivos do mercado lucrativo e os princípios educacionais.Palavras-Chave: Ensino Superior; História da Educação Superior; Instituições de Ensino Superior. |
id |
FUNDAJ-1_de44bc38fcf6fe9d222f015b9a7457d3 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.emnuvens.com.br:article/1647 |
network_acronym_str |
FUNDAJ-1 |
network_name_str |
Ciência & Trópico (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL - BREVE HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃOEste artigo tem como objetivo apresentar um breve histórico da educação superior brasileira e sua caracterização. A história das Instituições de Ensino Superior – IES teve início sob a autoridade da Igreja Católica sendo consideradas instituições elitizadas. Aos poucos ganharam o status de Instituições profissionalizantes e de pesquisa, disseminando ideias e adequando-se aos processos de desenvolvimento econômico e social. As universidades públicas no Brasil foram criadas a partir dos anos 1930, com a junção de escolas superiores de formação profissional e com a transformação das escolas confessionais existentes, expandindo-se em todos os grandes centros. A partir dos anos 1970, observa-se o aumento na quantidade de universidades estaduais, assim como de IES privadas e o ensino superior particular ganha força. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei 9394/96, possibilitou a existência de IES com finalidades lucrativas e surgem, no Brasil, grupos educacionais de capital aberto. Entretanto, o Brasil apresenta, ainda, baixos índices de escolarização no Ensino Superior. Para mensurar a qualidade dos Cursos de Graduação no Brasil, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e o Ministério da Educação (MEC) conceberam o Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado uma vez por ano, logo após a publicação dos resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE). O IGC é obtido por meio da média dos conceitos dos Cursos de Graduação da Instituição e pela média ponderada a partir do número de matrículas de cada IES. O Ensino Superior no Brasil pode ser público ou privado, e, atualmente é oferecido por Universidades, Centros Universitários, Faculdades, Institutos Superiores e Centros de Educação Tecnológica. Em tais Instituições podem ser oferecidos três tipos de Graduação: Bacharelado, Licenciatura e Formação Tecnológica; além dos Cursos de Pós-graduação, divididos em Lato sensu - Especializações e Master of Business Administrations - MBAs; e, Stricto sensu - Mestrados e Doutorados. Além da modalidade presencial é oferecido também o Ensino a Distância (EAD), tanto para a graduação quanto para a pós-graduação, com o uso de tecnologias de comunicação diversificadas. A abertura do Ensino Superior privado a partir de LDBEN propiciou a expansão no número de Instituições e de alunos ingressantes, configurando grande influência da sociedade capitalista globalizada sobre a educação superior brasileira, dando origem ao fenômeno de mercantilização. A mercantilização do Ensino Superior no Brasil é constatada por meio do crescimento das IES com finalidades lucrativas e da adoção de estratégias de mercado, rumo à financeirização, oligopolização e internacionalização. Assim, em virtude da concorrência acirrada, as organizações educacionais passaram a adotar novas estratégias na busca por alunos, dentre elas, a diversificação de Cursos, a profissionalização da gestão, as fusões e as aquisições, e, a abertura de capital na Bolsa de Valores. Tal mercantilização é questionada por alguns autores que enxergam incompatibilidade entre os objetivos do mercado lucrativo e os princípios educacionais.Palavras-Chave: Ensino Superior; História da Educação Superior; Instituições de Ensino Superior.Fundação Joaquim Nabuco2018-02-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/article/view/1647Ciência & Trópico; Vol. 42 No. 1 (2018)Ciência & Trópico; Vol. 42 Núm. 1 (2018)Ciência & Trópico; v. 42 n. 1 (2018)2526-93720304-2685reponame:Ciência & Trópico (Online)instname:Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ)instacron:FUNDAJporhttps://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/article/view/1647/1373https://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/article/view/1647/1395Copyright (c) 2018 Ciência & Trópicoinfo:eu-repo/semantics/openAccessGomes, VálterMachado-Taylor, Maria de LourdesSaraiva, Ernani Viana2019-07-03T13:10:31Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/1647Revistahttps://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/indexONGhttps://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/oailuis.silva-tc@fundaj.gov.br || alexandrina.sobreira@fundaj.gov.br2526-93720304-2685opendoar:2019-07-03T13:10:31Ciência & Trópico (Online) - Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL - BREVE HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO |
title |
O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL - BREVE HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO |
spellingShingle |
O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL - BREVE HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO Gomes, Válter |
title_short |
O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL - BREVE HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO |
title_full |
O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL - BREVE HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO |
