O emprego das forças de operações especiais à luz do direito internacional dos conflitos armados: efeitos positivos sobre o Princípio da Humanidade nos conflitos modernos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, André Augusto Ferreira de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
Texto Completo: http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/00000c/00000c76.pdf
http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/843317
Resumo: A guerra mudou desde o fim da Segunda Guerra Mundial, um processo evolutivo que transcorreu ao longo da Guerra Fria e irrompeu o século XXI. Aquela Grande Guerra marcou o fim da guerra total entre Estados, e assim, aqueles métodos tradicionais de grandes exércitos se enfrentando em amplos campos de batalha deixou de existir. A Carta da ONU, de 1945, e as Convenções de Genebra, de 1949, foram as formas que a comunidade internacional encontrou para livrar a humanidade das atrocidades das grandes guerras. Mas a guerra não deixou de existir, como seria desejado, e apenas deixou de ser aquela entre Estados. Esta foi subjugada em relevância pelos conflitos internos, normalmente conduzidos entre Estados e atores não-estatais, como grupos paramilitares e guerrilheiros, que fizeram emergir a nova forma de combate da guerra assimétrica, cujos fundamentos são encontrados na doutrina de guerra revolucionária de Mao-Tsé Tung. Ao se iniciar o século XXI, um novo grau de letalidade foi apresentado à comunidade internacional, que observou chocada os atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque. O terrorismo passou a ser visto como sendo capaz de comprometer a segurança e a paz internacionais, e esta nova guerra assimétrica, mais letal, representou um novo desafio a ser enfrentado. Neste contexto, nos últimos anos, este enfrentamento tem transitado pela busca de soluções militares, mas, por diversas vezes, a opção tem sido o questionamento sobre a validade das normas Direito Internacional dos Conflitos Armados (DICA) para os conflitos modernos, resultando em um preocupante viés de interpretações das normas que priorizam a necessidade militar em detrimento do princípio da humanidade. O trabalho aborda essa temática e, com o intuito de restituir o valor ao princípio da humanidade através do emprego eficaz e eficiente das Forças Armadas, propõe demonstrar como as Forças de Operações Especiais (FOpEsp) podem constituir um vetor de força capaz de contribuir para este objetivo. Em primeiro lugar, são apresentadas definições sobre os “novos conflitos” e são descritas algumas de suas características mais relevantes. Em seguida, realiza-se um breve resumo sobre o DIH e seus princípios fundamentais, particularmente os princípios da humanidade e da necessidade militar. Posteriormente, são apresentadas as principais características das FOpEsp e das operações especiais que realizam e, a partir daí, ao relacionar os fatos, conclui-se que, apesar de limitações existentes, o emprego das FOpEsp pesa favoravelmente ao princípio da humanidade.
id MB_ea79a70cd38a0d83ba1795d10fb44295
oai_identifier_str oai:www.repositorio.mar.mil.br:ripcmb/843317
network_acronym_str MB
network_name_str Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
repository_id_str
spelling Oliveira, André Augusto Ferreira de2019-02-26T11:46:40Z2019-02-26T11:46:40Z2011http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/00000c/00000c76.pdfhttp://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/843317A guerra mudou desde o fim da Segunda Guerra Mundial, um processo evolutivo que transcorreu ao longo da Guerra Fria e irrompeu o século XXI. Aquela Grande Guerra marcou o fim da guerra total entre Estados, e assim, aqueles métodos tradicionais de grandes exércitos se enfrentando em amplos campos de batalha deixou de existir. A Carta da ONU, de 1945, e as Convenções de Genebra, de 1949, foram as formas que a comunidade internacional encontrou para livrar a humanidade das atrocidades das grandes guerras. Mas a guerra não deixou de existir, como seria desejado, e apenas deixou de ser aquela entre Estados. Esta foi subjugada em relevância pelos conflitos internos, normalmente conduzidos entre Estados e atores não-estatais, como grupos paramilitares e guerrilheiros, que fizeram emergir a nova forma de combate da guerra assimétrica, cujos fundamentos são encontrados na doutrina de guerra revolucionária de Mao-Tsé Tung. Ao se iniciar o século XXI, um novo