DPOC: avaliação multidimensional de doentes com doença pulmonar obstrutiva crónica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aguiar, Ana Rita Cardoso de
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/742
Resumo: Introdução: Em concordância com o enfoque actual da literatura científica, é necessário abordar o impacto da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) numa perspectiva multidimensional tendo em vista o prejuízo sistémico desta doença, reflectido, por exemplo, na intolerância aos esforços [1]. Realizámos de uma maneira simples e eficaz tal avaliação com a Prova de Marcha de 6 minutos (PM6) [2] no sentido da melhor compreensão dos factores que podem influenciar a sua performance. Objectivos: Correlacionar a distância percorrida (em metros) na PM6 com o grau de obstrução DPOC, com a difusão de monóxido de carbono‐ CO ‐(DLCO), com a saturação periférica de O₂ (SpO₂) inicial e final e ΔSpO₂, com a frequência cardíaca (FC) inicial e final e a variação respectiva, com o Índice de Massa Corporal (IMC) e, por fim, com a Escala de Dispneia Modificada do Medical Research Council (MMRC). Verificar também se há correlação entre o grau de dispneia e grau de fadiga aplicado pela Escala de Borg e o estádio da doença. Materiais e Métodos: Foram estudados 50 doentes portadores de DPOC acompanhados na Consulta Externa de Pneumologia do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB). As variáveis fisiológicas e funcionais foram correlacionadas com a distância percorrida na PM6. Realizou‐se a espirometria, a pletismografia e determinação da difusão, bem como o cálculo do IMC e a PM6, que avaliou: FC, SpO2, Escala de Borg para dispneia e fadiga pré e pós PM6, avaliação da dispneia através da Escala do MMRC, bem como a distância final percorrida (em metros). Resultados: Não se encontraram correlações entre a distância e o grau de obstrução/estádio da doença, nem com a SatO₂ e a FC pré e pós PM6 bem como com a ΔSatO₂, a ΔFC e a MMRC. Também, não foram encontradas correlações entre o IMC dos doentes dos estádios II e III com a distância por eles percorrida na PM6, bem como entre o grau de dispneia e grau de fadiga aplicados pela Escala de Borg com os estádios II e IV da doença. Encontrou‐se correlação significativa da distância com a DLCO (r=0.295;p<0.05) e com o IMC dos doentes do estádio IV (r=0.919;p<0.05). A correlação do grau de dispneia aplicado pela Escala de Borg foi negativa e significativa com o estádio III da doença (r=‐0.501;p<0.05). Conclusão: Não existe correlação ente o grau de obstrução ao fluxo aéreo e a distância na amostra estudada. A DLCO e o IMC dos doentes do estádio IV foram os únicos parâmetros que se correlacionaram significativamente com a distância percorrida na PM6.
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Objectivos: Correlacionar a distância percorrida (em metros) na PM6 com o grau de obstrução DPOC, com a difusão de monóxido de carbono‐ CO ‐(DLCO), com a saturação periférica de O₂ (SpO₂) inicial e final e ΔSpO₂, com a frequência cardíaca (FC) inicial e final e a variação respectiva, com o Índice de Massa Corporal (IMC) e, por fim, com a Escala de Dispneia Modificada do Medical Research Council (MMRC). Verificar também se há correlação entre o grau de dispneia e grau de fadiga aplicado pela Escala de Borg e o estádio da doença. Materiais e Métodos: Foram estudados 50 doentes portadores de DPOC acompanhados na Consulta Externa de Pneumologia do Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB). As variáveis fisiológicas e funcionais foram correlacionadas com a distância percorrida na PM6. Realizou‐se a espirometria, a pletismografia e determinação da difusão, bem como o cálculo do IMC e a PM6, que avaliou: FC, SpO2, Escala de Borg para dispneia e fadiga pré e pós PM6, avaliação da dispneia através da Escala do MMRC, bem como a distância final percorrida (em metros). Resultados: Não se encontraram correlações entre a distância e o grau de obstrução/estádio da doença, nem com a SatO₂ e a FC pré e pós PM6 bem como com a ΔSatO₂, a ΔFC e a MMRC. Também, não foram encontradas correlações entre o IMC dos doentes dos estádios II e III com a distância por eles percorrida na PM6, bem como entre o grau de dispneia e grau de fadiga aplicados pela Escala de Borg com os estádios II e IV da doença. Encontrou‐se correlação significativa da distância com a DLCO (r=0.295;p<0.05) e com o IMC dos doentes do estádio IV (r=0.919;p<0.05). A correlação do grau de dispneia aplicado pela Escala de Borg foi negativa e significativa com o estádio III da doença (r=‐0.501;p<0.05). Conclusão: Não existe correlação ente o grau de obstrução ao fluxo aéreo e a distância na amostra estudada. A DLCO e o IMC dos doentes do estádio IV foram os únicos parâmetros que se correlacionaram significativamente com a distância percorrida na PM6.Introduction: In compliance with the current focus of the scientific literature, it is necessary to address the impact of Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) in a multidimensional perspective in order to damage this systemic disease, reflected, for example, intolerance to the efforts [1]. We had a simple and effective way to evaluate such evidence of the 6‐Minute Walk Test (PM6) [2] to the best compreensive factors that may influence its performance. Objectives: To correlate the distance traveled (in meters) in PM6 with the degree of obstruction of COPD, with the diffusion of carbon monoxide ‐ CO ‐ (DLCO), with the saturation of O₂ (SpO₂) initial and final and ΔSpO ₂, as well as with heart rate (HR) initial and final as well as variation, with the Body Mass Index (BMI) and, finally, with the Modified Dyspnea Scale Medical Research Council (MMRC). Also check if there is a correlation between the degree of dyspnea and fatigue degree applied by the Borg scale and stage of disease. Materials and Methods: We studied 50 COPD patients followed at the Outpatient Pneumology Centro Hospitalar da Cova da Beira (CHCB). The physiological and functional variables were correlated with the distance covered in PM6. We performed spirometry, plethysmography and determination of diffusion, as well as calculating BMI and PM6, which assessed: HR, SpO₂, Borg scale for dyspnea and fatigue pre and post PM6, assessment of dyspnea using the Scale of the MMRC, and the final distance traveled (in meters). Results: No correlations was found between the distance and the degree of obstruction / disease stage, nor with the SaO₂ and HR before and after the PM6 as well as ΔSatO₂, the ΔFC and MMRC. Also, no correlations were found between the BMI of patients in stage II and III with the distance they travelled in PM6, and also between the degree of dyspnea and degree of fatigue applied by the Borg Scale with stage II and IV of the disease. We found a significant correlation of distance with the DLCO (r= 0295, p<0.05) and with the BMI of patients in stage IV (r= 0919, p<0.05). The correlation between the degree of breathlessness applied by the Borg Scale was negatively and significantly with the stage III disease (r=‐0501, p<0.05). Conclusions: There is no correlation between the degree of airflow obstruction and the distance in the sample.The DLCO and BMI of patients in stage IV were the only parameters that correlated significantly with the distance covered in PM6.Universidade da Beira InteriorValente, Maria de Jesus BeirãouBibliorumAguiar, Ana Rita Cardoso de2012-11-21T12:38:32Z2010-042010-04-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/742porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T11:37:42ZPortal AgregadorONG
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