title_fullStr |
O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL - BREVE HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO |
title_full_unstemmed |
O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL - BREVE HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO |
title_sort |
O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL - BREVE HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO |
author |
Gomes, Válter |
author_facet |
Gomes, Válter Machado-Taylor, Maria de Lourdes Saraiva, Ernani Viana |
author_role |
author |
author2 |
Machado-Taylor, Maria de Lourdes Saraiva, Ernani Viana |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gomes, Válter Machado-Taylor, Maria de Lourdes Saraiva, Ernani Viana |
description |
Este artigo tem como objetivo apresentar um breve histórico da educação superior brasileira e sua caracterização. A história das Instituições de Ensino Superior – IES teve início sob a autoridade da Igreja Católica sendo consideradas instituições elitizadas. Aos poucos ganharam o status de Instituições profissionalizantes e de pesquisa, disseminando ideias e adequando-se aos processos de desenvolvimento econômico e social. As universidades públicas no Brasil foram criadas a partir dos anos 1930, com a junção de escolas superiores de formação profissional e com a transformação das escolas confessionais existentes, expandindo-se em todos os grandes centros. A partir dos anos 1970, observa-se o aumento na quantidade de universidades estaduais, assim como de IES privadas e o ensino superior particular ganha força. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), Lei 9394/96, possibilitou a existência de IES com finalidades lucrativas e surgem, no Brasil, grupos educacionais de capital aberto. Entretanto, o Brasil apresenta, ainda, baixos índices de escolarização no Ensino Superior. Para mensurar a qualidade dos Cursos de Graduação no Brasil, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e o Ministério da Educação (MEC) conceberam o Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado uma vez por ano, logo após a publicação dos resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE). O IGC é obtido por meio da média dos conceitos dos Cursos de Graduação da Instituição e pela média ponderada a partir do número de matrículas de cada IES. O Ensino Superior no Brasil pode ser público ou privado, e, atualmente é oferecido por Universidades, Centros Universitários, Faculdades, Institutos Superiores e Centros de Educação Tecnológica. Em tais Instituições podem ser oferecidos três tipos de Graduação: Bacharelado, Licenciatura e Formação Tecnológica; além dos Cursos de Pós-graduação, divididos em Lato sensu - Especializações e Master of Business Administrations - MBAs; e, Stricto sensu - Mestrados e Doutorados. Além da modalidade presencial é oferecido também o Ensino a Distância (EAD), tanto para a graduação quanto para a pós-graduação, com o uso de tecnologias de comunicação diversificadas. A abertura do Ensino Superior privado a partir de LDBEN propiciou a expansão no número de Instituições e de alunos ingressantes, configurando grande influência da sociedade capitalista globalizada sobre a educação superior brasileira, dando origem ao fenômeno de mercantilização. A mercantilização do Ensino Superior no Brasil é constatada por meio do crescimento das IES com finalidades lucrativas e da adoção de estratégias de mercado, rumo à financeirização, oligopolização e internacionalização. Assim, em virtude da concorrência acirrada, as organizações educacionais passaram a adotar novas estratégias na busca por alunos, dentre elas, a diversificação de Cursos, a profissionalização da gestão, as fusões e as aquisições, e, a abertura de capital na Bolsa de Valores. Tal mercantilização é questionada por alguns autores que enxergam incompatibilidade entre os objetivos do mercado lucrativo e os princípios educacionais.Palavras-Chave: Ensino Superior; História da Educação Superior; Instituições de Ensino Superior. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-02-27 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/article/view/1647 |
url |
https://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/article/view/1647 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/article/view/1647/1373 https://periodicos.fundaj.gov.br/CIC/article/view/1647/1395 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2018 Ciência & Trópico info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2018 Ciência & Trópico |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Fundação Joaquim Nabuco |
publisher.none.fl_str_mv |
Fundação Joaquim Nabuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
Ciência & Trópico; Vol. 42 No. 1 (2018) Ciência & Trópico; Vol. 42 Núm. 1 (2018) Ciência & Trópico; v. 42 n. 1 (2018) 2526-9372 0304-2685 reponame:Ciência & Trópico (Online) instname:Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ) instacron:FUNDAJ |
instname_str |
Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ) |
instacron_str |
FUNDAJ |
institution |
FUNDAJ |
reponame_str |
Ciência & Trópico (Online) |
collection |
Ciência & Trópico (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Ciência & Trópico (Online) - Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
luis.silva-tc@fundaj.gov.br || alexandrina.sobreira@fundaj.gov.br |
_version_ |
1754650220524732416 |