grau de letalidade foi apresentado à comunidade internacional, que observou chocada os atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque. O terrorismo passou a ser visto como sendo capaz de comprometer a segurança e a paz internacionais, e esta nova guerra assimétrica, mais letal, representou um novo desafio a ser enfrentado. Neste contexto, nos últimos anos, este enfrentamento tem transitado pela busca de soluções militares, mas, por diversas vezes, a opção tem sido o questionamento sobre a validade das normas Direito Internacional dos Conflitos Armados (DICA) para os conflitos modernos, resultando em um preocupante viés de interpretações das normas que priorizam a necessidade militar em detrimento do princípio da humanidade. O trabalho aborda essa temática e, com o intuito de restituir o valor ao princípio da humanidade através do emprego eficaz e eficiente das Forças Armadas, propõe demonstrar como as Forças de Operações Especiais (FOpEsp) podem constituir um vetor de força capaz de contribuir para este objetivo. Em primeiro lugar, são apresentadas definições sobre os “novos conflitos” e são descritas algumas de suas características mais relevantes. Em seguida, realiza-se um breve resumo sobre o DIH e seus princípios fundamentais, particularmente os princípios da humanidade e da necessidade militar. Posteriormente, são apresentadas as principais características das FOpEsp e das operações especiais que realizam e, a partir daí, ao relacionar os fatos, conclui-se que, apesar de limitações existentes, o emprego das FOpEsp pesa favoravelmente ao princípio da humanidade.porEscola de Guerra Naval (EGN)Direito Internacional dos Conflitos ArmadosDireito Internacional HumanitárioO emprego das forças de operações especiais à luz do direito internacional dos conflitos armados: efeitos positivos sobre o Princípio da Humanidade nos conflitos modernosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)instname:Marinha do Brasil (MB)instacron:MBTEXT00000c76.pdf.txt00000c76.pdf.txtExtracted texttext/plain78623https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/843317/2/00000c76.pdf.txtb703894522f5384170ec8913351aa4bdMD52THUMBNAIL00000c76.pdf.jpg00000c76.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1148https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/843317/3/00000c76.pdf.jpg6bed72ee150f6c3ea469e9d7b3ba0f92MD53ORIGINAL00000c76.pdf00000c76.pdfapplication/pdf302361https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/843317/1/00000c76.pdf72a87b7c17565bea17cba823b1cf6d6eMD51ripcmb/8433172022-09-22 15:30:10.074oai:www.repositorio.mar.mil.br:ripcmb/843317Repositório InstitucionalPUBhttps://www.repositorio.mar.mil.br/oai/requestdphdm.repositorio@marinha.mil.bropendoar:2022-09-22T18:30:10Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) - Marinha do Brasil (MB)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O emprego das forças de operações especiais à luz do direito internacional dos conflitos armados: efeitos positivos sobre o Princípio da Humanidade nos conflitos modernos
title O emprego das forças de operações especiais à luz do direito internacional dos conflitos armados: efeitos positivos sobre o Princípio da Humanidade nos conflitos modernos
spellingShingle O emprego das forças de operações especiais à luz do direito internacional dos conflitos armados: efeitos positivos sobre o Princípio da Humanidade nos conflitos modernos
Oliveira, André Augusto Ferreira de
Direito Internacional dos Conflitos Armados
Direito Internacional Humanitário
title_short O emprego das forças de operações especiais à luz do direito internacional dos conflitos armados: efeitos positivos sobre o Princípio da Humanidade nos conflitos modernos
title_full O emprego das forças de operações especiais à luz do direito internacional dos conflitos armados: efeitos positivos sobre o Princípio da Humanidade nos conflitos modernos
title_fullStr O emprego das forças de operações especiais à luz do direito internacional dos conflitos armados: efeitos positivos sobre o Princípio da Humanidade nos conflitos modernos
title_full_unstemmed O emprego das forças de operações especiais à luz do direito internacional dos conflitos armados: efeitos positivos sobre o Princípio da Humanidade nos conflitos modernos
title_sort O emprego das forças de operações especiais à luz do direito internacional dos conflitos armados: efeitos positivos sobre o Princípio da Humanidade nos conflitos modernos
