Estudo sistemático de dendrophidion dendrophis (Schlegel, 1837) e chironius scurrulus (Wagler, 1824) do Pará, Brasil (serpentes: colubridae: colubrinae: colubrini)

• Autor(a) principal: Santos, Rosyvaldo Miranda dos
• Data de Publicação: 1998
• Outros Autores: Yuki, Rubens Nobuo
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional do MPEG
• Texto Completo: https://repositorio.museu-goeldi.br/handle/mgoeldi/1794
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA; Dendrophidion dendrophis; Chironius scurrulus; Serpentes; colubridae

As serpentes Chironius scurrulus (Schlegel, 1837) e Dendrophidion dendrophis (Wagler, 1830) estão amplamente distribuídos no norte da América do Sul, possuindo grande complicação sistemática e ausência de conhecimento morfo-anatôrnico. O presente trabalho visa recaracterizar as espécies com a inclusão de novos caracteres, dessa maneira contribuindo para o melhor conhecimento da biodiversidade ofiológica neotropical. Analisou-se todos os espécimes depositados na coleção Herpetológica do Museu Paraense Emílio Goeldi (75 de D. dendrophis e 41 de C. scurrulus), extraindo-se 11 dados merísticos e 17 morfométricos externos de cada espécime. Realizou-se preparações osteológicas (sincrânios, n=6) e hemipenianas (genitália masculina, n=6). Obteve-se os seguintes resultados: (A) Escutelação (escamas e escudos): C. scurrulus com ventrais (VE) variando de 142-161 (n = 41), fêmea: 142-158 (n = 12), macho: 147-161 (n = 29); e subcaudais (SC) variando de 142-161 (n=41), fêmea: 72-158 (n=10), macho: 78-128 (n=19); D. dendrophis com VE = 142-161 (n=75), fêmea: 144-163 (n=29), macho: 124-160 (n=46) e se: 142-161 (n=52), fêmea: 144-208 (n=20), macho: 127-197 (n=32). A osteometria revelou diferenças significativas nas seguintes razões de comprimento: (1) parietal/crânio, (2) frontal/crânio, (3) pterigoide/crânio, (4) maxilar/crânio, (5) composto/crânio, (6) hemimandibula/crânio, (7) face dorsal do dentário/crânio, (8) quadrado/ crânio e (9) largura do parietal/comprimento do crânio. Dos hemipênis preparados tem-se: C. scurrulus possui órgão com a sinapomorfia hemipeniana do gênero, ou seja, a presença de uma bolsa no pedúnculo hemipeniano. O heemipênis de D. dendrophis é descrito pela primeira vez e revela a ausência da sinapomorfia considerada para a subfamília que atualmente está alocado. Os dados obtidos alteram substancialmente as descrições específicas e contribuem para o embasamento de futuras análises filo genéticas que englobem as espécies analisadas.