author Oliveira, André Augusto Ferreira de
author_facet Oliveira, André Augusto Ferreira de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, André Augusto Ferreira de
dc.subject.por.fl_str_mv Direito Internacional dos Conflitos Armados
Direito Internacional Humanitário
topic Direito Internacional dos Conflitos Armados
Direito Internacional Humanitário
description A guerra mudou desde o fim da Segunda Guerra Mundial, um processo evolutivo que transcorreu ao longo da Guerra Fria e irrompeu o século XXI. Aquela Grande Guerra marcou o fim da guerra total entre Estados, e assim, aqueles métodos tradicionais de grandes exércitos se enfrentando em amplos campos de batalha deixou de existir. A Carta da ONU, de 1945, e as Convenções de Genebra, de 1949, foram as formas que a comunidade internacional encontrou para livrar a humanidade das atrocidades das grandes guerras. Mas a guerra não deixou de existir, como seria desejado, e apenas deixou de ser aquela entre Estados. Esta foi subjugada em relevância pelos conflitos internos, normalmente conduzidos entre Estados e atores não-estatais, como grupos paramilitares e guerrilheiros, que fizeram emergir a nova forma de combate da guerra assimétrica, cujos fundamentos são encontrados na doutrina de guerra revolucionária de Mao-Tsé Tung. Ao se iniciar o século XXI, um novo grau de letalidade foi apresentado à comunidade internacional, que observou chocada os atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque. O terrorismo passou a ser visto como sendo capaz de comprometer a segurança e a paz internacionais, e esta nova guerra assimétrica, mais letal, representou um novo desafio a ser enfrentado. Neste contexto, nos últimos anos, este enfrentamento tem transitado pela busca de soluções militares, mas, por diversas vezes, a opção tem sido o questionamento sobre a validade das normas Direito Internacional dos Conflitos Armados (DICA) para os conflitos modernos, resultando em um preocupante viés de interpretações das normas que priorizam a necessidade militar em detrimento do princípio da humanidade. O trabalho aborda essa temática e, com o intuito de restituir o valor ao princípio da humanidade através do emprego eficaz e eficiente das Forças Armadas, propõe demonstrar como as Forças de Operações Especiais (FOpEsp) podem constituir um vetor de força capaz de contribuir para este objetivo. Em primeiro lugar, são apresentadas definições sobre os “novos conflitos” e são descritas algumas de suas características mais relevantes. Em seguida, realiza-se um breve resumo sobre o DIH e seus princípios fundamentais, particularmente os princípios da humanidade e da necessidade militar. Posteriormente, são apresentadas as principais características das FOpEsp e das operações especiais que realizam e, a partir daí, ao relacionar os fatos, conclui-se que, apesar de limitações existentes, o emprego das FOpEsp pesa favoravelmente ao princípio da humanidade.
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-02-26T11:46:40Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-02-26T11:46:40Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/00000c/00000c76.pdf
http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/843317
url http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/00000c/00000c76.pdf
http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/843317
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Escola de Guerra Naval (EGN)
publisher.none.fl_str_mv Escola de Guerra Naval (EGN)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
instname:Marinha do Brasil (MB)
instacron:MB
instname_str Marinha do Brasil (MB)
instacron_str MB
institution MB
reponame_str Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
collection Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB)
bitstream.url.fl_str_mv https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/843317/2/00000c76.pdf.txt
https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/843317/3/00000c76.pdf.jpg
https://www.repositorio.mar.mil.br/bitstream/ripcmb/843317/1/00000c76.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv b703894522f5384170ec8913351aa4bd
6bed72ee150f6c3ea469e9d7b3ba0f92
72a87b7c17565bea17cba823b1cf6d6e
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da Produção Científica da Marinha do Brasil (RI-MB) - Marinha do Brasil (MB)
repository.mail.fl_str_mv dphdm.repositorio@marinha.mil.br
_version_ 1798310206155784192